Escola de Arqueologia
Na EA tinha Horror 101, que era onde os alunos iam ver os filmes de Hollywood sobre arqueologia, como Indiana Jones e a Arca Perdida, onde os objetos eram guardados dos olhos de todos os profanos (até aí, tudo bem) e de todos os arqueólogos, supostamente num vasto depósito da Igreja. Os garotos e as meninas danavam a chorar de puro desespero, não poder ver nem tocar ou reverenciar todos aqueles objetos, sentindo a pobreza que é a vida sem aqueles saberes todos.
Em Horror 102 eles veem a Biblioteca de Alexandria queimar em computação gráfica três vezes (com Júlio César uma, mas não foi a primeira nem a última). Tens uns que rolam no chão, é de dar dó.
TOCANDO FOGO, VÁ SABER
Em sua série Cosmos, Carl Sagan nos fala longa e nostalgicamente das obras que poderíamos ali encontrar e que, no entanto, estão perdidas para sempre.
Disse ele: Se o conteúdo estiver de acordo com o livro de Alá, podemos passar sem eles, porque o livro de Alá é mais do que suficiente. Se, por outro lado, eles contêm ideias que não estão de acordo com o livro de Alá, não há necessidade de preservá-los. Então, vá em frente e destrua-os.
O cronista Ibn al-Kifti relata que os livros foram usados para aquecer os banhos públicos de Alexandria. Seis meses foram necessários para consumir todos os volumes. Quem queimou a Biblioteca?
A guerra – por três vezes; o fanatismo religioso- cristão e muçulmano -, por duas vezes. Fonte: O Relógio do Longo Agora, de Stwart Brand
Alessandro Martins
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Em Desespero 101 eles presenciam a Lara Croft destruir a caverna. E por aí vai, dezenas e dezenas de filmes que os preparam para nunca, nunca chegar perto de Hollywood, nem fazer acordo com os filmagos. Pode-se dizer que eles saem escolados e perdem totalmente a vontade de conversar com os cinegrafistas.
FILMES DE ARQUEOLOGIA
Tem uns que rolam no chão, querem se cortar de gilete, nós não deixamos, claro que não. Se bem que teve uns professores...
Serra, domingo, 28 de outubro de 2012.
José Augusto Gava.
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