Os
Peixes Ejetados pelas Flechas
Que acontece
quando uma flecha (meteorito ou cometa) cai dentro d’água? Evidentemente
espirra água, alguma parte imediatamente em círculos concêntricos, fora a que é
evaporada e elevada até a atmosfera, baixa ou alta; e lá fica durante um tempo
ou logo cai.
Mas talvez haja,
segundo as potências de queda a serem avaliadas pelos tecnocientistas da
Física, as que alcançam as velocidades de escape e saem do planeta, orbitando
durante certo tempo, um tanto caindo de volta e outro não. Da porção que volta
seria preciso calcular em quanto tempo o faz e quanto de cada vez, segundo uma
função de acumulação que zere esse estoque. E outra parte deve ser trazida de
volta por objetos, havendo ainda uma terceira que escapa para sempre.
Haverá, todavia, água congelada no
espaço e que já pertenceu à Terra? Água sateletizada?
Além da água da
atmosfera mais baixa que forma um escudo contra os raios do Sol, responsável
pela formação subseqüente da Bola de Fogo (variação de média que leva ao
esquentamento) - e que gera logo depois Bola de Gelo com congelamento
desenfreado e novas bolas que se alternam – pode haver essa capa exterior (até
que derrete com os raios de sol e recongele imediatamente).
Seria muitíssimo interessante ver
todo o mecanismo funcionando, qualquer coisa de belo, se isso se dá mesmo.
Podemos ir mais
longe e pensar quantos daqueles peixes e daqueles mamíferos marinhos mortos no
processo foram elevados até que alturas e até, num extremo de audácia, se há
bolhas d’água que levam peixes vivos até lá, peixes desde então congelados e
que lá permaneceram ou foram levados a outros mundos (até pode acontecer de
micróbios, microcorpos de germens – como fito e zôoplancto – serem ejetado e
levados a outros planetas e a satélites, estando lá até hoje). Existiriam
peixes fósseis no espaço? Ou aves ou animais maiores?
Será preciso calcular tudo isso.
Em todo caso, com
certeza peixes e mamíferos marinhos mortos devem ter sido levantados de fato
pela violência da explosão, embora não se possa saber, antes dos cálculos, a
que alturas proporcionais. Será preciso usar as supermáquinas para computar.
Interessante, então, seria
empreender a busca, tanto na Terra quando em órbita, ainda que a investigação
nos mundos deva demorar bastante, dilatando-se até quando já haja assentamentos
humanos por lá (muitas décadas ou centenas de anos depois da chegada dos
pioneiros).
Surpresas
crescentes nos mostra o universo.
Vitória,
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005.
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