Saturday, November 30, 2013

O Povo Encostado e as Elites em Costados (da série Cometários)


O Povo Encostado e as Elites em Costados

 

Entre os pobres diz-se “encostar” (por exemplo, no INSS) na condição de haver doença verdadeira ou falsa e se vá viver de favor do Estado e seu sistema previdenciário, quer dizer, das contribuições dos que não puderam por sua vez ficar “encostados”.

Há um ditado que diz: “quero que o mundo termine em barranco para eu morrer encostado”, ou seja, vivendo de favor obrigatório e inescusável de outrem, do sistema.

Há todo tipo de trapaça, de atestados falsos até falsificação de contribuição e grande número de pessoas vive “encostada”, sem nunca ter trabalhado, sem falar dos que, como Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva receberam várias aposentadorias, este último “sem nunca ter dado um dia de serviço”, como dizem os detratores.

Todo gênero de artifício é perseguido e vão do caso clássico da Georgina até os advogados crápulas pegos proporcionando benefícios espúrios a centenas ou milhares.

O povo trapaceia.

Ele morre mais cedo duas ou três décadas em média que as elites (isso ainda precisa ser calculado PRECISAMENTE), ele sofre dores e anda empilhado pior que gado nos ônibus de escravos do TRANSCOL (transporte coletivo em Vitória). Ele “vive de saudades” do que não pode ter, ele olha as lojas brilhantes de tão iluminadas sem poder comprar, ele vive em casas horríveis, ele sente inúmeras urgências irreparáveis.

Os falsos revolucionários não mostram nada disso.

Vivem de fazer “política”, de fingirem-se de importantes, pensando-se favoráveis ao povo. Uns fingem que falam o que não disseram e outros fingem que escutaram o que desejavam ouvir.

Do outro lado, as elites vivem nas costas do povo, vivem dos tributos (eram 58 em 1988, passaram a 72, 78 e 85) recolhidos ao povo. Também trapaceiam, só que em plano mais alto, enxameando em volta dos milhões e dos bilhões do governo. Eike Batista saiu do nada, atingiu 7 bilhões de dólares e em dois anos pulou para 27 bilhões com “aplicações”.

Vivem das sonegações, das mutretas, de fazer obras que custam 100 e são entregues 50 ou 35 ou 20. Maracutaias, cambalachos e todo tipo de vampirização, de sugação de sangue, desde as mais sutis às mais escancaradas e debochadas.

Eles se merecem, tal povo e tais elites.

São vis, vivem à custa dos outros e ambos os lados vivem à custa da classe média, que é sangrada na fonte.

É difícil saber onde está a honestidade e todo lado bom do dicionário.

Vitória, terça-feira, 21 de setembro de 2010.

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