Pandora e a Esperança
Já falamos de estudar a personalidade de Pandora.
Agora há a questão de olhar a esperança.
Por um lado sabemos que dentro da caixa restou a esperança, mas como todo mundo tem esperança, devemos entender que a caixa é o corpo, de fato o corpomente.
E se só ficou a esperança, se todos os males saíram, significa que Pandora é uma libertadora.
DOIS LIBERTADORES
PANDORA
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Deixando sair “todos os males” (seu nome significa isso) da caixa-corpo dos humanos, mantendo somente a esperança, por um lado nos libertou das dores e por outro deu-nos a sustentação da expectativa. Sendo a esperança, no dizer do povo, “a última que morre” tem tremendo valor de sobrevivência e certamente nos ajuda a sobreviver na luta. Foram duas as ajudas dela, de um lado o afastamento dos males e do outro a manutenção da esperança.
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PROMETEU
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Se ele trouxe o fogo, a inventividade, e os deuses o puniram tão terrivelmente deve ser porque era coisa boa, pois ninguém vai punir outrem por levar embora algo ruim, que atrapalha. Tendo sido punido barbaramente era herói libertador da humanidade, enfrentando tremenda punição por amor a nós, porque queria nosso bem. Os deuses, por outro lado, não querendo que conhecêssemos o fogo eram egoístas e, além disso, déspotas, pois segregadores desejando a criatividade só para si.
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Vendo assim, devemos investigar melhor a relação dos antigos com esses deuses. Observa-se que eles queriam manter os males em nossos corpos e, certamente, não queriam que conhecêssemos o fogo, a sabedoria, o saber, a pulsação do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).
Queriam-nos prisioneiros e sofredores.
A heroína Pandora e o herói Prometeu são nossos libertadores, oferecendo-se em holocausto em nome de nossa saúde e sabedoria.
PANDORA E PROMETEU
Tadinho, castigado por ter nos ajudado.
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Pergunto: precisava disso, dessa violência toda?
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Antes de fazer ela pensou muito e optou pela humanidade.
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Aqui ela mandando embora os males, é uma curadora, médica da alma, isso sim.
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Por todos esses milênios não lhes prestamos homenagem.
Não vi, nem fiquei sabendo de nenhuma estátua.
Serra, segunda-feira, 26 de novembro de 2012.
José Augusto Gava.
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