Monday, July 04, 2016


Frenéticas

 

Já disse que você, como cada um, é bilionário, às vezes trilionário:

·         90 trilhões de bactérias boas e más;

·         10 trilhões de células;

·         100 bilhões de neurônios;

·         13,73 bilhões de anos.

Ah, o mundo é uma vibração só. A gente é que não vê (e alguns nem querem, recusam-se a olhar, ficam no poço raso da decisão de ignorar).

O MUNDO É MATERIALMENTE UMA REDE DE TRELIÇAS (entre 10-18 m e 10-35 m, dimensão de Planck, nada há, é tudo vazio, só com partículas passeando – menores que os quarks, claro, chamei-as de cê-bólas ©, os campartículas fundamentais)

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Cada grumo de matéria é uma treliça.
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Coloco 10-44 s, 1044 pulsos/s.
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13,73 bilhões de anos.

A idade do universo é de 13,73 bilhões de anos x 365,25 dias/ano x 24 horas/dia x 60 minutos/hora x 60 segundos/minuto [31,6 milhões de segundos/ano] x os pulsos de cada segundo, para simplificar (dá a mesma ordem de grandeza) vamos dizer 14.109.4. 103.3. 107. 1044 pulsos/s = (168 ~) 102. 109. 103. 107. 1044 = 1065 p/s, de modo que você e eu e tudo somos muito frenéticos. Somos nuvens de treliças com campartículas passando a toda velocidade e toda matéria revoluteando, combinando e se recombinando, vibrando há 1065 p/s por esse tempulso todo, a cada segundo batendo o coração a 1044 vezes/segundo.

Como já disse, vivemos no espaço, mas não vemos o espaço, vemos o tempo, que não existe como flecha, ele é como um martelar constante, frenético e impossível. Em resumo, somos nuvens atravessadas por cê-bólas à velocidade da luz (sem falar nos neutrinos), tudo no universo vibrando àquela velocidade inacreditável.

E tudo funciona, acredita?

Pois é, é qualquer coisa.

As coisas são frenéticas, abusivamente agitadas, convulsas, muito intensas, fenomenais: além de bilionários, trilionários, somos todos estrepitosos, barulhentíssimos. Só que os cê-bólas vibram no verdadeiro vazio que vai até os quarks, nada denota a atividade vivíssima deles, o que me deixa atordoado, que tudo funcione dialogicamente na parte de cima, assentada que está sobre as impossibilidades (possibilidades, como vimos, veja Deus dos Impossíveis).

Serra, sexta-feira, 4 de dezembro de 2015.

GAVA.

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