Saturday, September 21, 2013

Cidade Esplendorosa (da série Conto N'Ato)

Cidade Esplendorosa

CIDADE MARAVILHOSA

Como naquele caso de As Sete Maravilhas do Mundo, transformadas em As Sete Maravilhas do Mundo ANTIGO para poderem colocar outras recentes, tipo As Sete Maravilhas do Mundo Moderno ou contemporâneo ou pós-contemporâneo (depois de 1991), neste caso, como não havia condição de usurpar o título do Rio de Janeiro decidiram vascular os sinônimos de maravilhoso para colocar em evidência mais cidades, que pagavam caro por essa propaganda.
AS MARAVILHAS ANTIGAS, AS MODERNAS, AS ECOLÓGICAS, ETC.
ANTIGAS
ATUAIS
ECOLÓGICAS
OUTRAS

PROPAGANDOSA (propaganda-enganosa)
CIDADE MARAVILHOSA
(só tem uma, Rio)
CIDADE ESPLENDOROSA


CIDADE ADMIRÁVEL

CIDADE MAGNÍFICA

CIDADE SURPREENDENTE

CIDADE ARREBATADORA

CIDADE EXCELENTE

CIDADE DELIRANTE


Do mesmo modo como Champagne só tem uma, as outras sendo espumantes, o Rio correu para registrar o nome, as outras sendo obrigadas ao dicionariamento, o fuçamento dos dicionários.
REGIÃO E VINHO
REGIÃO DE CHAMPAGNE, FRANÇA
VINHEDOS EM REIMS, CHAMPAGNE
PRODUTO
IMITAÇÕES
DECISÃO JUDICIAL
“Há bem pouco tempo, era bastante comum durante uma festa o garçom chegar com uma bandeja de “flute” e nos oferecer ‘champagne’. Salvo em casos especialíssimos, raramente as borbulhas provinham da região de Champagne.
Mais recentemente, passaram a nos oferecer “prosecco”. Nesse caso, eventualmente, era mesmo Prosecco italiano, mas, normalmente, um espumante nacional (bom negócio nesse caso) ou como ocorre bastante atualmente, nos empurram um sofrível Lambrusco.
A questão do uso da marca foi muito negligenciada durante décadas, de forma que as denominações foram sendo utilizadas ao gosto do freguês. Não é uma questão restrita aos garçons, muito pelo contrário, as pessoas de forma geral utilizam indistintamente as expressões “champagne” ou “prosecco”, quando na verdade não estão tomando nem uma nem outra. Inclusive quando “explodem” suas garrafas no Réveillon ou quando sorvem longos goles da abominável sidra.
Hoje, sabidamente não se pode mais usar o termo champagne, salvo nos espumantes produzidos na região e nas condições daquela AOC. Mesmo a expressão ‘método champenoise’ está legalmente vedada em escala global, devendo-se usar a expressão ‘método tradicional’”.

Imitação é “que nem” vice, nunca é lembrada.
Serra, quarta-feira, 28 de novembro de 2012.
José Augusto Gava.

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