Saturday, November 30, 2013

Onde (da série Cometários)


Onde

 

ONDE FICA NO DICIONÁRIO

 

Essa questão não se põe para i Deus-Natureza (ou DiN ou NiD) em forma comprimida. Pelo lado da Natureza-corpo está em nós e fora de nós, mas a inteligência-mente de i está fora de nós, aonde não sabemos.

Como entidade única que aparece para nós como composta, i É TUDO, tanto dentro quanto o fora, tanto a mente-Deus quando o corpo-Natureza. Está nesta Natureza-universo que vemos quando neste universo-Deus que não vemos.

DiN ou NiD

i
Natureza
Deus

caso
acaso

Se levarmos em conta a Rede Cognata, os nomes estão trocados, por que Deus = ACASO (Natureza seria o contrário-complementar, caos = ORDEM).

Deus não está “no Céu” ou “no Paraíso” ou em cima ou em baixo ou é um Velho de barbas brancas; sequer é antropomorfo (com forma de homem) ou andromorfo (com forma de mulher) ou bivalente, bissexual ou hermafrodita: não há como enquadrar Deus-Natureza, Ele/Ela, Elea, Eli ou i.

Você (e eu ou qualquer um) não é Deus-Natureza. É simples ver que não é a Natureza, porque esta se espalha (só neste universo) por 13,73 bilhões de anos-luz em tempo, enquanto sua vida irar durar “só um tiquinho”: 20, 60, 100 anos, pouco importa. A Natureza neste universo é vasta em tempo e espaço. No espaçotempo de modulação, que é não-finito, então nem se fala, é impensável.

Em espaço você não é a Natureza (nem eu nem ninguém), ocupa menos de um metro cúbico, enquanto o universo Uo onde estamos contém zilhões de metros cúbicos.

É fácil ver que você (ou qualquer pessoa) não é a Natureza.

Que nenhum é Deus, pela mesma linha de raciocínio ligeiramente modificada também é fácil de ver: a eficácia-de-processo estaria comprometida, que é mais ou menos aquilo que Jesus falou. Se Deus estivesse particularizado como a Natureza, essa fragmentação geraria eventualmente (uma vez que fosse) UM conflito e a não-finitude cessaria: Deus estaria fora de si.

Desde o começo vemos que DiN ou NiD i Deus-Natureza não “existe” (com o que poderia deixar de existir), nem deixará de existir; existir é conceito de partição, é conceito de separação, de rebentação em partes. DiN é sempre-ilimitadamente em espaço-e-tempo, conceito que nem se põe, pois o que é espaço termina e o que é do tempo cessa. Os conceitos de existir e não-existir só se colocam para os racionais, os particularizados.

Nossas mentes pequenas não alcançam quase nada.

Mesmo não sendo indivíduos-individuais e sim indivíduos-mundo, ainda somos pequenos, mínimos, infinitesimais perante a quantidade de objetos e de relações. Um navio contém uma quantidade grande de peças-objetos, peças interligadas, peças-relacionadas, mas mesmo assim é quantidade finita, podemos terminar de contar. Sabemos coletivamente fazer as peças e montá-las como navio, conjunto-interconetado.

VISTA EXPLODIDA DE UM NAVIO E QUANTIDADE DE PEÇAS

 
 

Mesmo o ecossistema extremamente complexo da Terra, que estamos longe de entender, quanto mais de desenhar, ainda é finito; devem (fiz as avaliações, com o auxílio do modelo) existir inumeráveis mundos-químicos (sem falar em 1022 estrelas e talvez milhões de vezes isso de objetos claros, sem falar em objetos escuros e na matéria escura), mundos-biológicos, mundos-p.2, mundos-psicológicos e mundos-p.3, que é onde nos encontramos.

Juntando tudo, ainda seria finito.

O não-finito não é enquadrável, não é visualizável.

É inútil raciocinar sobre ele.

i Deus-Natureza não é Alá, se Alá for entendido como finito, visualizável; não é a Trindade, Deus-Jesus-Espíritossanto, se a Trindade for entendida como finita; não é D’us dos judeus, se for imaginado como finito. Não é nenhuma das expressões encontradas através dos milênios.

Mas, se os racionais desejam expressar, que expressem para aquietar seus espíritos, sabendo desde já que não é expressável, que erramos no passado, erramos no presente e erraremos no futuro. Não é expressável por nenhum nem por todos os nomes dados pelos islamitas, nem pelos 360 milhões de deuses-facetas dos hindus, nem pela Trindade, pelos deuses gregos, nórdicos, sumerianos, chineses, nem quaisquer outros.

Onde i está?

A ideia de estar é a do enquadramento espaçotemporal, como estamos você e eu neste ou naquele lugar, neste ou naquele tempo, como Santo Agostinho esteve (nasceu, viveu e morreu numa faixa espaçotemporal).

Enquanto Natureza-universo, i está neste salão ou lá fora, no Sol ou em Aldebaran, num cometa ou num planeta racional acolá. Está em tudo e em todo lugar nessa vastidão que é o universo-local. Enquanto Deus-universo, i não pode ser visto. A que chega? Como saber? Ultrapassa nosso modo de pensar ou, aliás, qualquer modo.

Lá fora as folhas das árvores balançam: i-Deus está lá? Como saber? Está nos passarinhos, habita um crocodilo, apresenta-se dentro de um quarto quando alguém está transando? Todas essas perguntas são inconseqüentes.

O modelo pirâmide diz que podemos raciocinar sobre a Natureza, que é tão partida quanto nós, todos e cada um, mas não podemos raciocinar sobre Deus, que é inteiro.

Então, a geo-história de crer como temos crido é a GH dos erros e das demências, que levam às partições e, conseqüentemente, aos conflitos, aos choques.

A GH DAS CRENÇAS E DOS CONFLITOS RELIGIOSOS

 

Dizer que não foi importante?

Tudo é e tudo não é – é assim que o MP modelo pirâmide responde.

Foi importante, mostrou como podemos na racionalidade fabricar artifícios para impor nossa vontade, unilateralmente afastando os outros modos de ver e ser e ter e estar. Não foi importante, porque não é aquilo. Deus-i-Natureza É TUDO, todos os erros e todos os acertos, os animistas e os panteístas, os monoteístas e os não-teístas. É a visão dos judeus, dos cristãos e dos muçulmanos.

Porém, assim como é apropriado enfiar a chave na fechadura de determinado modo mais completo e perfeito e não de outro, na Magia-Arte, na Teologia-Religião, na Filosofia-Ideologia, na Ciência-Técnica e na Matemática é mais adequado proceder de certo modo e não de qualquer outro.

Quanto a i Deus-Natureza NÃO HÁ visão completa por qualquer racional, nem mesmo os deuses que estão na extremidade controlando galáxias, aglomerados ou superaglomerados. Só i SE VÊ ao SE SER. É i que Si Vê, é i que Si É.

Então nossas vidas são inúteis?

Sim e não.

Do ponto de vista de que tudo esteve, está e estará sempre entendido e perfeitamente sabido em i, sim, sem dúvida que sim.

Do ponto de vista da utilidade do aprendizado dos livres-querentes, não, de modo nenhum: nossas vidas são úteis, por esse modo de pensar. Os livres-aprendizes são muito apreciados em seu esforço de vencer obstáculos, penso eu.

Pense que você, antes de ser você em tudo que veio se somando para ser a SUA soma, e você naquilo que particularmente somou enquanto indivíduo (veja bem, indivíduo-mundo), é indescritível. Quando estão tentando com suas equações descrever o universo-físico, os físicos estão tentando descrever você (ou eu ou qualquer um). E o mesmo se dá com cada partícula, cada bichinho, cada rio, cada porção do universo.

O que TODOS os pesquisadores, de cada um dos nove partidos (tanto no sentido de rebentados quanto naquele outro de “tomar partido”, fazer política de separação e exclusão dos demais), faz, é justamente PESQUISAR i, porque não é possível desenvolver.

E i vem a ser, conforme Platão disse (de outro modo), imóvel, absoluto, enquanto todos os outros, todos os racionais inclusive, somos relativos. Nós criamos e, portanto, erramos. Enquanto isso i não “cria”, não faz algo que é percebido sobre o lado de fora, porque não há nenhum lado de fora, nem sabe algo que não sabia antes: i É, ele Si acontece. Acontecer já é toda lei que pode haver e se não havia antes ninguém vai saber por que ESTAR ACONTECENDO é i, já é TODO i, toda vontade de i: i não tem vontades como quem, como nós, precisa conquistar; ter-vontade, para i, é Si acontecer.

Não existiu, não existe, não existirá nada fora de i.

Em i todas as analogias nossas para os pares polares cessam.

Não podemos dizer que i é o “fora” no qual estamos inseridos: estamos dentro de i, mas ele não está fora, porque esse fora poderia ser enquadrado por outro fora ainda mais vasto. O fora da Terra pode ser o sistema solar, que está enquadrado pela constelação, que está dentro da Galáxia e assim sucessivamente, até o universo, que está dentro de i, sendo um dos muitos Ui, dos não-finitos universos.

AS NÃO-FINITAS DIMENSÕES DE i

i
O ESPAÇOTEMPO DE MODULAÇÃO DE i (é o pluriverso)
os espaçotempos acontecidos, finitos, por exemplo, Uo

Nosso universo não é como “uma célula de i”, de modo nenhum, pois se nossas células estão em nós, existe um fora de nós, aliás, muitos fora de nós, mas não existe nada fora de i.

Se i, pelo lado da Natureza, está dentro e fora de nós, mas não comporta consciência e vai do começo para o fim e i, pelo lado de Deus, não sabemos onde está, para que rezamos? E, principalmente, onde? Vale a pena ir a igrejas (cristãs), templos (budistas, xiitas), sinagogas (judaicas), mesquitas (islamitas) ou quaisquer outras?

Vale, sim, são lugares de encontro, de reunião social, de fidelização dos crentes, daqueles que crêem. Você poderia rezar em casa, no banheiro, no quintal, na rua, no metrô; poderia fazê-lo de posse de algum livro sagrado, claro, qualquer um e todos; poderia ter auxílio de um padre/pastor, de um monge, de um rabino, de um mulá ou poderia rezar sozinho, pouco importa, o leque é amplo. Entrementes, como já disse tantas vezes, em geral você não faz um prédio sem consultar um profissional e, como dizem, “quem não sabe rezar xinga Deus”. Como saber se os religiosos e os teólogos não estão errados? Estiveram errados em não ver i como falso par, falso contrário-complementar, dado que Deus-Natureza não tem caráter duplo, é um só. Como erraram nisso, não estarão errados em tudo mais. Não, claro que não. Você encaixar uma peça errada no computador significa que as demais foram erradamente montadas?

DEUS-i-NATUREZA

i
Natureza-Deus
nossa visão do começo para o fim
nossa visão do fim para o começo
 
 
 
passado
sempre presente
futuro
oferta primitiva
chamado escatológico

E as coletividades são, em certa medida, como os seres humanos, nascem, crescem, amadurecem e morrem.

A CURVA DO SE®NO

Em milhares de anos para trás.
nascimento
crescimento
maturidade
velhice
Morte
14 a 8
7 a 1
1 a 7
8 a 14
15 a 22
- 12 a -5
-5 a 2
2 a 9
9 a 16
16 a 23
Anos das eras (2 é 2000 d.C.)

Nossa sociedade está no lado do crescimento: não é mais um bebê, mas também não está madura, longe disso. Se desde os primórdios em Jericó passaram-se 14 mil anos e desde a Suméria transcorreram 7 mil anos (só para dar contas com zeros), então cada mil anos coletivos corresponderiam a um ano de nossas vidas

 

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