Jesus
Enfrenta a Família
Como vimos, depois das Bodas de Caná Jesus
tornou-se independente da mãe, Maria: declarou-se livre.
Há outro episódio em que ele repele a família
e lhe dá um recado bastante duro (se fosse comigo não teria sabido onde enfiar
a cara).
JESUS IRRITA-SE COM O
MANDONISMO FAMILIAR (isso nem de longe é indicação de que devamos confrontar
nossas famílias)
A Família de Jesus
Publicado em 8/7/2003
Jair Souza
Leal - jairsouzaleal@ig.com.br
"Falando ele ainda à multidão, sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, pretendendo falar-lhe. Disse-lhe alguém: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe dera o aviso. Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe." (Mateus 12:46-50) |
QUEM OUVE A PALAVRA E A PRATICA PERTENCE A
FAMÍLIA DE JESUS (Lc 8,19-21)
Naquele
tempo, 19a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não
podiam chegar perto dele, por causa da multidão. 20Então
anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te
ver”. 21Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que
ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”
Jesus no
evangelho está ensinando a multidão. Sua mãe e seus irmãos se aproximam,
querendo vê-lo. Chega à notícia a Jesus que sua mãe e seus irmãos desejam
vê-lo. Jesus responde: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a
Palavra de Deus e a põe em prática”. Jesus aproveita da ocasião para
ensinar seus discípulos acerca do específico da comunidade cristã. A
comunidade cristã nasce da escuta da Palavra de Deus. A Palavra de Deus
quando acolhida no coração aberto, é fecundada e gera amor verdadeiro que
supera os laços de sanguíneos. Ao ouvir a Palavra de Deus e a colocá-la em
prática, o discípulo engaja na Comunidade e cria laços profundos de ternura e
cuidado com o outro (maternidade) e laços de estreitos de fraternidade
(irmãos).
|
Isso se deu depois de iniciado o ministério
aos 30 anos lá por 21 d. C., 10 anos depois das Bodas de Caná; PORTANTO, Jesus
tolerou as intervenções (e incredulidade de Tiago, seu irmão) familiares por
uma década, no limite explodindo e rejeitando as interferências.
Primeiro rejeitou os comandos de Maria lá
pelos 20.
Depois rejeitou as prerrogativas familiares
lá pelos 30.
Isso nos diz, na outra leitura, que ele
aceitou conversas de mãe por 20 anos e debates familiares por 30 anos. Daí aos
42 agiu por conta própria. Nos anos em que ouviu a mãe, esta lhe incutiu deferência
pelas mulheres; elas (e João, filho de Madalena, então com uns 16 anos; era
filho dela, mas não dele, “o discípulo que Jesus amava”, como que um filho
adotivo) eram as únicas ao pé da cruz, extrema fidelidade, verdadeira adoração.
Serra, terça-feira, 05 de maio de 2015.
GAVA.
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