O Detonador das Crisoportunidades (da série Mecânica de Crisoportunidades)

O Detonador das Crisoportunidades

 

O que promove as crises?

Se momentos antes não havia, por que um infinitésimo depois passa a haver? Não é tudo igual? Claro que não é, só é inexplicável para quem vê um lado só, o estático, o paradinho, sem saber que dentro há o dinâmico que faz o corpo parado tornar-se futuro. Há, como dizem os portugueses, a pulsão, o impulso. Sem ele seria inexplicável. Todo corpo é futurível, ele extrapola, sai de si, quer expandir-se; isso tanto é a vida quanto a não-vida.

O APARECIMENTO DAS CRISES (todo açude é crise contida)

	Uma palavra, um gesto, uma incompetência, uma impropriedade faz destravar a contenção e os problemas derramam em enchente no ambiente (estarem contidos é prova de que a frente de conhecimento e de tecnociência é necessária, mais que o suficiente, o mínimo de que o infinitésimo seguinte destruiria a estabilidade).

Ninguém estudou a Psicologia das Crises, fora Le Bon, que o fez sob a ótica das multidões, quer dizer, das crises já deflagradas (quando as pessoambientes não estão mais se entendendo) já além das oportunidades em andamento e conjunção (quando as pessoambientes ainda estão se entendendo).

A PSICOLOGIA DAS CRISES NO MP

PESSOAS EM CRISE	AMBIENTES EM CRISE
indivíduos	cidades-municípios
famílias	estados
grupos	nações
empresas	mundo
Figuras ou psicanálises em crise (elas endoidam).
Objetivos ou psico-sínteses em crise (as P/A ficam sem metas).
Produções ou economias em crise (as forças produtivas não conseguem se entender).
Organizações ou sociologias em crise (não sabem mais o que arranjar).
Espaçotempos ou geo-histórias em crise (elas destoam).

Há um estopim que detona as crises desde o acúmulo anterior de oportunidades, porque a pessoambiente deseja novo modo de acumular, o que não está contido na tecnociência anterior.

O ESTOPIM DA BOMBA (ninguém estudou isso metodicamente, apenas o Instituto Hudson e Herman Kahn, com outro propósito, o da guerra, que já é crise extrema)

	A Escalada – Metáforas e Cenários Autor: Herman Kahn Editora: Bloch Estante: Ciência Política Ano: Não informado Encadernação: Brochura Data de cadastro: 04/05/2012 20:35 ISBN: Não informado Páginas: 459 Peso: 750.0 (Gr)

E assim mesmo focado em pequena ótica, de pouquíssima abertura, não abrangendo todo o tempo histórico, todo o espaço geográfico, todos os agentes geo-históricos.

Passou despercebido aos psicólogos, que estavam ocupados rastreando os pesadelos dos indivíduos, 1/8 de tudo, que desperdício de talento!

Serra, sábado, 03 de novembro de 2012.

José Augusto Gava.