Mentestade
É claro que
já existe palavra estrangeira, brainstorm (brain, cérebro; storm, tempestade –
tempestade cerebral), consolidada por décadas de uso, menos sabida pelo povo
que não sabe inglês, inclusive eu.
Introduzir essa
palavra nova MENTE-TEMPESTADE é encompridar a nossa lista de vocábulos que estavam
em 225 mil nos dicionários e agora a Internet anuncia como tendo chegado aos
400 mil, não sei como se daria esse salto de 175 mil em duas décadas.
Em todo
caso, como já disse outrora, os hindus formam suas palavras das suas raízes -
não do grego e do latim como nós -, não sei se do sânscrito – a partir dessa
constatação escrevi PÉBOLA em vez de foot-ball, que é o pébola em inglês, dando
em nosso futebol consagrado.
BRAIN-STORM (eles também
têm workshop creation, sei lá, loja de trabalho de criação, oficina de criação
– para escritores, muito elegante, funciona mesmo, têm escritores maravilhosos)
Brincadeirinha!
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O gênio não
precisa disso, a oficina dele pesa somente 1,4 kg e ele leva para toda parte, é
portátil, é gol de cabeça.
É bem
engraçado ver a criançada brincar. Nas empresas e nos governos é o substituto
das antigas reuniões, os modos atuais de fingir sabedoria – mas em alguma
medida funciona, sim, para confraternizar, para rever os amigos, para trocar
fofocas, tomar café e água mineral, fingir que a falta de sabedoria de um
ultrapassa a ignorância dos outros, essas coisas.
Estou
brincando, tem grande serventia.
Como os
trópicos precisam se atualizar em independência, convém, inventar uma palavra
que dê autonomia ao fazer – de início soa esquisita, mas com o tempo e as
gerações tornar-se-á o mais-mais, até porque parece com majestade.
Serra,
domingo, 15 de novembro de 2015.
GAVA.
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