Wednesday, June 29, 2016


A Ciência por Trás dos Super-Heróis

 

Nas livrarias você encontra esse tipo de título de autores de divulgação científica que, não tendo imaginação para chamar atenção para a tecnociência ou qualquer conhecimento, usam o artifício do apelo das séries e filmes mágicos-artísticos que falam de impossibilidades.

A SUPER-DOIDEIRA DOS DIVULGADORES (mas as invenções dos artistas-magos poderiam ter grande serventia se usadas ao contrário – seriamente - pelos T/C e seus alunos, quer dizer, o que daria errado se fosse possível?)

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Por exemplo, movimento é temperatura (tudo que existe no universo pode ser mapeado como gradientes de temperaturas: o movimento da Terra equivale a uma temperatura padrão), temperatura é movimento.

Então, para o personagem Flash (Clarão, Relâmpago, Lampejo), quando ele transita em alta velocidade deve estar gerando EM GRANDE QUANTIDADE energia correspondente através das mitocôndrias, pelo que ele se debilitaria instantaneamente; ou deveria ter mecanismo de superaproveitamento celular, razão pela qual ficaria imenso quando parasse: um grão de arroz já serviria por um mês. Além disso, quando passasse chispando, por menos atrito que gerasse no ar circundante iria esquentá-lo tremendamente, aparecendo como uma linha torrante de calor, um chicote de alta temperatura que ao dispersar bateria em tudo ao redor. Ao circular em torno da Terra vaporizaria a água do mar, queimaria o ar, cortaria montanhas, carros e pessoas (se não, teria de ser capaz de desviar de tudo isso), mataria a Vida geral. Quando parasse, a inércia seria reduzida a zero (na realidade, à velocidade do planeta naquele lugar de parada), pelo que seu corpo colidiria com o muro de retenção e seria esmagado, sem falar na energia E = mv2/2 transferida aos ambientes. Desastre ambulante.

O Homem Formiga, então, é um colosso de impossibilidades:

1)       Diz na Internet que uma formiga tem massa de 60 mg, enquanto um homem teria, digamos, 60 kg (para dar números com zeros) ou o dobro disso, de 60.000 mg ao dobro, portanto 1.000 formigas ou o dobro: ao reduzir de tamanho o HF multiplicaria sua densidade por mil (ou o dobro disso) e afundaria em todo lugar;

2)      Ou teria de perder massa PORPORCIONAL de toda e cada célula, junto com as bactérias, no total 100 trilhões, sem falar do cérebro muito compacto agora, gerando muito calor em espaço cujo volume seria pequeníssimo;

3)      Ao aumentar teria de pegar massa de algum lugar, mas aquelas mesmas compatíveis com a construção maior; e assim por diante.

A Mulher Maravilha, ao deter com seu laço mágico qualquer pessoa em alta velocidade a cortaria ao meio ou em várias partes onde pegasse.

O Super-Homem (ação e reação) ao se impulsionar para cima provocaria reação igual e contrária para baixo, empurrado os lugares com grande força destrutiva, sem falar no Hulk ao pular e aterrissar.

O Homem-Aranha e sua teia grudenta (para desgrudar depois seria luta hercúlea da prefeitura, com a cidade cheia de teias de grande aderência).

Thor com a massa do martelo Mjolnir, que só ele pode elevar (massa é massa, caramba, é medida de inércia).

E assim por diante, existem milhares de super-heróis e super-vilões.

Enfim, a nossa era é época de inocência perdida.

Bom, pelo menos é idiotice divertida.

E, quem sabe, pode ser verdadeiro, assim como um meteorito poderia descer do céu e pousar sobre o topo de um poste e começar a cantar uma ária.

Serra, quarta-feira, 18 de novembro de 2015.

GAVA.

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