O Tablete de Deus
O escritório de arquiengenharia
dialógica-p.6 de Deus estava atarefadíssimo, porque ele não trabalharia no
sétimo dia e era preciso começar tudo pelo primeiro dia.
As constantes cosmológicas estavam
prontas?
Os números transcendentais?
E a velocidade da luz no vácuo já
tinha sido ajustada?
Os anjos, office-boys, corriam para
lá e para cá.
Os arcanjos e outras altas
potestades sisudas vigiavam todos os trabalhadores.
E os horizonte de simultaneidades?
Neste mundo se chama Horizonte de Planck. Aqui era preciso ajuste fino, afinal
tratava-se do pulso do universo, o campartícula fundamental cê-bóla ©.
Quantos degraus vão ser? 61?
E a constante de expansão?
E a inflação do universo, a que
ritmo colocar?
Tudo era incógnita.
Mas, também, tudo deveria estar
pronto quando o Chefe requisitasse, não se poderia começar a Criação no segundo
ou no terceiro dia, seria absurdo, se fosse assim não haveria tempo hábil para
fazer tudo até o sexto dia. Quem iria dizer ao Chefe que o ADRN não conseguia
aglutinar PORQUE um qualquer esquecera do dobramento beta?
O
UNIVERSO INFLACIONÁRIO, O GENOMA, A CONSTANTE GRAVITACIONAL, O HORIZONTE DE
PLANCK
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O ajuste de G permitiria que no
centro das estrelas a fusão se desse, de modo a fabricar os elementos pesados?
Em que proporção?
E o toróide da Vida? Temperatura
muito alta iria desagregar as moléculas, temperatura muito baixa congelaria as
células. Muito oxigênio queimaria a atmosfera, pouco não conseguiriam os vivos
oxigenar.
É tanto detalhezinho que é de
desesperar.
Os arcanjos arquejavam.
As supernovas queimarão muito ao seu
redor?
Os buracos negros centrais nas
galáxias serão satelizados pelos buracos negros dos braços galácticos em quanto
tempo?
Nada podia ser deixado ao acaso.
Sem falar que Deus acompanhava
tudinho pelo seu tablete, seu notebook, sua agenda, e que os últimos minutos
estavam escoando...
Serra, segunda-feira, 23 de julho de
2012.
José Augusto Gava.
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