Ensinaprendizado dos Embates
Como está posto no modelo pirâmide,
não se trata só de ensino de respostas prontas pelos professores representantes
do sistema, deve ser aberto espaçotempo aos alunos e sua inquietação porque,
quando nada, eles TÊM SENTIDO DE SI, percepção do que são ou imaginam ser e de até
onde pretendem chegar.
ENSINAPRENDIZADO (pós-contemporizado, trazido para
além de 1991)
ENSINO
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ENSINAPRENDIZADO
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APRENDIZADO
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Vindo do passado que está
morrendo.
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Respondendo mecanicamente ao presente.
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Vindo do futuro que está por
nascer.
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estático
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mecânico
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dinâmico
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Professores representantes do
estabelecimento (establishment) capitalista.
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Alunos representantes de si mesmos
e da inquietação normal (embora pais e mães pensem que falam por eles), da
desordem.
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ordem
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caos
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silêncio
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burburinho
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Reprodução (produção de mais
passado e obediência à extração antiga pelos mortos).
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Desprodução do antigo (produção de
outro apossamento pelos que se encaixarão).
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PROFESSORES
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ALUNOS
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repetição
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novidades
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Embora o darwinismo - que quer a
todo custo vencer e afastar as oposições - fale em LUTA pela sobrevivência dos
mais aptos, já vimos que o AUXÍLIO também é provido (e é o que vem salvando a
humanidade) e que há um forçamento em favor do uniformitarismo, a
superafirmação do uniforme, o que não é de modo nenhum incompreensível. Se as
classes tenentes, que têm, querem continuar a ter, devem afastar os
competidores presumidos, isto é, todos que poderiam lutar. Elas se preparam e
preparam os seus para a luta, mas falam em pacificação.
E embate não quer dizer luta,
enfrentamento, é apenas preparação para as catástrofes. Os que não têm e
desejam ter apostam na catástrofe, mesmo que seja a possibilitadora da nova
ordem.
Evidentemente o passado está momento
no presente, onde se encontra com o futuro (professores com alunos) nascente.
Os professores ensinam apenas o passado, eles não estarão embatendo no futuro,
pois estão se preparando para morrer, não podem pretender assumir a direção-sentido.
Como são adultos e os alunos são crianças mais ou menos velhas, tiranicamente
os professores se apoderam da direção-sentido das coisas.
Impõe um currículo, uma grade (o
nome já diz tudo) curricular que prende ao que já foi, ao que está
desaparecendo enquanto eficácia.
Isso não pode estar certo.
E não está mesmo, precisamos mudar.
Serra, sábado, 17 de novembro de
2012.
José Augusto Gava.
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