Thursday, September 26, 2013

O Sanduba de Jó (da série Conto N'Ato)

O Sanduba de Jó

A HISTÓRIA DE JÓ
Livro de Jó
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
The Patient Job
O Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de , onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava.
As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito.
A autoria de é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o livro mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênesis.
Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI AC[1].
A Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro é posterior a Jeremias e Ezequiel, ou seja, escrito em uma época posterior ao Exílio na Babilônia, considerando provável sua composição no início do séc. V AC[2].
A Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que a obra foi composta em várias etapas[3]:
·         O prólogo (1:1-2:13) e o epílogo (42:7-17), seriam um conto folclórico que originalmente narrava a paciência exemplar de um homem da terra de Us (talvez em Edom, a sudeste do Mar Morto). Este conto circulava entre os sábios do Oriente Médio de formal oral desde o fim do Segundo Milênio AC, e foi recontado em hebraico na época de Samuel, David e Salomão (sécs. XI e X AC).
·         Servindo-se da bem conhecida história do infeliz Jó (Ez 14:14.20), um poeta da segunda geração do Exílio na Babilônia (aprox. 575 AC) compôs o poema (3:1-31:40; 38:1-42:6).
·         Os discursos de Elihu (32:1-37:24), que tratam do valor educador do sofrimento, seria uma adição posterior de outro autor.
·         Muitos pensam que o Elogio da Sabedoria (28:1-28) seria uma adição posterior.
Temática
O tema central do livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência de Jó", mas a natureza da relação entre o homem e Deus, em oposição à teologia da retribuição[1].
Como Jó, na época do Exílio na Babilônia, o povo de Judá tinha perdido tudo: família, propriedades, instituições e a própria liberdade, o que exigia uma revisão da teologia da retribuição[1].
Para conseguir sua intenção, o autor usa uma antiga lenda sobre a retribuição (1,1-2,13; 42,7-17), omitindo o final (42,7-17) e substituindo-o por uma série de debates que mostram o absurdo da teologia da retribuição, incapaz de atender à nova situação (3,1-42,6)[1].
Aspecto importante do livro é que Jó faz a sua experiência de Deus na pobreza e marginalização. A confissão final de Jó - "Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, meus olhos te vêem" (42,5) - é o ponto de chegada de todo o livro, transformando a vida do pobre em lugar da manifestação e experiência de Deus. A partir disso, podemos dizer que o livro de Jó é a proclamação de que somente o pobre é apto para fazer tal experiência e, por isso, é capaz de anunciar a presença e ação de Deus dentro da história[1].
Bruce Wilkinson[4] e Kenneth Boa[5] interpretaram[6] na história de , cinco maneiras com as quais Deus usa as adversidades descritas em Deuteronômio 8:
a) Humilhar-nos: Jó 22.29; Dt. 8:2.
b) Testar-nos: Jó 2:3; Dt. 8:2.
c) Reorganizar nossas prioridades: Jó 42:5,6; Dt. 8:3.
d) Disciplinar-nos: Jó 5:17; Dt. 8:5.
e) Preparar-nos para as bençãos futuras: Jó 42:10; Dt. 8:7.
Referências
1.              a b c d e , Edição Pastoral da Bíblia, acessado em 07 de agosto de 2010
2.              Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, p 801
3.             Tradução Ecumênica da Bíblia, Ed. Loyola, São Paulo, 1994, pp 1.165-1.166
4.             Bruce Wilkinson (em inglês). Página visitada em 26 de junho de 2012.
5.             Kenneth Boa (em inglês). Página visitada em 26 de junho de 2012.
6.             Acácio, José M. Antigo Testamento III - Livros Poéticos. 3 ed. CETADEB. Paraná, Apucarana, 2008, p.27.

Em termos simples, populares, Jó estava lá no bem-bom, gozando a vida através do trabalho escravo (nas horas de folga os escravos ficavam na jogatina, naquilo de “escravos de Jó jogavam caxangá”, os vagabundos, descansando depois de 16 horas de trabalho durante sete dias, ainda não tinham inventado essa sem-vergonhice de folgar aos sábados e domingos e tantos feriados e dias-santos, essa porcariada que só serve para criar gente à toa) quando isso chamou a atenção de outro desocupado, o diabo.
ESCRAVOS DE JÓ (queriam um domingo “só para eles”, para ficar na jogatina fazendo churrasco e bebendo cerveja; se a gente não tomar pé da situação não sei onde isso vai parar!)

O demo ficou incomodado.
Quanto mais ficava olhando, mais raiva dava de ver Jó bem com a família, todo mundo guapo, airoso, galante e feliz, risonho como o rico é, as faces rosadas e brilhantes que nem inglês do século XIX explorador do povo.
Jó ali e o capeta olhando.
O troço ruim olhando e Jó só se divertindo.
Uma hora isso irrita, né?
O coisa-ruim foi ficando aborrecido.
Dia após dia Jó se beneficiando dos favores de Deus e o cão pensando que Jó só vivia se destramelando igual mala velha PORQUE tinha os favores de Deus para tudo dar certo, como aquele cara que vai passando no aeroporto e tudo vai dando certo.
Lúcifer ficou iracundo.
Não tiro a razão dele, qualquer um ficaria.
Com vento a favor qualquer vela leva para diante, né?
Jó era devoto, mas numa situação dessas quem não seria?
Então, Satã propôs a Deus que o deixasse cuidar de Jó, colocar uns obstáculos para ver se na presença dos desastres Jó continuava fiel.
Deus deu de ombros, “por mim”...
SANDUÍCHE
DEUS DE BRAÇOS CRUZADOS
JÓ ENSANDUICHADO
A BESTA PROVOCANDO TODO TIPO DE DANOS
Quando as coisas vão mal nem precisa esperar platéia: Jó apresentando currículo.
Não é à toa que dizem que o diabo veste Prada: é mulher.

Tudo deu pra trás na vida de Jó.
Foi mais ou menos assim como viver no Brasil não sendo rico nem empresário. Por mais que ele fizesse não saía do lugar, tipo assim Alice no País das Maravilhas (que é o Brasil mesmo, a rainha é a Dil Mandona).
Não acompanhei a novela até o final, não sei o que aconteceu com o pobre do Jó, fiquei revoltado. Foi aí que nasceu “paciência de Jó”, essa que temos de levar aos bancos.
Serra, quarta-feira, 28 de novembro de 2012.
José Augusto Gava.

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