Thursday, October 31, 2013

Economia Psicológica (da série Expresso 222..., Livro 2)


Economia Psicológica

 

                        No modelo a Psicologia, uma das ciências, se divide em psicanálise (das figuras), psico-síntese (dos objetivos), economia (das produções), sociologia (das organizações) e espaçotempo (Geo-História).

                        Como ciência, a Psicologia está na pontescada tecnocientífica. As ciências, técnicas altas, são: Física/Química (primeira ponte), Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6. As técnicas, ciências baixas, são: Engenharia/X1, Medicina/X2, Psiquiatria/X3, Cibernética/X4, Astronomia/X5 e Discursiva/X6.

                        A Dialógica/p.6 e a Discursiva/X6 estarão mais próximas da matematização total. No entanto tudo começa da base, na Física/Química e Engenharia/X1, vindo as outras a seguir. Por enquanto está se dando a matematização da Biologia/p.2 e da Medicina/X2.

                        A da Psicologia/p.3 e da Psiquiatria/X3 estão distantes.

                        Como compreender que a Economia, sendo uma das psicologias filosóficas, queira reivindicar o status matemático?

                        De fato, ela usa a Matemática, mas só a mais primitiva, até as integrais, e nada mais que isso. Em geral usa uns graficozinhos. Ela não “vai fundo”, como diz o povo. Fica na superfície. Contudo, para quem está mais por fora ainda, parece muito, e ela se assemelha a uma ciência plena, de fato.

                        Não é, é uma psicologia EM ESTÁGIO FILOSÓFICO.

                        Não passa disso, embora pretenda estar em grandes alturas.

                        Há uma piada assim: dois caras estão perdidos num balão e vêem lá embaixo um outro, ao qual perguntam onde estão. O outro responde: “aí”. No balão um fala para o outro: “esse cara é economista. A informação está perfeitamente correta, mas não serve para nada”.

                        Segundo outra, Colombo foi o primeiro economista: saiu sem saber para onde ia, chegou sem saber onde estava – e tudo por conta do governo.

                        A Economia deixa muito a desejar enquanto economia agropecuária/extrativista, economia industrial, economia comercial, economia de serviços e economia bancária. Não tem teorias científicas para as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) nem para ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo). Não pode prever os circuitos (por exemplo, não sei se foi Galbraith que disse que os economistas previram nove das duas últimas crises americanas), não tem uma teoria dos ciclos convincente, não consegue dirigir a produção local e geral sem traumas para os produtores.

                        São umas negações, os economistas.

                        Não dispõe de cartuchos ou cártulas psicológicas/econômicas, como já pedi. Cada um afirma uma coisa diferente, sem um centro ou eixo de condução. As hipóteses não são testáveis e refutáveis, exceto a posteriori, e nunca podem ser programadas em laboratório, porque não existe uma ainda mais ampla teoria que a leve da listagem de fatos até a verificação das afirmações, num largo esforço equacional.

                        É uma psicologia filosófica, não científica, e parece que, a menos de uma revisão profunda, não chegará a ser.

                        Entrementes tenho esperança de que ela acabará por tornar-se científica ao matematizar-se devidamente. Acho que não demora muito, na medida da deseroização e do fim do orgulho funesto de que são dotados os economistas. Desde que saibam descer de seu falso Olimpo serão capazes de rever sua disciplina para melhor.

                        Vitória, segunda-feira, 20 de maio de 2002.

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