O Mau Amor do Proprietário do Carro

 

Já calculei pausadamente (com minha capacidade insuficiente, outros obteriam resultados mais precisos) que o veículo custa por ano 1/3 do seu preço: um de 30 mil nada menos que 10 mil em depreciação, combustível, limpeza, etc.

Há outros custos.

CUST/OSSO

ITEM	AVALIE VOCÊ.
Garagem de 5 x 2, 10 m2 podem custar a preços do ES 40 mil.
Instalar caixas de som, rádio, TV e outras “inevitabilidades”.
Inveja dos melhores, ser invejado pelos piores, sentir-se objeto de cobiça.
Levar para limpar e calibrar pneus.
O seguro já está na outra avaliação, mas aqui cabe a apreensão do proprietário quanto a roubos, os riscos propositais não cobertos, etc.
Tempo para estacionar (os custos de energia em engarrafamentos e de estacionamento já foram avaliados).
Todas as viagens feitas, só por ter carro.
Todo aborrecimento ao dirigir.
Tudo mais, pense você, não tenho carro.

SACROSSANTO ANIMAL

Não sei dirigir (há muitos no Brasil que também não, mas dirigem), não tenho carro, só posso avaliar de fora.

Por que tantos têm? Poderíamos investir em transportes alternativos muito melhores para todos. Claro, comodidade de sair de dentro de casa e chegar no destino sem andar, de não tomar chuva, de sair na hora que quiser, de não ser apertado nos ônibus, tudo isso, a lista é grande, só que ninguém fez (que eu saiba) avaliação da PSICOLOGIA DO PROPRIETÁRIO DE CARRO, necessariamente livro volumoso sobre PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações, mundo).

Quais as razões adicionais de as pessoas aceitarem pagar preço tão alto por esse status? Não se sentir diminuído perante outros (indica pessoa com complexo de inferioridade), de se sentir aumentado (complexo de superioridade), de se sentir aprovado pela coletividade, de arranjar namorada, a lista é grande também, mas precisamos saber POR INVESTIGAÇÃO e não apenas por pensar umas tantas coisas em um tantinho de tempo.

TEMOS DE SABER!

Pois isso nos diz o que é o ser humano, o que somos realmente e não o que pensamos ser.

Serra, 24 de novembro de 2015quinta-feira, 30 de junho de 2016.

GAVA.