Monday, May 30, 2016


Procurando Q

 

O LIVRO DE Q

Ciberteologia
Revista de Teologia & Cultura

Edição nº 8 - Ano II - novembro/dezembro 2006 - ISSN: 1809-2888
Júlio Fontana
Esse livro de Mack é, no mínimo, polêmico. O autor faz uma análise profunda da fonte de ditos de Q, tão profunda que chega a perder-se na escuridão que adentrou. Não obstante, Mack faz considerações importantes e mostra-nos que devemos dar ao Q a sua devida atenção. O Q, para Mack, não deseja contar uma história dramatizada sobre a vida de Jesus, mas relaciona apenas os seus ensinamentos. Os seguidores de Jesus que viviam nessa comunidade viam Jesus como o fundador do seu movimento, porém não dedicavam muita ênfase a sua pessoa, sua vida ou seu destino. Estavam mais preocupados com o programa social que era proposto nos ensinamentos que pregou (p. 9).
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http://blog.cancaonova.com/hpv/files/2012/06/quardor-evangelhos-sinopticosa.jpg

As pessoas não são investigativas e sistemáticas, porque querem logo chegar à solução e evidenciá-la. O fato é que temos de ir devagar, palmilhando, revolvendo, juntando, pois são coisas de Deus (em Jesus em vida, depois da ressurreição, em Cristo), não é nada fácil de ver.

Quanto a isso de haver um protoevangelho, não sabemos se sim ou se não, mas podemos apontar algumas coisas:

1)       Não se nota mulheres em torno de nenhum dos líderes religiosos antigos (Abraão-Moisés, Buda, Confúcio, Lao Tsé, Maomé ou qualquer outro), exceto em volta de Jesus. Perto dele não só há, como há muitas, e elas têm um envolvimento amorosíssimo com ele, que as respeita e resguarda, dando precedência (como na ressurreição) – pois fica claro que ele as tinha em alta conta;

2)      Como o MP Modelo Pirâmide mostrou e com mais profundidade o MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, as mulheres são as rainhas da memória, até porque tinham excelentes motivos para lembrar (tantos filhos em volta fazendo arruaça, guardar as coisas, cuidar de 80 a 90 % de todos, etc.);

3)      Elas estiveram em todos os momentos, de Maria na gestação, nascimento e crescimento do menino, a Maria Madalena, às outras que o adoravam a ponto de lavar os pés dele com lágrimas e enxugá-los com os cabelos (alguma mulher já fez isso por você?), a todas as outras (é preciso urgentemente fazer uma lista completa);

4)     Quando os homens fugiram (exceto João, basicamente um menino, 16 anos, no meu entender filho de Madalena, mas não dele, porisso ele o amava com a um filho, reconciliando-os na cruz) acovardados, elas permaneceram.

ENFIM

a)     Ouviram TUDO;

b)     As ricas e educadas, letradas, podiam escrever, tinham tempo de lazer, o ócio dos ricos, guardariam as memórias. Lucas era médico, letrado, procurou se informar, pesquisou as memórias; Mateus era fiscal-publicano, letrado, acompanhou; os outros dois, Marcos e João provavelmente eram analfabetos (mas Jesus, nitidamente não, pois contestou os rabinos no Templo); Judas, zelote-fariseu, provavelmente também era letrado;

c)      Resumindo, elas poderiam perfeitamente, comunicando-se umas com as outras, ter recolhido as informações mais fidedignas, que cederiam certamente aos apóstolos, sempre muito atarefados.

Portanto, se existiu esse Livro de Q, percussor e informador dos demais, deve ter partido delas, pois elas guardam minudências, micro detalhes.

MULHERES EM VOLTA DE JESUS

Isto é Independente
 
Os homens dominam a história do cristianismo. A começar por Deus, o Pai, onipresente e onipotente, criador e não criadora, passando pelos 12 apóstolos, que não incluíam uma mulher sequer, e culminando com Jesus, Filho e não filha. Curiosamente, porém, são as mulheres que não só participaram, como protagonizaram boa parte dos momentos cruciais da vida de Cristo. Da concepção à crucificação, enquanto homens traíam ou fingiam não conhecer o Messias, elas não se acovardaram diante das dificuldades. Mas quem são essas mulheres e por que elas são importantes? E como, hoje, as cristãs batalham para encontrar mais espaço dentro da Igreja?

Com a leitura dos Evangelhos como relatos simbólicos aliada ao estudo histórico do tempo de Cristo, é possível resgatar o protagonismo de algumas mulheres na vida de Jesus. “Cada época lê os Evangelhos de uma maneira”, resume Stephen Binz, biblista formado pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, e autor do livro “Mulheres nos Evangelhos: Amigas e Discípulas de Jesus”, a ser publicado nos Estados Unidos em janeiro de 2011. “E as verdades e conclusões tiradas do texto derivam da vida e das prioridades de quem o lê.”
Jesus e as Mulheres: A Mulher nos Evangelhos Sinóticos
 
O Novo Testamento, não é diferente do Antigo Testamento, quanto a participação feminina na caminhada do Povo de Deus. Encontramos Maria a mãe de Jesus e as outras mulheres, as discípulas que permaneceram com Jesus ao pé da Cruz.
Jesus interfere na ordem da sociedade patriarcal, desperta a potencialidade da mulher, a chama para serem também suas discípulas e isto aconteceu.
Jesus tem outra visão sobre a mulher do seu tempo. Ele altera o relacionamento homem - mulher. Numa sociedade que dava privilégios ao homem Ele procura tirar estes privilégios. Um exemplo podemos citar em Mt 19,7-12, que trata a questão do divórcio.
Jesus apresenta outra atitude em relação ao Homem e Mulher, para ele deve existir igualdade entre ambos, nem mais e nem menos.
Nos evangelhos encontramos muitas mulheres que seguiam Jesus desde a Galiléia, e tornaram-se suas discípulas (Mc 15,41; Lc 8,1-13; Lc 8,43-49).
Para Jesus não havia distinção no revelar os seus segredos, ele falava tanto para os homens e mulheres que o seguiam e aceitavam a sua proposta.
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Faz todo sentido procurar texto escrito por uma das senhoras ricas que viviam em volta dele (não esses apócrifos de Madalena, de Maria, tudo isso porco e falso, atribuído muito depois no segundo e terceiro séculos, senão mais tarde), algo que passou despercebido e nunca foi valorizado.

Procurar pelo conceito e não pela forma.

Deve estar perdido em algum mosteiro ou mesmo no Vaticano.

Serra, sábado, 04 de julho de 2015.

GAVA.

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