Tuesday, June 28, 2016


Sustentação da Palavra

 

Há que sustentar a Palavra geral.

Não só no sentido de honrar, o que agora é feito por poucos, como no sentido da palavra preciosa, a língua-diamante com que expressamos a realidade nossa de cada ano, cada mês, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo (coloquei todos para você ver como dou importância, dou imprescindibilidade).

O PRAZER DAS PALAVRAS (Um Olhar bem-humorado sobre a Língua Portuguesa), Porto Alegre, L&PM, 2007 – existem vários de outros autores, tenho alguns.

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http://thumbs.buscape.com.br/livros/o-prazer-das-palavras-vol-2-claudio-moreno-8525417246_200x200-PU6e6b8b1c_1.jpg
http://www.ebalivros.com.br/resizer/view/175/175/false/true/153504.jpg

Não sei quem é o autor, não conheço a editora.

AS LÍNGUAS E SEUS VOCÁBULOS BRILHANTES (com eles você pode fazer todo tipo de composição; dizem o Google Livros e o Projeto Gutenberg que existe 150 milhões de livros, quer dizer, 150 milhões de salas de aula - sem falar em memorandos, que aí já são incontáveis, e e-mail, ah, meu Deus, aí já nem sei)

Mundo Estranho
Qual é o idioma com mais vocábulos?
Tudo leva a crer que seja a língua inglesa, com um número total de palavras estimado entre 500 mil e 1,2 milhão. "Mas não dá para ter certeza, pois as estatísticas que temos levam em conta apenas uma minoria de línguas. Além disso, a contagem do léxico é muito difícil de ser feita. Um exemplo é o alemão, rico em palavras compostas que costumam ser contadas como um único termo", afirma o linguista Bruno Dallari, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. Uma das explicações para o inglês ser o campeão está no número de países que falam a língua (45 nações, somando 322 milhões de habitantes) e na imensa profusão de dialetos. O linguista Deonisio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), concorda que é impossível saber ao certo quantas palavras tem cada idioma. "Os dicionários registram palavras fora de uso e deixam de mencionar muitos novos vocábulos", diz Deonisio.
Segundo ele, o português - falado na América, na Europa, na Ásia e na África por cerca de 220 milhões de pessoas - poderia facilmente ser incluído entre as línguas mais numerosas, com mais de 400 000 vocábulos.
[Como disse alguém, esse texto está errado, porque só de americanos existem 320 milhões, sem falar dos 60 milhões de ingleses, os 35 milhões de canadenses (alguns falam duas línguas), os 23 milhões de australianos, os sul-africanos, os hindus, etc].
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Aprendendo Línguas
[É interessante ver que não fizeram ou se fizeram não mostraram levantamento minucioso e geral das línguas, o nosso mais importante, fundamental instrumento de entendimento].

Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas

Qual é o seu nível de fluência no idioma que você está estudando?

É comum as pessoas responderem essa pergunta como “nível básico”, “intermediário” ou até mesmo “fluente”. Mas o que quer dizer cada uma dessas respostas? São respostas vagas demais e que podem ter significados muito diferentes para cada pessoa.
Atualmente, a melhor forma para se ter um entendimento comum sobre um nível de fluência em um idioma é usar como referência o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas, ou simplesmente CEFR (Common European Framework of Reference for Languages).
O Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas é o resultado de 20 anos de pesquisas do Conselho Europeu. É uma ferramenta para classificar os conhecimentos de um idioma da maneira mais objetiva possível, de forma que os diferentes credenciamentos linguísticos sejam similares. Ele é largamente utilizado como referência na Europa, e cada vez mais usados em países da Ásia e Américas. Para isso são estabelecidos três níveis que se dividem, por sua vez, em subníveis para se chegar uma escala mais precisa com um total de seis níveis.
 
Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas - CEFR
 

A: Falante Básico

É aquele que consegue comunicar-se através de frases simples, mas que ainda não tem independência suficiente para articular um discurso. Utiliza enunciados simples e compreende expressões, desde que se trate de um tema que seja familiar e não se entre em detalhes técnicos.
 

A1: Iniciante

– Consegue entender e usar expressões familiares do dia-a-dia e frases bem básicas, visando satisfazer necessidades concretas.
– Consegue apresentar-se, assim como apresentar os outros, fazer e responder perguntas sobre detalhes pessoais como: onde mora, pessoas que conhece e coisas que possui.
– Consegue interagir de forma simples, se a outra pessoa falar lenta e claramente e com paciência para ajudar.
 

A2: Básico

– Consegue entender sentenças e expressões frequentes relacionadas a áreas de relevância imediata (por exemplo, informações pessoais e familiares básicas, compras, localidades geográficas, emprego, etc.).
– Consegue se comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais.
– Consegue descrever em termos simples aspectos do meio ao seu redor e se referir a assuntos relacionados com necessidades imediatas.
 

B: Falante independente

É aquele que consegue manejar o idioma com o grau de fluidez e independência necessário sem tornar um esforço a comunicação com um interlocutor nativo. É capaz de compreender qualquer texto escrito, ainda que trate de aspectos técnicos, e dar sua opinião sobre temas da atualidade.
 

B1: Intermediário

– Consegue entender os pontos principais, quando em contato com linguagem usual e familiar (no ambiente de trabalho, escola, laser, etc.).
– Consegue lidar com a maioria das situações que possivelmente podem ocorrer em viagens onde a língua é falada.
– Consegue produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal.
– Consegue descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, e dar breves razões e explicações de suas opiniões e planos.
 

B2: Independente

– Consegue entender as ideias principais de textos complexos em tópicos concretos e abstratos, incluindo discussões técnicas em sua área de especialização.
– Consegue interagir com um grau de fluência e espontaneidade de modo que conversas com falantes nativos ocorra sem esforço por nenhuma das partes.
– Consegue produzir textos claros e detalhados em temas diversos e explicar um ponto de vista em um assunto, expondo as vantagens e desvantagens de várias opções.
 

C: Falante Proficiente

O falante proficiente é aquele que possui um nível de domínio da língua que lhe permite
expressar-se de forma precisa enfatizando o significado dos conceitos. É capaz de compreender o que escuta ou lê sem esforço. Tratam com fluência temas complexos sem que se note que estão procurando a palavra adequada.
 

C1: Proficiência Operativa Eficaz

– Consegue entender um vasto número de textos longos e complexos, sendo capaz de reconhecer significados implícitos.
– Consegue se expressar fluente e espontaneamente sem se esforçar para encontrar palavras adequadas.
– Consegue usar a língua com flexibilidade e eficazmente para propósitos sociais, acadêmicos e profissionais.
– Consegue produzir textos complexos, claros e bem estruturados, demonstrando um domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão do discurso.
 

C2: Domínio Pleno

– Consegue entender com facilidade praticamente tudo que ouve e lê.
– Consegue resumir informações de diferentes fontes faladas e escritas, reconstruindo argumentos e fatos em uma apresentação coerente.
– Consegue se expressar como espontaneidade, fluidez e precisão.
– Consegue distinguir finas variações de significados, inclusive nas situações mais complexas.
 

Conclusão

Eu gosto de usar o CEFR como uma forma de definir objetivamente minhas metas fluência em um idioma que eu estou estudando. Quando eu quiser, posso facilmente encontrar um exame de certificação para testar se cheguei no nível desejado.
Acho que o nível B1 é suficiente para passar as férias em um país do idioma alvo e se virar muito bem. O B2 é o nível que costuma ser exigido por várias universidades da Europa para aceitar estudantes estrangeiros. Para mim o nível C1 já pode ser considerado como fluente, e é o nível que eu tenho como meta nos idiomas que eu estudo. Eu não tenho planos para alcançar o nível C2 em nenhum dos meus idiomas, acho que é muito audacioso, pois é um nível próximo de nativos com formação superior (claro que podendo manter ainda um sotaque).

Fora a RELIGIO universal (veja de ainda agora Os Pecadores e a Reunião), não sei qual seria tarefa mais importante para todos os humanos que isso de definir suas línguas, especialmente para os brasileiros, que desprezamos tanto a nossa, o que é acabrunhador, aflitivo, atormentador. Para o português, expressar nesses níveis europeus de proficiência, de falante básico a domínio pleno C2, P2 (poucos estariam nessa condição, inclusive eu não chegaria nem perto, mas pretendo chegar).

Serra, domingo, 15 de novembro de 2015.

GAVA.

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