A Arca

 

O nome dele era Noah Santos, descendente de portugueses ou, como dizem nos EUA, luso-americano, pós-doutor em biologia, pesquisador aclamado, foi encarregado pelo presidente americano e pelo primeiro ministro canadense de colocar “lá nas profundas”, bem lá para cima, subterrâneo de contenção para a coleta de ADRN da Vida (arquea, fungos, plantas, animais, primatas) e da Psicologia das quatro cores e dos mestiços, enfim a ampla variedade viva-psicológica “para o que desse e viesse”.

Se houvesse nova glaciação, como na anterior iriam se acumular três quilômetros de neve compactada por metro quadrado, peso enorme que fatalmente afundaria as montanhas, levasse isso em conta no projeto, contenção escavada nas rochas das montanhas, caixas feitas de titânio e aço-carbono.

O CANADÁ

Em Yukon, fronteira com o Alasca, caso o Canadá quisesse “dar para trás”... (os americanos pensam em todas as possibilidades).

E no interior da selva o Brasil fazia das suas.

AS ARCAS JÁ EXISTENTES

Entenda a nova lei de acesso ao patrimônio genético e conhecimento tradicional 09/06/2015 Depois de quase 15 anos, o Brasil passa a contar com uma nova legislação que trata do acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado. A Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015, que entrará em vigor no dia 20 de novembro, revogou a Medida Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001.

Banco Mundial das Sementes. A Arca de Noé das espécies vegetais Existe um gigantesco cofre-forte escavado numa área de gelo permanente na Noruega, nas Ilhas Svalbard, a cerca de mil quilômetros do Polo Norte. Nela é conservado o tesouro mais precioso da humanidade: as sementes. 8 de abril de 2015

Global Conservation Trust Cientistas e FAO lançam fundo para salvar património genético vegetal AFP - 29/08/2002 Os cientistas responsáveis pelos bancos genéticos de todo o mundo lançaram hoje, com o apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) o Global Conservation Trust, fundo para salvar o património genético vegetal do mundo "que se reduz a cada hora que passa", ameaçando a agricultura e a alimentação no futuro. "Os problemas são imediatos. Estamos a perder diariamente variedades da diversidade genética", disse Geoffrey Hawtin, director do Instituto de Recursos Internacionais Genéticos de Plantas, em Roma, à margem da cimeira da Terra, sobre desenvolvimento sustentável. Cerca de 1470 colecções de sementes e plantas, conservadas em "bibliotecas vivas" de espécies vegetais repartidas por 150 países, contêm cerca de 5,4 milhões de espécimes que são ou foram cultivadas em todos os tipos de climas. Com a desflorestação e o abandono das formas tradicionais de culturas em virtude de variedades modernas mais rentáveis, estes "bancos genéticos" são considerados um santuário para preservar a diversidade genética das culturas. Segundo os peritos, estas colecções são cruciais para reconstituir a agricultura de um país devastado por uma catástrofe natural ou uma guerra e ajudar a combater a fome. A FAO estima que três quartos das variedades agrícolas cultivadas no mundo já desapareceram desde 1900, entre as quais algumas espécies de milho no México e Estados Unidos e de trigo na China.

Associando Noah com Noé (todos passaram a chamar de arca, a Arca de Noah), o povo começou a ficar inquieto, “aí tem”, isso cheira a quase-extinção da humanidade, “algo está a caminho”, até que os governos começaram campanha informativa-desinformativa (porque toda informação privilegia uma linha e afasta as demais), dizendo que se tratava da proteção do patrimônio genético, o biopatrimônio a ser conservado para a posteridade, a mesma humanidade que estúpida e inadvertidamente estava extinguindo as criaturinhas ao ritmo de milhares de espécies por ano.

Não é que colou?

O povo acredita mesmo em tudo.

Também, se você estivesse submetido à carga de trabalho dele, mal podendo parar para respirar, não olharia para os lados e para tantas notícias, quem sabe o que é a verdade?

Serra, sexta-feira, 22 de janeiro de 2016.

GAVA.