Os governos fazem
muitas coisas inúteis e gastam muito mal nosso dinheiro suadinho, mas nesse
caso em especial posso garantir que foi bem usado.
Em algum momento
alguém se perguntou: com esses avanços todos da medicina-odontologia, da
biologia-p.2 (segunda ponte), da química, da psicologia, de tudo mesmo, POR QUÊ
OS SERES HUMANOS ADOECEM? Há a educação, o nutricionismo, a pedagogia, os
conselhos tutelares e da família, uma quantidade imensa de gente disponível.
Qual a razão de a
alimentação contribuir para o adoecimento das pessoas e não para a saúde?
Quais são os
elementos da “bandeira elementar”? Quais seriam os melhores conselhos quanto ao
ar, ao uso da água, ao aproveitamento da terra/solo, à aplicação da energia? Se
fossem reunidos especialistas, o que poderíamos fazer?
Aplaudi esse cara,
bati palmas mesmo.
Em resumo, ele
pensou (li o livro dele cinco ou seis vezes, nas sucessivas edições ampliadas):
e se reunirmos todos esses especialistas? Quer dizer, se os colocarmos juntos
durante várias semanas e nos anos seguintes se correspondessem os
representantes de todas essas áreas? E se eles estivessem REALMENTE preocupados
com os seres humanos todos? E depois, voltando a suas nações, se os governos de
cada país divulgassem as diretrizes? Para as crianças, os jovens, os adultos,
os maduros e os velhos, o que seria melhor? Para as mulheres e os homens? Para
as altitudes, latitudes, longitudes, perto e longe do mar, consumindo produtos
da terra ou da água, o que seria melhor? Água ou bebidas quentes e frias,
doces, salgados, condimentos, gorduras, light e diet, o que aconselhar?
Bem, ficaram nisso
anos, foi debate intensíssimo, muito acirrado.
Absorvente,
consumiu muito dinheiro, porém os resultados foram extraordinários para o
futuro da humanidade.
Atribuíram a cada
ser humano uma carteira que leva o tipo sanguíneo, o fator RH, peso, altura,
padrão esquelético, cor, sexo, idade, doenças, tudo, tudo, tudo num smart card,
um “cartão inteligente” com um chip verdadeiramente poderoso que de cinco em cinco
anos recebe atualizações. Cada restaurante, lar, bar, todo lugar recebeu
máquina e cada produto tem etiqueta com seu tipo enquadrado. Bem, isso diminuiu
DEMAIS as idas a hospitais, a consultórios de dentistas, a farmácias –
obviamente os governos foram obrigados a reorientar os empregados das
indústrias privadas e os funcionários dedicados à vigilância delas, com ganhos
consideráveis. Que alimentos cabiam em tais ou quais horas do dia em
determinados serviços? Os cartões indicavam tudo, bastavam inseri-los,
recusavam tais ou quais alimentos. Claro que ficava a liberdade de proceder
diferentemente e durante anos os resistentes foram condenados a sofrimentos de
que os outros ficaram livres. Com o tempo, quase todos aderiram, menos os
super-resistentes de sempre.
Inserido o cartão
ele indica, dentre todos os produtos oferecidos no lugar, quanto consumir. Que
porções? O que está definitivamente vedado? Apontado o cartão para o código de
barras, ele o lê e numa tela anexa, pequena, aconselha ou não a consumir.
Bem, hoje morreu o
idealizador do sistema. Não creio que essas poucas palavras bastem para
expressar toda nossa gratidão, numerosíssimos livros foram escritos. É somente
agradecimento deste sacerdote que ganhou pelo menos 40 anos a mais de vida.
Deus o tenha.
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