Tinha um Milhão de Pedras no Caminho (da série Conto N'Ato)

Tinha um Milhão de Pedras no Caminho

TINHA UMA PEDRA NO CAMINHO (de Drummond)

No Meio do Caminho Carlos Drummond de Andrade No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra.

No livro de J. J. Benítez Existiu Outra Humanidade, São Paulo, Planeta, 2012 sobre original espanhol de 1975 ele fala de Javier Cabrera Darquea, médico peruano colecionador de 11 mil pedras que em conjunto denominou “biblioteca de pedras” e seria melhor chamar LITOTECA, coleção de pedras. Biblioteca remete a livros e escrita, nas pedras não havendo isso e sim desenhos, gravações que ele supôs de vários milhões de anos.

AS PEDRAS DE ICA (existem outras 40 mil espalhadas pelo mundo, diz lá)

Cabrera empurrou muito para o passado.

Ao imaginar o livro de FC Alfa Ômega (tem nove entradas, uma delas AQL Atlântida Queda e Levantamento), coloquei o afundamento da nave de 400 km de diâmetro (agora sob o Triângulo das Bermudas) no horizonte do fim da glaciação há 12 mil anos (no tempo do surgimento de Jericó: deve ter chovido bem uns mil anos, acumulando 160 metros de água, pesando para afundá-la pelas bordas). Se aconteceu isso e os atlântidas enviaram sobreviventes, estes podem ter mantido parte de sua civilização no alto dos Andes (na linha do sul), fazendo todas aquelas operações complicadas e embasando as lendas, depois copiadas magicamente pelos astecas (noutra linha, a do oeste), por exemplo, ao arrancar os corações, o que corresponderia às operações de reparo e transplante.

Não 150 milhões de anos, mas apenas 12 mil.

Ademais, os primitivos podem ter convivido com remanescentes dos dinossauros, pois só 70 % da vida foram extintos quando da queda do meteorito em Iucatã há 65 milhões de anos. Nada acaba num corte vertical. Da vida sobrevivente podem ter participado os dinossauros sobreviventes por todos esses milhões de anos, tendo realmente convivido os restantes com os humanos bárbaros.

DINOSSAUROS DE ICA/PERU E DE ACÁMBARO/MÉXICO (e de outros lugares, inclusive dragões)

Essas pedras devem ser pensadas como evidências LÓGICO-DIALÉTICAS, quer dizer, segundo a lógica de sentenças e de relações.

As pedras devem contar a psicologia.

A PSICOLOGIA DAS PEDR/ICAS

1.       as figuras ou psicanálises dos primit/icas (vou chamar assim);

2.       os objetivos ou psico-sínteses dos primit/icas;

3.      as produções ou economias dos primit/icas;

4.      organizações ou sociologias dos primit/icas;

5.      espaçotempos ou geo-histórias dos primit/icas.

Veja, se eles existiram, FORMARAM UMA REDE PSICOLÓGICA.

Produziam-organizavam e faziam tudo dentro dessa rede.

As representações lógico-dialéticas que se deve obter com os desenhos e pinturas DEVEM retratar essa rede, quer dizer, como era a sócioeconomia dos primit/icas?

Evidentemente, colocando-se 11 mil ou 50 mil pedras ideográficas no programáquina computador obteremos um desenho parcial de alguma precisão, mas colocando-se 100 ou 20 vezes tanto quanto obteremos DESENHO MUITO MAIS COMPLETO e complexo.

Serra, quinta-feira, 22 de novembro de 2012.

José Augusto Gava.