Algumas vezes os
governos fazem algo de útil.
Não sei se você
percebeu que sou contra eles.
Pois dessa vez tive
de aplaudir, porque o governo local instalou um parque que nada tinha de
avançado ou avançadíssimo.
Por que precisamos
dos computadores da frente de ondas tecnocientífica ou dos maiores progressos
que o mundo pode proporcionar?
O argumento é que
na Curva do Sino só 2,5 % de todos precisam da extremidade direita, para onde
vão os aspirantes às alturas. 1/40 não precisa de ajuda do conhecimento extremo
e 95 % ficam no meio. A classe E é a miserável economicamente, submetê-la aos
avanços é penalizá-la.
Então, esses caras
pensaram em frações 1/A (a rica necessitada da linha de frente), 1/B (os
médio-altos), 1/C, 1/D e 1/E. A média, 1/C precisa de pouca coisa. Existem as
firmas do período Jurássico, em termos equivalentes.
Comprei meu lote
lá, depois comprei outro.
O governo constrói
em módulos, conforme a necessidade, e divide em parcelas, inúmeras parcelas,
porque o objetivo é realmente ajudar; sendo assim, pouquinho de cada vez,
podemos usar nossas forças para crescer. Não nos incomodamos de a construção
ser “enxuta”, o saneamento projetado para durar e receber melhorias no decorrer
dos anos, as instalações simples, sem serem precárias, as máquinas não serem as
melhores de todas – não estamos atendendo às elites e sim ao povo. Com isso
podemos fornecer qualidade durável: bruta e simples, atrasada perante os
adiantados, mas confiável e porisso mesmo barata sem deixar cair a peteca. Estão
retomando as máquinas antigas.
Os engenheiros, os
arquitetos, os urbanistas, os artistas todos trabalham para obter durabilidade
sem comprometimento da qualidade POPULAR. Com isso conseguimos baixar os preços
em até 70 % e estamos nos reunindo todo sábado para baixar ainda mais. Muitos
da classe B começaram a comprar nossos produtos abrutalhados quando ofertam em
suas fábricas às classes C e D.
Reconhecer que
existe passado no presente, que nem tudo precisa ser futurível, nos trouxe
ganhos a todos: os pobres podem poupar muito mais e, aplicando em materiais de
construção PJ (parque jurássico), podem fazer obra muito melhor e maior, mais
firme. O que ganhamos transformamos em duração.
Vem dando certo e
os governantes estão criando o segundo PJ, desta vez no interior; cortando as
gorduras e reconhecendo a verdade e a simplicidade, muito mais está podendo ser
feito.
Serra,
segunda-feira, 09 de abril de 2012.
José Augusto Gava.
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