A Liberdade e as Qualidades de Deus
Vimos acumulando passo a passo, definindo o
que é de cima, do elemento subsistente Deus do qual a insubsistente
Natura-sombra tira os modelos para financiar as aventuras do ver, do sentir, do
ser-do-mundo.
A LIBERDADE É
ABSOLUTA
(não pode ser alcançada desde o racional, ele tem de nos chamar) – em baixo
como o que está em cima: mas, ao expressar, ao realizar a Natura não faz
perfeito, tudo degenera, decai, enferruja.
EM CIMA (a perfeição
absoluta inalcançável, o subsistente, o que fica para sempre).
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DEUS, as perfeições:
liberdade, beleza, pureza, amizade, rigor, precisão, completude, tudo que é
belo e bom, o Sumo Bem, as extremas alturas, nunca as veremos por nós mesmos.
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DdB, Dicionário do Bem, dos absolutos
inalcançáveis, inatingíveis.
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Poucos mundos chegam sequer perto do alto.
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EM BAIXO (as réplicas nunca
replicam perfeitamente): elemento insubsistente, impermanente, incompleto.
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NATURA (tudo isso que
vemos e fazemos, sempre insatisfatório, sempre insuficiente, sempre escasso,
sempre deixando-nos vazios, sempre com a sensação de não ter preenchido e
completado).
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DdM, Dicionário do Mal: fúria,
inconstância, desperdício, intemperança, maldade, vileza, sexo, demência,
incontinência, corrosão, crises.
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Em cima está tudo que não podemos alcançar.
Podemos ser fieis? Não. É porisso que o povo
diz “Deus é fiel”.
Podemos amar? Podemos imitar o Amor.
Não conseguindo propriamente a felicidade,
ficamos à busca dela.
Não atingindo a liberdade, almejamo-la.
Não conseguido as coisas perfeitas,
imaginamo-las como Céu, Paraíso, Reino dos Céus, as Alturas e nomes assim, que
de fato não representam o que está em cima, as Qualidades de Deus, por oposição
às Quantidades da Natureza, tudo que usufruímos mal-e-mal em baixo.
Serra, domingo, 29 de novembro de 2015.
GAVA.
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