Wednesday, July 03, 2013

Prisioneiros das Cidades (da série de Cartilhas n° 1)


    Capítulo 1
    Lei da Atração

Assim como existe uma lei da atração para a força gravitacional (gravinercial, melhor dizendo) existem outras tantas para as três outras forças da física; iremos encontrá-las na química e na biologia-p.2, assim como na psicologia-p.3, mesmo que não determinadas.

AS LEIS PSICOLÓGICAS DE ATRAÇÃO (uma para cada segmento e sub-segmento; essa “Lei da Atração” que está circulando por aí faz furor porque se apóia nas desconhecidas equações psicológicas):

·         leis das figuras ou psicanálises;
·         leis dos objetivos ou psico-sínteses;
·         leis da produção ou economia;
·         leis da organização ou sociologia;
·         leis do espaçotempo ou geo-história.

São todas matemáticas, mesmo que não tenhamos sido capazes de desenhá-las, porque muito complexas.

A lei de urbanização talvez seja o que denominei um “transiente” (o que transita) do equivalente gravitacional, pois a atração exercida por um aglomerado urbano é diretamente proporcional às massas psicológicas envolvidas, e inversamente proporcional ao quadrado das distâncias entre elas (com outra constante, U, diferente de G, constante gravitacional).


MANCHAS URBANAS


                (retirado do site skyscrapercity.com)


As cidades atraem porque oferecem oportunidades a todas as psicologias (às figuras, a consecução dos objetivos, às relações econômicas, às organizações e às geo-histórias), ou seja, OFERECEM PROFUSÃO, gigantismo das oportunidades.

OPORTUNIDADES DE PROTEÇÃO

·         gigantismo da proteção do lar;
·         gigantismo da proteção da segurança;
·         gigantismo da proteção da saúde;
·         gigantismo da proteção do armazenamento;

·         gigantismo da proteção dos transportes.

AUMENTO DA URBANIZAÇÃO

               (retirado do blog eerbgeografia.blogspot.com)


As pessoas mudaram maciçamente do campo para as cidades PORQUE ERA MELHOR: oferta de hospitais, de escolas, de transportes, de tudo que não tinham no campo. Em poucas décadas o Brasil mudou de 70/30 % na relação campo/cidades para 30/70 % dos habitantes, e depois mais, caminhando para o panorama americano (de décadas) de 4 % apenas da população na roça (porém, numa das tabelas acima diz que só em 2000 os EUA atingiram 78 % dos habitantes, o que contrasta com esse número em minha memória, de 4 % no campo), um habitante rural para cada 25 habitantes urbanos: 1/25.
Isso foi feito por uma frente de ondas psicológica apoiada na tecnociência, que tinha fundo psicológico de domínio político, usando determinada dimensão do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) e não outra; agora essa frente político-financeira está se esgotando e entrando em colapso, em crise, tal como previsto a partir do modelo em 1992 (a crise deverá começar na China antes de 2020).
O que atrai cada um?
É a promessa de crescimento, em todos os sentidos: aumento da riqueza, das oportunidades de trabalho, de conversação, de tudo.
E quando tudo isso cessar?
E quando a presente crise se estender a todos os rincões da Terra, a todos os cantões, a todos os grotões? Como manter as pessoas nas cidades? E quem poderá sair? Pois do mesmo jeito que existe atração, existe repulsão.

O ANÚNCIO DO PAR POLAR ATRAÇÃO/REPULSÃO EM CICLO
Campo-Cidade (é um ciclo, vai-e-volta, só que dura muito tempo, séculos)

Depois do enchimento virá o esvaziamento indeclinável, como aconteceu no final do império romano, que pelos cálculos tinha 100 milhões de habitantes, dos quais – dizem - quatro milhões concentrados em Roma; o mesmo acontecerá no fim do ciclo atual, no fim do império pré-planetário humano uma parte das populações voltando ao campo; depois desse hoje, como de cada vez anterior, primeiro irão os ricos e os médio-altos, depois os médios. É inexorável. Os remanescentes, todos pobres, serão expulsos do campo e virão para as cidades, dessa vez não de moto próprio, mas empurrados.


Capítulo2
Atração da Lei

A lei não é menos frouxa nas cidades que no campo, mas no campo a dispersão é maior, as pessoas todas se conhecem, de forma que as leis foram basicamente feitas para as cidades.
Quantos porcento das leis se aplicam nas cidades? Acho que ninguém fez esse cálculo nem se PERCENTUALMENTE (e não absolutamente) as leis são mais aplicadas nas urbes.
Em todo caso, as leis também atraem, pois as pessoas parecem mais protegidas nas cidades, onde a lei (sempre morosa) é mais ágil. Com essa idéia de que as coisas todas são mais fáceis nas cidades o povo vem, dando origem àquilo que se chamou “êxodo rural”.
O êxodo rural não é implacável, ele é indicação de política econômico-financeira, isto é, DIREÇÃO-SENTIDO DE CONTROLE, ou admissão de interesses. Ele é parte do ciclo de enchimento-esvaziamento, o mesmo mecanismo do yin/yang, da gangorra, da curva do sino e de tudo mais.


ESTUDANDO O MOVIMENTO DIALÉTICO CIDADE-CAMPO (tudo na Terra e em toda parte está sujeito a isso, e ao estudo disso)

Era o caso de os estudiosos terem se voltado para as várias interfaces PESSOAMBIENTAIS (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: cidades-municípios, estados, nações e mundo).

AS INTERFACES MAIS INTERESSANTES

·         empresas-cidades (foi logo no princípio, quando Jericó foi fundada há 11,5 mil anos);
·         cidades-estados (depois da Queda de Roma em 476);
·         estados-nações (a seguir à Queda de Constantinopla em 1453);
·         nações-mundo (estamos vendo esta passagem, depois da Queda da URSS em 1991).

OSCIL/AÇÕES (ato permanente de oscilar)

                      (retirado do site ceticismoaberto.com)


Oscila sempre, das cidades para o campo e do campo para as cidades em cada interface, como no fim do império romano do ocidente.
Os ricos fogem das confusões.
No futuro de agora fugirão de novo das cidades atuais para o campo, comprando barato os sítios, fazendas, lotes e tudo que houver na roça, sempre por preços “atrativos”, quer dizer, irresistíveis para os que nunca tiveram dinheiro.
Com o ALCANCE TECNOCIENTÍFICO atual é perfeitamente possível viver no campo e ter os confortos todos das cidades atuais – por conseguinte, os ricos irão primeiro, depois irão os médio-altos, que enquanto isso comprarão as propriedades deles nos lugares chiques nas cidades; a seguir os médios, que comprarão dos médio-altos migrantes, arcando com as despesas das transferências destes. Surgirão as “villas” no campo, as elegantíssimas residências do futuro.
De lá eles gerarão e irão gerir seus negócios nas cidades de todo o mundo, quase completamente ausentes das cidades, que nesse ínterim se transformarão em cortiços gigantescos dos pobres e dos miseráveis, sem quase infra-instrutora decente alguma (ao modo do futuro), lugares apinhados de gente e extremamente desconfortáveis (ao modo do futuro).


Capítulo 3
Caos Anterior

CAOS É ALGO QUE PERTURBA A CONSCIÊNCIA: CAOS-CIÊNCIA (porisso não é possível descrevê-lo senão estando inscrito nele: muitas coisas que julgamos comuns hoje seriam consideradas caóticas antigamente).

Caos não pode ser previsto nos detalhes porque ele é CRISE DE CONSCIÊNCIA: caos universal é crise universal de consciência. Esta crise global de agora é a primeira da humanidade geral. Não é situação para a qual as pessoas pudessem ter se preparado (pois poderiam resolver e não seria crise; nunca tinha acontecido uma dest ’ amanho); além disso, ela é parte necessária e suficiente dos ciclos e vem inapelavelmente.


Capítulo 4
Caos Atual

AS FAVELAS DE AGORA nem de longe se parecerão com as favelas da crise-rito de passagem mundial (veja imagens das favelas ao redor do mundo na internet).


Capítulo 5
Caos Futuro

COISA FEIA (futuro feio não tem pai)

Quem criou essas monstruosidades?
Fomos nós mesmos, pois não há outros racionais-irracionais na Terra. Com nossas incapacidades de enfrentamento, com nossa tibieza moral nós construímos todas as misérias de agora e do futuro.
Então, o “mea culpa” deve ser nosso.
Devemos analisar metodicamente todos os nossos erros, sistematicamente pensando-os em detalhes.
Nós é que fomos parcimoniosos com a felicidade alheia e destemperados, desbragados com a nossa, restritivos com as vontades dos demais e pródigos com as nossas – nós todos fomos parciais.
Criamos as cidades infernais e aprisionamos alguns dentro delas. A bem dizer, poder sair a pessoa pode, em tese, mas na prática não será possível porque não haverá dinheiro para comprar as futuras terras caríssimas do campo; assim como a liberdade democrática nos permitiria, em tese, sair de cada país, mas fazer a mudança efetiva “é que são elas”.
E ganhará futuramente dinheiro quem agora, e nas próximas décadas, adquirir tais terras por “bagatelas”, em geral por 1/10 ou 1/100 ou 1/1.000 do que valerão no futuro.


Capítulo 6
A Fuga dos Ricos

Se agora parece o caos, é preciso esperar pelo futuro para ter métrica absoluta diante das situações das novas cidades completamente intransitáveis – um novo modelo de vida terá de ser construído, pois os pobres não terão recursos para sair delas.
Aparentemente qualquer um pode se mudar, mas na prática a teoria fica dificílima – a liberdade é teórica. É tão “fácil” mudar de cidade para cidade e do campo para as cidades ou vice-versa quanto sair para outro país: você pode fazer - se desejar muito -, mas tem de se sujeitar a enormes pressões.
Por via das conseqüências toda a tecnociência de frente, feita para servir aos ricos e aos médio-altos, será deslocada para produzir HABITABILIDADE no campo segundo os novos padrões. Procederão ao contrário de até agoraqui: em vez de produzir tecnociência para as cidades, deixando o campo na periferia do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática), tal será feito ao contrário de hoje: desenvolverão a telefonia ainda mais, a transferência e estocagem de dados, as telecompras programadas em supermercados, o controle automático de residências, o transporte por helicópteros e assim por diante, tudo aquilo que vá beneficiar os futuros “excelentes” moradores das áreas rurais.

VANTAGENS RURAIS (a lista é imensa, só vou indicar)

1.       amplidão dos espaços;
2.       no geral, falta de contato com os vizinhos;
3.      casas “baixas”, isto é, casas e sobrados, sem prédios;
4.      muito lazer;
5.      “pureza” elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia e vida ecoplanejada);
6.      segurança;
7.      saúde;
8.      poder liberar os filhos;
9.      conforto tecnocientífico;
10.   sensação de plenitude;
11.    novelegância;
12.    vida comunitária dos “iguais”;
13.   muitas outras.

VISUALIZANDO AS VANTAGENS RURAIS (deveria ser uma imagem para cada uma das idéias acima, mas você completará - busque imagens do campo e compare com as das cidades).

Podemos prever quem ganhará dinheiro com isso, fora um novo gênero de empreiteiras de desenhos superintegrados (arquiengenharia, engenharia ambiental, eoplanejamento, nova agricultura agroecológica, termocoletores, lumicoletores ou fotocoletores, energia eólica): trabalhadores especializados para construção no campo, empresas promotoras de serviços de limpeza e manutenção, empresas que planejem casas autônomas, uma quantidade imensa de serviçais e assim por diante.

AS CASAS AUTÔNOMAS ESTÃO NASCENDO AGORA MESMO (elas não habitarão as cidades, acredite)

Um mundo está terminando e outro está começando, com os sinais clássicos acontecendo: o caos, a desordem social, a incapacidade dos governos antigos manterem as organizações funcionando, o despovoamento dos centros antigos e por aí afora.
E, principalmente, substituição dos poderes centrais polares, aparecendo duas novas superpotências. Claro que isso demora décadas, até séculos, está fora da capacidade de observação humana de uma geração, 30 anos.


Capítulo 7
Herdeiros dos Antigos Privilégios

Quantos são os ricos?
No Brasil, são 13 %, mas juntando os médio-altos tomemos como 20 %. Da população atualmente (2010) declarada de 185,7 milhões, pouco mais de 45 milhões de famílias (com família típica de quatro pessoas), pouco menos de 10 milhões de residências ricas migrando de 5,5 mil a 6,0 mil cidades em várias velocidades (como aquelas pseudo-naves saindo de Marte no filme).
10 milhões de famílias em mudança acelerada são um patrimônio de projetos para o novo mundo e as invenções e patentes tecnocientíficas (elas irão, depois, beneficiar as classes de “baixo”).

A CURVA DO SINO DAS MUDANÇAS (no começo poucos se mudam, no meio muitos e aceleradamente depois do meio vão todos, mas isso será muito depois; no final uma quantidade decide ficar a qualquer custo).

               (retirado do site napraticaateoriaeoutra.org)


Há um processo de convencimento que sequer começou e que deve inicialmente arrastar apenas alguns, apenas os mais livres em relação ao modo antigo de ser; os que estão, ao mesmo tempo, os mais aborrecidos com ele, aquele modo antigo de ser, os mais capazes de se projetar, os mais destacados. Para ir não basta ser financeiramente rico, é preciso, mormente, ser rico em liberdade e audácia.
As cidades atuais não deixarão de evoluir.
Continuarão a avançar, até porque a maior massa de ricos e médio-altos ainda estará nelas, exigindo tecnociências e conhecimentos, além de atenção implícita dos governos.
Ao evoluir ainda, as cidades atuais se tornarão mais e mais espetaculares (seja onde for), mais completas em oferta de tudo; na medida em que forem abandonadas, as classes de baixo irão subindo a pirâmide de degraus rumo ao topo das residências atuais, como ficou posto: médio-altos ocupando as atualmente cobiçadas residências dos ricos (compradas a “preços módicos”), depois os médios indo no vácuo e por fim os pobres e miseráveis.

CURVAS COMPLEMENTARES (uma representa a fuga crescente, outra a habitabilidade decrescente das cidades).

A habitabilidade das cidades não diminuirá logo, ela é um motor independente e seguirá funcionando, com as regiões urbanizadas defendendo furiosamente seus antigos privilégios, provocando movimentos sociais que farão a curva geral oscilar para cima e para baixo - mas o sentido geral será de queda.
De início, os rico-audazes irão por conta própria, por conta de sua resistência interna quanto ao mal-estar crescente nas cidades; os governos não os ajudarão, de modo nenhum – só quando acumularem massa crítica terão representatividade.
Contudo, a idéia-apelo correrá o mundo e em surdina eles irão mudando, aos poucos (até por não quererem excitar o mercado de terras, quintas e sítios cinematográficos e por não haver uma tecnociência de construções delineada plenamente).
Para trás ficarão os herdeiros dos privilégios antigos em processo de congelamento progressivo-acelerado – morar nas cidades será cada vez melhor para os médios, pobres e miseráveis, porque haverá residências boas sobrando com a migração; mas cada vez pior para médio-altos e ricos.


Capítulo 8
A Riquíssima Nova Miséria

O cenário que se apresenta é este: primeiro crescimento desmesurado (que os rico-ousados desprezarão em seu recolhimento sensível) das facilidades nas cidades; depois uma prostituição crescente e uma “harlemização” (do Harlem, conhecido “bairro negro” em Nova Iorque) de todos os bairros.

ENFIM, GUETOS URBANOS (“guetização” das cidades, formação de gangues imensas) – imagine tudo isso multiplicado por milhares (morar nas “cidades grandes” passará a ser índice de pobreza).

Será miséria, mas em relação ao passado será miséria riquíssima, incompreensível para o mundo de hoje, assim como o é hoje jogar fora um celular em dia, celular que é “dado” e que há apenas 15 anos custava cinco mil dólares para cada um dos quatro mil possuidores no Brasil.
Não temos como fazer idéia.
O tecido-polar (chamemos assim) é inelástico, como já escrevi alhures: quando ele sobe num lugar, desce no outro; se sobe em muitos lugares, desce muito num só ou desce em muitos – é plenamente matemático, é uma dinâmica psicológica matematizável, embora ainda não matematizada.
A riqueza estratosférica do futuro se fará acompanhar de pobreza abismal, coisa horrível mesmo de ver, como naqueles filmes catastróficos, digamos, “Fuga de Nova Iorque”.

FUGA DO VELHO MUNDO (as pessoas serão “fichadas”, fechadas em ambientes auto-hostis).

De um lado os novos meliantes e do outro a superpolícia ciberinformatizada. As cidades gigantes cercadas por muros altos (não estou exagerando), com as pessoas deixadas para morrer, porque se acumulou uma superpopulação e PORQUE NÃO HÁ mais filosofia de amor cristão. As cidades pequenas e médias escaparão, mas as gigantes serão focos de comoção, doenças e morte e terão um destino horrível, até serem, muito lá para frente, extirpadas e reflorestadas, sobrando os edifícios nobres que não tiverem sido transportados.
Acontecerá, a menos que os governos sejam sábios, como espero e anseio, de modo a prover soluções espertas a tempo de conter a enxurrada de conflitos.


Capítulo 9
O Mundo de Depois de Hoje

As pessoas estão sempre projetando o passado no futuro, mas se fosse passado não seria futuro: só parte do passado vai ao futuro e mesmo assim transformado pelas novidades. Há guinadas, guinadas poderosíssimas, surpreendentes, inclusive baseadas em mudanças mínimas, sendo falsa a questão da asa da borboleta.
Hoje projetamos futuro que é aumento do presente, porém o presente não é aumento do passado: é aumento TANTO QUANTO MODIFICAÇÃO, é aumento modificado. A Espiral não tem em cima a mesma dimensão de baixo, nem está à mesma altura: só é espiral matematicamente.

A ESPIRAL DO FUTURO

Se você falasse a uma pessoa do século XVII sobre a existência no futuro de carruagens de 100 cavalos ela começaria a pensar em como construir estábulos para tanto feno; e se fosse temerário a ponto de dizer que 350 cavalos ou mais caberiam num espaço pequeno de um metro cúbico essa pessoa ficaria pensando em cavalinhos mágicos bem pequenos.
NÃO HÁ COMO TRANSPOR, não há como explicar o futuro, porque ele é feito de milhões de pequenas mudanças que se compõem como uma GRANDE mudança geral.Se você falasse a uma pessoa do século XVII sobre a existência no futuro de carruagens de 100 cavalos ela começaria a pensar em como construir estábulos para tanto feno; e se fosse temerário a ponto de dizer que 350 cavalos ou mais caberiam num espaço pequeno de um metro cúbico essa pessoa ficaria pensando em cavalinhos mágicos bem pequenos.
Todas as peças estão evoluindo e mudando ao mesmo tempo, em dependência da EVOLUÇÃO AMBIENTAL, quer dizer, da co-evolução das demais, que se ajuntam em lógica-de-codependência, digamos assim.
Temos o negativo e o positivo combinando-se com o antinegativo e o antipositivo (não são os mesmos acima, são quatro motores independentes).

A EVOLUÇÃO TEM QUATRO MOTORES INDEPENDENTES-CODEPENDENTES: segundo o quadrado lógico de Aristóteles.

         (retirado do site peloamorsemdeus.blogspot.com)


Enquanto o cabo da vassoura está evoluindo a base também está, bem como as cerdas.
Enquanto a cidade evolui, evoluem também as casas, as torneiras, etc.: para dizer tudo, a cidade não vai morrer logo e mesmo na decadência haverá beleza. Essa CIDADE-QUE-MORRE não deve ser demonizada.


Capítulo 10
O Hoje de Depois do Mundo

As mudanças são micrométricas: as pessoas não as sentem, assim como não sentem a passagem da idade da juventude à velhice: elas não dormem jovens e acordam cheias de rugas, com dores, com movimentos lentos. As rugas vão surgindo uma a uma, os membros enfraquecem aos poucos, de infinitésimo em infinitésimo.
As mudanças só são notadas de geração em geração, de 30 em 30 anos, o que deveria ser o tempo-social de contagem: 2040, 2070, 2100, 2130, 2160 e segue. Naquele HOJE de amanhã em que despertarmos, essas mudanças já estarão instaladas. Talvez demorem 150 anos ou mais a completar-se, a julgar por outras passagens nos finais de ciclos entre uma e outra época. Seria preciso avaliar, porque ela é geometricamente decrescente.

INCOMPREENSÃO DAS MUDANÇAS (redução lenta no começo, violenta no final – quando sobra como imaginação degenerada para os pobres em raciocínios) – não parece ser possível ver no começo o fim se você não é competente para ver o meio (o meio é o meio de a mensagem integrar).

Os pobres em imaginação demoram mais a perceber a acumulação de estranheza: eles continuam a acreditar no passado até muito depois e continuam a abandonar o campo pelas cidades, mesmo quando os ricos estão plena e visivelmente fazendo o movimento contrário (assim como, nos EUA, os pobres continuaram indo para o centro quando os ricos já estavam indo maciçamente para os subúrbios).

A VIDA SURBUBANA DE HOJE NÃO É A MESMA DE ANTIGAMENTE – todos somos atores coadjuvantes no filme dos ricos.

Isso tudo é para falar de um movimento de compra de terras no campo e de preparação de empresas para essa migração, como já falei em vários artigos dos 222 livros.



Anexos (é preciso pesquisar sobre isso):

Capítulo 1
A LEI DA ATRAÇÃO GRAVITACIONAL (existem outras, uma para cada força), que Newton visualizou primeiro.

Capítulo 2
ANTIGA EVASÃO DOS CAMPOS (que é “inexorável”, dizem somente aqueles que não conhecem a dialética e não raciocinam sobre os ciclos)

Capítulo 4
OS MAIORES FAVELÕES FUTUROS (as favelas atuais não vão desaparecer, exceto que tudo vai se transformar em edifícios para poupar espaço)

Capítulo 9
O SOFISMA NAS ASAS DA BORBOLETA (isso é falso porque só provocam tempestades as causas pequenas que já vão acopladas ao “acionamento de recebimento”, chamemos assim; aqueles acúmulos de materenergia supercapazes, isto é, que desde o início PODEM PROVOCAR TEMPESTADES; muitos bilhões de borboletas batem asas, mas não vemos bilhões de tempestades).

VISTA EXPLODIDA DE UM AVIÃO, CARRO... (tudo isso é funcionamento CONEXO, uma coisa dependendo de co-desenho da outra, isto é, cada peça tem um AMBIENTE GERAL distante e próximo, todas as causas em conjunto devendo
produzir o efeito lógico esperado final) – e cada peça evolui em co-evolução, com adaptação mútua.


Vitória, sexta-feira, 17 de abril de 2009.

No comments: