Palestra
Itália
Fui a essa palestra de um italiano, havia
tradução simultânea, foi no auditório lá na Beira-Mar, em Vitória mesmo, temo
ter entendido errado. Depois procurei no sítio, andei indagando, parece que não
pertencia ao texto porque era uma abordagem lateral.
Ele disse que era a respeito da liberdade
concedida por Deus a todas as criaturas da Natureza, DiN, Deus-i-Natureza, não
sei o que é isso; e que dentro da liberdade oferecida do alto como querer,
vontade, arbítrio, expressávamos nós todas as coisas.
A caminho dessa palestra maior fez uma
digressão, uma pequena volta para abordar a questão da liberdade expressa na
constituição brasileira, quando a CF como que expressa (ele que disse, estava
falando de obediência lá da Itália, mas como se abordasse o Brasil, não sei se
ele entende a situação daqui) o alcance total de uma verdade universal
(filósofo!).
TODOS
SÃO IGUAIS PERANTE A LEI (frisou a passagem)
III - ninguém será submetido a
tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além
da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da
lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015)
(Vigência)
Todos são
iguais perante a lei.
A lei, ele disse, era maiormente a
constituição, no caso a brasileira, acho que ele não entende muito bem a nossa
situação, todas as nuances, todos os equilíbrios, todas as sofisticadas
interpretações “isso nós obedecemos, isso não”, etc. Ele achava que era para
obedecer tudinho, mesmo, creio que ninguém explicou para ele, só pode.
Disse que lei era a liberdade, o plano de
igualização, a igualdade era a própria liberdade.
Obediência irrestrita à lei?
Para valer mesmo?
Que história é essa?
Depois, falou, “vamos supor as dez formas de
conhecimento (arte, magia, religião, teologia, ideologia, filosofia, técnica,
ciência, aritmética, geoalgébrica – ele que disse, espero ter anotado certo) ”,
e ergueu as duas mãos, com os dedos todos fechados, só o polegar da esquerda
aberto e para cima, sinal de positivo, “se vale para um (estava erguido o
polegar esquerdo), a arte, vale para todos (abriu todos os dedos das duas mãos, mãos
espalmadas), se não vale para um (fechou o polegar da direita), a religião, não vale para ninguém”.
Ele queria dizer que se a arte pode ser
ensinada na escola, a religião também pode e, aliás, todos: se as escolas e os
governos abrem espaço para um, devem abrir para todos.
Achei esquisito.
O governo defender a legalidade?
Acho difícil.
Coisas da Europa, legalidade, até parece!
Serra, quarta-feira, 27 de janeiro de 2016.
GAVA.
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