Saturday, June 11, 2016


A Escola Simplexa, a Noite e o Dia

 

Partindo de A Escola Simplexa simples-complexa, temos a versão adulta do ensinaprendizado para crianças, que venho postulando desde o começo, quando comecei a ver a união do que é oferecido com o que não é.

O QUE É E O QUE NÃO É

O QUE É OFERECIDO.
ONDE ESTAMOS ESPREMIDOS E INSUFICIENTES.
O QUE NÃO É OFERECIDO.
Passado.
Presente.
Futuro.
Quietação pela repetição dos dogmas estatais.
Equilíbrio inexistente.
Permissão de manifestar a inquietação diária.
História.
GH.
Geografia.
Vida da escola.
Realimentação, feedback.
Escola da vida.
Castração, domesticação.
Revitalização, reinjeção.
(Proposta dos iluministas tarados de 300 anos passados).
(Pos-contemporanização das inquietações do mundo em globalização).
Dia (como entendido pelo Estado fortemente castrador).
Noite (como sentida por cada pleiteante a DESEJADA maioridade funcional).
GRADE curricular em escaninhos rigidamente estatuídos.
Infinidade não-curricular que a existência inventa enquanto dormimos.
CONFORTÁVEL.
DESCONFORTÁVEL.
Quietante.
Inquietante.
Calmante.
Enervante.

Enfim, quando a pessoa acorda para a vida após os cozimentos mentais dos sonhos “reparadores” e vai enfrentar o Dia geral, nada a esteve ajudando a recompor os AMBIENTES (mundo, nações, estados, municípios-cidades) e as visões das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) – a Escola geral só dá apoio ao que é confortável, não ao desconfortável: ela oferece a falsa-coragem das respostas prontas, não as réplicas adequadas ao medo diuturno.

Durante o dia o Estado predador, que fala com voz dos iluministas malsãos de 300 anos passados (1715), não oferece as liberdades para as detenções de agora e sim o que se tornou oferta regular desde aquele tempo “jubiloso” redutor da grandeza: o humanismo (superafirmação do humano) especista (contra as espécies), o estatismo dominador dos indivíduos e tudo que é pessoal, o foquismo (superafirmação do foco) superfocado no capitalismo e tudo que poderíamos analisar e você pode pensar.

Durante o dia a escola não dá senão aquelas respostas consagradas, sacralizadas pela permissão do Estado, oferecendo as matérias domesticantes enquadradoras das PESSOAS a serviço do Capital geral: as crianças vão às salas receber instruções de comportamento para o futuro serviço ao domínio ardiloso ou insidioso dos capitalistas e dos seus servos, os escritórios do Capital universal.

Não vão para receber lições de liberação, vão ser aprisionadas.

E os adultos, que são mais perigosos ainda, porque já sabem decidir e decidem à custa de responsabilização, estes menos ainda recebem ofertas de autonomia, pelo contrário, o PÃO & CIRCO romano continuam aí enquanto alimentação mínima permitida pelo mínimo salário e a diversão gratuita ou semi-gratuita da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Cinema, Rádio, Internet) que visa obliterar as consciências.

Há contraste nítido entre a ínfima preocupação do Estado em enquadrar os jovens de um jeito, e os adultos de outro, e as necessidades imperiosas de reavaliação diária das dimensões do mundo em processo de globalização exponencializadora.

De manhã ou de tarde nos turnos escolares ou no dia-a-dia desamparado e descompensado dos adultos, não há nenhuma preocupação verdadeira e profunda do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) geral com o ser humano ATUAL: o que lhe é oferecido é o conjunto de “panaceias” pensadas pelos iluministas-humanistas bobocas de três séculos já, incapazes de ver tudo que esteve de permeio (modernidade de 1453 a 1789 mal interpretada, contemporaneidade de 1789 a 1991 não visualizada a contento, pós-contemporaneidade já há 24 anos não enxergada – o trem da interpretação realmente descarrilou).

Defasagem medonha nas ofertas do Estado.

Estado mínimo no sentido de burro, não-reagente, não competente para espelhar as mudanças.

Se já é assim para as crianças e os jovens, imagine para os adultos com sensação de vazio mental, total sentimento de insegurança interpretativa!

Inventar o novo ensinaprendizado simplexo será uma grande festa.

Serra, domingo, 16 de agosto de 2015.

GAVA.

No comments: