Assim como os Brises
Como já contei nas memórias, quando eu era jovenzinho em Linhares Rubin Santana - casado com a prima Helenice de minha mãe - queria que eu fosse arquiteto. De fato, eu teria gostado imensamente, assim como de engenharia e de física, para não falar da deliciosa matemática, de química e de tantas outras.
EM PARTICULAR, ARQUITETURA (em público ela se chama urbanismo) – que vem de milhares e milhares de anos, somos herdeiros do bom passado, como do mau também.
MUSIC/ALL (ah, onde estão os musicais para os novos ais das mocinhas suspirantes?)
ASSIM COMO A BRISA
Eu e a Brisa
Ah, se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco Eu poderia esquecer a dor De ser tão só pra ser um sonho Daí então quem sabe alguém chegasse Buscando um sonho em forma de desejo Felicidade então pra nós seria E, depois que a tarde nos trouxesse a lua Se o amor chegasse eu não resistiria E a madrugada acalentaria a nossa paz Fica, ó brisa fica pois talvez quem sabe O inesperado faça uma surpresa E traga alguém que queira te escutar E junto a mim queira ficar E junto a mim queira ficar E junto a mim queira ficar E junto a mim queira ficar
Composição: Johnny Alf
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No decorrer da vida comprei centenas de revistas e livros de arquitetura, a coisa latejava em minhas concepções, minha mente vibrava em surdina, pois não podia me dirigir a ela.
Bem mais tarde, desenhados os 20 anos de modelo pirâmide voltei-me para essa paixão de infância, enquanto ia imaginando nos mais recentes 10 anos várias casas extraordinárias (na minha concepção). Olhei os materiais, deparei com as novas formas, “assuntei”, como diz o povo, fiquei calado olhando atentamente todas as possibilidades extraordinárias que vi, como as pastilhas coloridas de vidro; o cobogó, invenção brasileira de Pernambuco que na infância em Linhares era chamado de comungol; os extraordinários brises, que são as paletas da janela veneziana (de Veneza) cujo nome eu achava elegante demais (e que esperteza! Via-se de dentro para fora, porém não de fora para dentro). Os brises são as janelas venezianas GRANDES e sem marcos e alisares.
OS BRISES QUE ME TOCAM (que felicidade foi essa redefinição: janela, porta, luz, sombra, escuridão)
GATALICE
Alice – que estrada devo tomar?
Gato Risonho – aonde você quer chegar?
Alice – qualquer lugar serve.
Gato Risonho – então tome qualquer estrada.
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Uma pequena mudança de ângulo e lá vem um novo mundo! Vendo diferente-mente, não é à toa que Lewis Risonho pergunta-indica: mude sua ótica e tome sua estrada. Qualquer lugar a que você chegar SERVIRÁ, será aprendizado. Um triscar na realidade, um peteleco e a janela veneziana virou um grande acontecimento.
Serra, sexta-feira, 07 de dezembro de 2012.
José Augusto Gava.
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