Thursday, August 15, 2013

No Afã de Ir e Vir (da série Se Precisar Conto Outra Vez)


CONSTITUIÇÃO

O art. 5º, XV da CFB prevê o direito de ir e vir, a saber "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;" tendo o habeas-corpus como garantia constitucional descrita do art. 5º, LXVIII da CFB "conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder"

Claramente isso foi inserido na CF pelo lobby do pessoal do turismo:
1)      Ir: devidamente conduzido por grupo competente de profissionais acreditados juntos às agências de turismo, sem interferência nas rotas traçadas, com crachás de identificação e obediência aos condutores;
2)      Vir: garantindo-se o retorno em perfeitas condições de saúde.

                        Entrementes, quando consultados os agentes, eles acreditam unanimemente ser insuficiente “em tempo de paz”, querendo estender para “e em tempo de guerra”, com garantias explícitas no sentido de acompanhar os conflitos no local, no “teatro de guerra”, com as devidas proteções à vida e ao patrimônio.
E também é motivo de constante inquietação “a locomoção no território nacional”. Por que somente no território nacional? As demais federações nacionais também se perguntam o mesmo e desejam mudar as constituições para “a locomoção na Terra e no espaço interplanetário”. A visão é ampla, espraia-se, não quer ficar adstrita ao passado, aos cuidados de mundo menor e ainda não globalizado, nem “solarizado” (expandido ao sistema solar).
Qual a razão de tanta contenção?
O direito de ir e vir é sagrado, não pode ser tolhido, principalmente quando é pago, sem qualquer dúvida ou reclamação.
Antes não era possível reunir todos os turistas do mundo inteiro, mas agora que há telefonia universal e Internet podemos dialogar diariamente e eleger nossos representantes junto à ONU para fazer valer nossos direitos sacrossantos. Queremos liberdade total, pleno direito de ir e vir nesse afã que sentimos de conhecer o mundo, o espaço exterior e ir até além da Nuvem de Öort, rumo às estrelas mais próximas.
Queremos ir! Queremos vir!
Existem motivos para tanta enrolação?


Serra, segunda-feira, 02 de abril de 2012.

José Augusto Gava.

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