Saturday, August 31, 2013

Assim como os Brises (da série Ah Se Eu Te Conto)

Assim como os Brises

Como já contei nas memórias, quando eu era jovenzinho em Linhares Rubin Santana - casado com a prima Helenice de minha mãe - queria que eu fosse arquiteto. De fato, eu teria gostado imensamente, assim como de engenharia e de física, para não falar da deliciosa matemática, de química e de tantas outras.
EM PARTICULAR, ARQUITETURA (em público ela se chama urbanismo) – que vem de milhares e milhares de anos, somos herdeiros do bom passado, como do mau também.

MUSIC/ALL (ah, onde estão os musicais para os novos ais das mocinhas suspirantes?)
ASSIM COMO A BRISA
Eu e a Brisa

Ah, se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só pra ser um sonho
Daí então quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, ó brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim queira ficar
E junto a mim queira ficar
E junto a mim queira ficar
E junto a mim queira ficar
Composição: Johnny Alf

No decorrer da vida comprei centenas de revistas e livros de arquitetura, a coisa latejava em minhas concepções, minha mente vibrava em surdina, pois não podia me dirigir a ela.
Bem mais tarde, desenhados os 20 anos de modelo pirâmide voltei-me para essa paixão de infância, enquanto ia imaginando nos mais recentes 10 anos várias casas extraordinárias (na minha concepção). Olhei os materiais, deparei com as novas formas, “assuntei”, como diz o povo, fiquei calado olhando atentamente todas as possibilidades extraordinárias que vi, como as pastilhas coloridas de vidro; o cobogó, invenção brasileira de Pernambuco que na infância em Linhares era chamado de comungol; os extraordinários brises, que são as paletas da janela veneziana (de Veneza) cujo nome eu achava elegante demais (e que esperteza! Via-se de dentro para fora, porém não de fora para dentro). Os brises são as janelas venezianas GRANDES e sem marcos e alisares.
OS BRISES QUE ME TOCAM (que felicidade foi essa redefinição: janela, porta, luz, sombra, escuridão)

GATALICE
Alice – que estrada devo tomar?
Gato Risonho – aonde você quer chegar?
Alice – qualquer lugar serve.
Gato Risonho – então tome qualquer estrada.

Uma pequena mudança de ângulo e lá vem um novo mundo! Vendo diferente-mente, não é à toa que Lewis Risonho pergunta-indica: mude sua ótica e tome sua estrada. Qualquer lugar a que você chegar SERVIRÁ, será aprendizado. Um triscar na realidade, um peteleco e a janela veneziana virou um grande acontecimento.
Serra, sexta-feira, 07 de dezembro de 2012.
José Augusto Gava.

No comments: