Thursday, August 01, 2013

É Eco (da série Se Precisar Conto Outra Vez)


A análise que faço no meu paper é esta:
1.       no século 19 foi pensamento;
2.       no século 20 foi pesquisa & desenvolvimento até a década dos 70;
3.      na década dos 70 foi atividade, depois ativismo, a superafirmação da atividade;
4.      na década dos 1990 já tinha sido assumida como ecologia empresarial, assim como tinha acontecido com o underground, o subterrâneo tornado sustentação.

Agora é eco, lógico, as falas antigas repercutindo nos morros reverberantes da imprensa, sempre as mesmas coisas, sem visão global, sem ciência própria de rede, muito menos sistemática.
Foi isso que falei na palestra.
Claro, as ONGs pularam no meu pescoço, queriam me trucidar por desmascará-las. Tudo vaquinha de presépio (no documento escrevi diferente, com outras palavras, mas o fundo compreensivo é o mesmo – diretamente é isso, são vaquinhas mugindo).
Ninguém pensa.
Veja que a ecologia não é nada mais que psicologia, pois a rede biológica é apenas o evento, não é o evento contestado pela presença humana. O evento, em si mesmo, é apenas Vida geral transcorrendo sem ofensa externa. É preciso ver o agente das ofensas, que somos nós com nossa expansão desenfreada E SEM RESPEITO pelo próximo. Inclusive, Jesus disse “amai ao próximo como a ti mesmo”, não falou de seres humanos, disse PRÓXIMO, todo próximo.
Quem é o ofensor?
Sendo o ofensor PSICOLÓGICO, humano, racional, é a racionalidade ou a falta dela que está ofendendo a Vida, é a nossa falta de racionalidade ECONÔMICA, ADMINISTRATIVA, CONTABILÍSTICA, JURÍDICA (do Direito), é todo o sistema socioeconômico que ofende.
A Ecologia NÃO É rede biológica, é rede psicológica, é a doença humana necessitando ser entendida e curada, é a falta de amor de que falam os iluminados, os santos e santas, os sábios. Então, temos propriamente de falar de REDE PSICOLÓGICA. O eco, a realidade falsificada, não responde pela verdadeira correção da humanidade!
Admira que tenham me expulsado do departamento e da universidade? Admira que eu tenha tido de colocar com o FGTS da dispensa uma barraquinha na beira da praia para vender sanduíches? E tenha bancado, a muito custo, esta edição de mil exemplares do meu livro em papel jornal como “edição do autor”? Eles não querem mais ouvir, é tudo eco. Sei que vocês não vão publicar, mas tenho de enviar essa carta assim mesmo.


Serra, terça-feira, 10 de abril de 2012.

José Augusto Gava.

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