Sunday, July 17, 2016


Duros e Superduros Quando da Possível Manifestação

 

Na década dos 1970 comprei alguns livros sobre Hitler, as pessoas me olhavam de banda, por causa da fama de revolucionário – expliquei que Hitler, além de ser pessoa, era ambiente, permissividade do meio, que poderia voltar a ser explicitada.

AS PESSOAS NAS CRISES

AMBIENTES QUE POTENCIALIZAM.
Mundos.
Nações.
Estados.
Cidades-Municípios.
PESSOAS QUE SÃO POTENCIALIZADAS.
Empresas.
Grupos.
Famílias.
Todo tipo de indivíduo, agora com muito maior quantidade, 7,3 bilhões, e muito maior expressividade relativa, percentual, porque a liberdade chegou ao ponto do liberalismo, licenciosidade.

É exponencial: nas crises, quando os limites constitucionais são rompidos, as pessoas são elevadas a milhões, dezenas de milhões (foi o caso da Alemanha e veja o que foi feito de 1939 a 1945), centenas de milhões (veja Mao), bilhões (não houve, benzadeus!).

Imaginei vários títulos, ficaria enjoado, vou colocar sequencialmente.

1.       O Núcleo Duro da Permanência: como vimos, é um embate entre amor e ódio, entre ajuda/auxílio/caridade e luta pela sobrevivência do mais apto: se este lado vence, as pessoambientes caminham para o colapso e a extinção. SE o amor lutar para ajudar de todo modo, convém que fique. A ideia de cada ser é permanecer, chamam a isso instinto de sobrevivência, significando no extremo matar todos os outros. Nisso, entre os que endurecem na crise, cria-se um núcleo duro, como na felizmente extinta URSS, no PCUS, Partido Comunista da União Soviética, onde havia o Comitê Central e dentro dele Stálin, o duro dos duros – ou seja, em caso de crise há a tendência de endurecimento cada vez maior, visando a permanência ou sobrevivência do coletivo a qualquer custo, até mesmo dos avisos de prudência dos mansos e dos santos;

2.       Aptidão na Crise: conforme seja feito o anúncio oficial da crise (ele é mostrado pelo sofrimento crescente do povo; e as elites, não podendo ser felizes superacumulando, transferem a dor para a população com os desinvestimentos, a fuga do dinheiro oportunista), os até então “potenciais malvados” oferecem-se para provocar dor alheia, de início tudo muito afável, lobos em pele de cordeiro. Os mais cruéis vão desalojando os brando-cruéis e todos do grupo veem como preferíveis as ofertas de bravatas, e depois realizações – os cruéis mais aptos sobrevivem (veja a construção sequencial na Revolução Francesa);

3.      Duro do Duro: o endurecimento vai em crescendo. Che disse inicialmente “endurecer sem perder a ternura”, o que não passava de escamoteamento de suas intenções – penso que ele iria trair Fidel e Raul e foi traído antes, enviado à goela faminta do avisado leão na Bolívia. Mesmo entre os duros existem outros ainda mais grossos, como na URSS o círculo de Stálin, feito dos piores meliantes, eliminados uns após os outros nos expurgos de 1936-37, ou o equivalente na Alemanha em volta de Hitler, ou a semelhança na China ao redor de Mao. Torna-se espiral concentracionista, para dentro e para cima;

4.      Concentração do QIMC da Luta: não se espante, não é QI, Quociente de Inteligência, é Quociente de Inteligência, Memória e Controle, a Chave do Ser. Ele vai sendo concentrado, mas não no líder, cuja oferta maior é a barbaridade crescente em disparada – os acólitos proporcionam os três elementos, administrados à liderança conjunta, fazendo-a imbatível pela elevação exponencial de cada faceta QIMC; e mais ainda nas combinações multiplicativas, tornando-se o bando inalcançável;

5.      A Dureza dos Duros: observando o processo de concentração crescente os duros veem claramente, cristalinamente, a necessidade de tornarem-se mais intensos, mais perigosos, mais atrozes ainda, até o paroxismo. Eles tomam como tecnociência o próprio conceito e prática, a prateoria da insensibilização;

6.      A Manifestação da Dureza: veja a questão das SA e das SS na Alemanha – cada participante queria apresentar resultados ao chefe superduro, cometendo atrocidades ainda maiores e mais focadas no rompimento de todo autocontrole humano, praticando torturas cada vez mais dementes. Há a criação, por assim dizer, de uma Escola da Infelicidade, com os professores sendo substituídos em sua insanidade por alunos sempre mais eficazes no exercício do terror (veja isso entre os árabes-muçulmanos vingativos daninhos do pseudo, assim chamado, Estado Islâmico);

7.      Os S/H/M Entre Nós: eles estão bem ao lado, são as pessoas quietas, supostamente tranquilas, incapazes de matar uma mosca (não são essas que estão aí, esses criminosos-de-domínio-relativo-da-lei, SÃO OS OUTROS, os escondidos, porque esses daí estariam – se desejassem as elites – ao alcance da Lei geral). São os furiosos aparentemente mansos, que não são, estão à espreita de uma oportunidade, de um chamamento: os futuros Stálin/Hitler/Mao;

8.      Superduros: suponhamos que haja supermoles, moles, médios, duros e superduros. Quando tudo vai bem, quando há excesso de Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) geral, quando em virtude disso a superprodução é distribuída até com desatenção e descaso, quando há liberdade demais, descambando para o desregramento, o descomedimento, a depravação (inclusive sexual), tudo vai bem; sobrevinda a crise, todas as mágoas não sanadas do passado, escamoteadas em ódio e desamor, vêm à tona (veja o caso emblemático da Iugoslávia e da dissolução balcânica geral), dando oportunidade de projeção aos duros e superduros como penúltima e última solução dos perigos internos e externos;

9.      Superduros nas Crises: o batedor de carteiras não se aproxima da presa na rua de cara fechada, de mau-humor, aparentando fúria maligna e má-intenção. De modo nenhum! Ele disfarça. Os duros e superduros não manifestam de pronto sua malignidade, ela é construída por dentro e só depois, quando oportuno, é mostrada no ambiente. Nenhum mal é iniciado nos ambientes, ele é começado nas pessoas, fica cozinhando nos interiores. É SÓ COM O INÍCIO DAS CRISES QUE OS MAUS SE APRESENTAM para fazer sua obra, e vão construindo-a ponto a ponto, como foi feito nos EUA com os decretos presidenciais sobrepostos à constituição ou no Brasil com os governos decretistas de FHCB, Lularápio e Dilmaluca;

10.   O Superendurecimento dos Superduros: ele é proporcionado em primeiro lugar pelo NÚCLEO DURO DO INDIVÍDUO (tudo nasce nele, não há outra mente) e é catapultado para cima pelos ambientes supremamente intolerantes. Imagine que há 7,3 bilhões em oferta estatística e que 2,5 % ou 1/40 são duros. Dentro destes, outros ainda mais perversos vão se apresentando prestimosamente para substituir os duros iniciais e são rechaçados se um superduro (Stálin para Lênin e Trotsky, Hitler para as ameaças circundantes, Mao para os ambiciosos de plantão) já está a postos; se tal é possível, os superduros endurecem mais;

11.     Tecnociência e Conhecimento dos Superduros: há o chamado “aparelhamento” gramsciano do poder, quer dizer, um círculo de aduladores vigiando em nome do Chefe as redondezas – os pesquisadores do mal se apresentam prestativos, obsequiosos, para oferecer seus serviços de sustentação e enquadramento dos quadros rebeldes que devem ser chamados (e substituídos quando se arvorem a aventuras junto ao núcleo agora encouraçado do comitê central);

12.    Programáquina dos Superduros: isso nunca foi feito, a URSS (graças aos Céus) não foi competente, não visualizou o passo superior, a preparação do mal como programáquina constitutivo invencível (só Cristo para vencer algo assim). Nem havia supercomputadores para tal;

13.    Estágio de Consolidação: como 12 não foi conseguido, 13 também não.

Quase todos esses passos se apresentaram na Terra.

Felizmente, não todos, não 12 e 13.

Entrementes, agora estamos diante da crise de 2019 na China, como venho falando desde 1997 sem qualquer plateia.

A Terra não é mais primitiva como até 1945, as duas cornetas iniciais dos anjos soaram no Japão naquele ano e a Terra mudou de súbito.

Vitória, domingo, 17 de julho de 2016.

GAVA.

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