Criação e Evolução

 

Quando li na Rede Cognata que criação = EVOLUÇÃO entendi meramente que seriam equivalentes os processos de Deus e da Natureza, o que é difícil de crer. Seguiu o impasse até podermos ver que não há Criação (o conjunto de criações) senão da parte da Natureza, a sombra imperfeita e caótica de Deus.

O evolucionismo, por ter ismo e ser doutrinação ou superafirmação supressora dos demais, está errado, mas o criacionismo está duplamente errado:

1)       Em razão do ISMO é hiperafirmação da criação;

2)      Em razão da dialógica própria, porque Deus não cria, quem cria é a Natureza. Se Deus criasse, criaria coisas imperfeitas, por exemplo, seres imperfeitos como nós, o que é impossível.

É fácil de entender.

Deus É, ele é essência, não existência. Existente é tudo que começa e termina, por exemplo, que nasce e morre, como qualquer ser vivo, digamos os seres humanos e quaisquer racionais do universo. Como Deus não existe, ele É, como dizia Clarice Lispector, o “É da coisa”, de i, de Deus-i-Natureza.

A Natureza existe, ela desaparece. Porisso é ela que cria. Como cria ao acaso, é imperfeita, ela se sucede em evoluções, em criações caóticas.

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO COMO SÃO AINDA ENTENDIDAS

CRIAÇÃO	EVOLUÇÃO
Isso não existe, pois Deus seria imperfeito, uma contradição nos próprios termos.	Isso existe, criação da imperfeição, evolução destinada ao fracasso e ao desaparecimento.

Vai daí que todos os universos, este universo, esta Galáxia, este sistema solar, esta Terra estão todos destinados a falhar e a dissipar-se, sucumbir.

Deus não existe no tempo.

Para os racionais há falso passado e falso futuro e, como já mostrei, existimos no TEMPO PRESENTE; para Deus o tempo presente é sempre, e ele pode modificar tanto o passado quanto o futuro, e o presente (nós nem saberíamos).

Por conseguinte, EXISTIR é dar início e findar.

Deus não principia nem finda, porisso não existe, ele É.

Nele todos os possíveis já são desde sempre, sempre agora em toda parte, para sempre perfeitos.

Enfim, em Deus há os perfeitos que, quando expressos na Natureza falham miseravelmente, motivo pelo qual a Natureza que os ateus e materialistas tanto prezam é sinal de perda, de falha, de enferrujamento: tendo começado dará defeito e terminará.

Serra, domingo, 17 de maio de 2015.

GAVA.