A Escolha do
Presidente
UM – gente,
gente, por favor, vamos parar com as conversas paralelas, vamos focar no
assunto de hoje. Senhor secretário, há quórum?
SECRETÁRIO – Sim,
senhor presidente, há, alguns faltaram, compromissos inadiáveis, o senhor está
a par.
SENHOR PRESIDENTE
– Jil, você quer dizer algo? Você tinha uma coisa pra dizer.
JIL- Obrigado,
Tel. De fato. Este ano acho que podemos avançar para a escolha de mulher, já
foi feito preliminarmente em vários lugares, por exemplo, no Brasil, embora este
não seja um bom exemplo, contudo na Alemanha a Merkel está indo bem,
relativamente, não se falando da proteção aos invasores. É chanceler, mas é a
mesma coisa, não é?
OUTRO – Jil, é
“tudo a mesma coisa”, modo de dizer, as mulheres na cultura patriarcal querem
imitar os homens, não tomam ainda atitudes femininas que redefinam o contexto.
Que adianta, ela vai se comportar visando agradar aos homens, sem pensar
independentemente, veja aí essa Hilária, que quer se candidatar nos EUA: ela
disse que se atacassem Israel jogaria bombas atômicas nos atacantes, imagino
que mesmo se estes avançassem com ancinhos.
Todos riram.
JIL – Rol, o que
colocamos antes? Tivemos o presidente Campo, que não sabia andar e mascar
chiclete ao mesmo tempo. O Nicolauzinho fez aquelas trapalhadas todas com as
gravações. Houve o ator, ele achava que estava representando ainda no palco (e
estava mesmo, apartou um) o Pequeno Rei que Azevinho (Hollywood) financiou com
o Rambo, um homem que matou todos os vietnamitas, quanto os americanos saíram
com o rabo entre as pernas. E o Arbusto? Teve o I e o II, a gente coloca cada
um! O Roseira foi até melhorzinho, quatro períodos, você que defendeu o nome
dele, até aplaudo, mas eles estão realmente defendendo nossos interesses?
ROL – caramba,
eles não precisam ser muito espertos! Arbusto II achou que os Estados Unidos
estavam mesmo sendo atacados, foi tudo preparação nossa, ele estava avisado,
ficou em pânico, até que alguém buzinou no ouvido dele, puta merda! Eles só
precisam fazer o que mandamos. O K foi um desastre, queria ser independente,
tivemos de mudar o rumo, fizemos toda aquela coisa atrapalhada para tirá-lo da
jogada lá em Dallas. E há esse Osama de agora, fez bem, 48 trilhões retirados
ao povo vão financiar nossos projetos, tá bom. Só digo que temos de ter cuidado
também nos outros países, precisamos de guerras, que levam a armas, que levam a
dívidas, que comportam juros, que nós pegamos. Entretanto, o programa está
atrasado, vocês sabem, o meteorito está vindo, precisamos dos abrigos se quisermos
salvar alguns para não ter de recomeçar do zero.
TEL – nem pouco
nem demais, há a dosagem, temos de ser judiciosos, confusão de menos eles
relaxam, confusão de mais ficam aflitos, começam a endoidar.
TERCEIRO (dando
com as mãos, abertas e afastadas do corpo, palmas para cima, cotovelos junto ao
tórax, indicando perplexidade com a displicência dos outros) – eles já são
doidos por natureza, apenas damos um empurrãozinho de vez em quando, até
esvazia a caixa.
TEL – tá bom, tá
bom, vamos votar. Vai a mulher mesmo? Não esquecer do Brasil.
Serra,
terça-feira, 12 de janeiro de 2016.
GAVA.
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