Friday, May 27, 2016


Jesus Enfrenta a Família

 

Como vimos, depois das Bodas de Caná Jesus tornou-se independente da mãe, Maria: declarou-se livre.

Há outro episódio em que ele repele a família e lhe dá um recado bastante duro (se fosse comigo não teria sabido onde enfiar a cara).

JESUS IRRITA-SE COM O MANDONISMO FAMILIAR (isso nem de longe é indicação de que devamos confrontar nossas famílias)

A Família de Jesus
Publicado em 8/7/2003
Jair Souza Leal - jairsouzaleal@ig.com.br
"Falando ele ainda à multidão, sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, pretendendo falar-lhe. Disse-lhe alguém: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe dera o aviso. Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe." (Mateus 12:46-50)
QUEM OUVE A PALAVRA E A PRATICA PERTENCE A FAMÍLIA DE JESUS (Lc 8,19-21)
Naquele tempo, 19a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele, por causa da multidão. 20Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver”. 21Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”
Jesus no evangelho está ensinando a multidão. Sua mãe e seus irmãos se aproximam, querendo vê-lo. Chega à notícia a Jesus que sua mãe e seus irmãos desejam vê-lo. Jesus responde: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põe em prática”. Jesus aproveita da ocasião para ensinar seus discípulos acerca do específico da comunidade cristã. A comunidade cristã nasce da escuta da Palavra de Deus. A Palavra de Deus quando acolhida no coração aberto, é fecundada e gera amor verdadeiro que supera os laços de sanguíneos. Ao ouvir a Palavra de Deus e a colocá-la em prática, o discípulo engaja na Comunidade e cria laços profundos de ternura e cuidado com o outro (maternidade) e laços de estreitos de fraternidade (irmãos).

Isso se deu depois de iniciado o ministério aos 30 anos lá por 21 d. C., 10 anos depois das Bodas de Caná; PORTANTO, Jesus tolerou as intervenções (e incredulidade de Tiago, seu irmão) familiares por uma década, no limite explodindo e rejeitando as interferências.

Primeiro rejeitou os comandos de Maria lá pelos 20.

Depois rejeitou as prerrogativas familiares lá pelos 30.

Isso nos diz, na outra leitura, que ele aceitou conversas de mãe por 20 anos e debates familiares por 30 anos. Daí aos 42 agiu por conta própria. Nos anos em que ouviu a mãe, esta lhe incutiu deferência pelas mulheres; elas (e João, filho de Madalena, então com uns 16 anos; era filho dela, mas não dele, “o discípulo que Jesus amava”, como que um filho adotivo) eram as únicas ao pé da cruz, extrema fidelidade, verdadeira adoração.

Serra, terça-feira, 05 de maio de 2015.

GAVA.

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