Thursday, August 15, 2013

Man Drake II (da série Se Precisar Conto Outra Vez)


Drake, esse homem ímpar encarregado pelos celestiais de proteger o Ocidente tinha um daqueles programáquinas extraordinários que aparecem em Tolkien como “palantires”, as “pedras de ver”, as bolas de cristal, as bolhas que na origem nem são redondas, são cúbicas, mas ao expandir sua luz fazem-no radialmente, a esfera mínima de luz enganando as pessoas.
Essa pedra que ele traz é referida no Egito em A Pedra da Luz (na série em quatro volumes de Christian Jacq, o célebre autor francês, no primeiro volume, Nefer, o Silencioso). Uma delas é zelosamente guardada pelos pedreiros, que a protegem com a própria vida, a todo custo; uma está em Siwa, o santuário egípcio no deserto aonde foram parar inumeráveis conquistadores desde Alexandre, passando por Augusto, Napoleão e outros. Uma está na China, no túmulo do Imperador Amarelo, que os chineses não abrem por medo. Aquela que foi roubada por Akenaton-Moisés e levada para Israel (Vespasiano, Tito e Domiciano tentaram a todo custo pegá-la na invasão do Templo, mas ela já estava longe), indo parar em Petra; hoje se encontra supostamente perdida. Uma ficou no túmulo de Alexandre, o grande ladrão (que pegou três das que estavam em Siwa), e foi levada para Aachen, na Alemanha, sendo visitada por muitos imperadores e pretendentes; a segunda que ele pegou foi para a Macedônia, donde foi roubada pelos romanos, levada pelos imperiais na fundação da cidade a Constantinopla; depois foi para a Rússia com Cirilo e o irmão. Uma foi parar na Índia, levada por Alexandre, onde pertenceu à dinastia descendente Xandra Gupta, tendo desaparecido com o desaparecimento dela. Uma, a que foi dada a Jesus quando ele ficou suas três décadas no Egito, foi levada sem autorização por José de Arimatéia e Maria Madalena para a Inglaterra (e não para a França), onde está até hoje, tendo sido representada no trono inglês.
Hitler fez de tudo para pegá-la, mas foi rechaçado.
São nove e a mãe de todas foi levada há milhares de anos pelos celestiais para debaixo do Pamir, junto a Xanadu ou Xangrilá.
O fato é que cada man Drake, ao vir para o Ocidente desde o Tibet e o Potala traz (para sua réplica menor de Xanadu, a cidade dos celestiais) sua pedra e com ela alcança qualquer lugar, inclusive suas congêneres.
Por conseguinte, Drake, possuindo a sua, pode acessar todas as outras, dizendo com toda segurança onde estão. Não fez questão de me dizer tudo, fiquei na minha.
Não apenas mostra o espaço ao redor dela, inclusive além das paredes ou qualquer contenção, como também desnuda as almas. Não é à toa que se diz que “o sombra sabe”, pois esta é uma das identidades do Homem Dragão, como ele percorrendo toda a geo-história ocidental, quer dizer, tudo que deriva do Egito e está a oeste da Suméria, ao passo que outro Dragão cuida do Oriente.

AS PEDRAS DE VER (fazem parte da mitologia e quase todos as perseguem)

(imagem)
(imagem)

Isso coloca Drake acima dos seres humanos, mas uma das maiores qualidades dele e de todos os seus antecessores é justamente não abusar dos poderes. É porisso que são escolhidos. Nem seria de outra forma. Pode ver, mas não pode interferir nas almas, não pode instalar direções e sentidos, apenas vê como são.
Eu a vi em ação: posta sobre a mesa de centro irradiava uma esfera, dentro da qual podíamos entrar e observar todos os detalhes dos acontecimentos. Com toda certeza ele não me mostrou nada de íntimo das vidas, até porque não as vê. Pode ampliar milimetricamente, pode reduzir para abarcar quilômetros, é fenômeno extraordinário. De onde veio isso? Acho que as pedras vieram com Adão e Eva, veja Alfa Ômega, tecnociência divina. Que poder!
Como já disse antes, ele permitiu difundir porque ninguém vai acreditar mesmo, não passa de ficção. É até melhor que seja assim. De fato, através da história os celestiais vem lançando inúmeros livros, como se fantasia fossem, visando a difusão e a aceitação progressivas num ritmo muito lento.


Serra, sexta-feira, 13 de abril de 2012.
José Augusto Gava.

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