Sunday, October 20, 2013

Perfeitura (da série Conto Mais Ainda)


Perfeitura

 

Sempre no sentido de aprimorar as instituições democráticas e os serviços prestados à população esse cara criou um programa de Face Amigável para as prefeituras (não interface, pois face já é interface, que assim seria dupla, face-face).

Perguntou-se: se for para enganar, quando e onde enganar, com que INTENSIDADE SEGURA, que precauções tomar? E assim por diante. Seguindo Maquiavel, como aconselhar os príncipes, os reis, os duques, os barões, os condes, os viscondes pós-contemporâneos? COMO OFERECER CONSELHOS AVANÇADOS? Pois não se trata apenas de comunicar os males, há uma rede legal numericamente incontável (4,2 milhões de leis desde a constituição federal de 1988 no Brasil) em nós (leis) e em linhas ligando-os (interpretação cruzada). Ninguém é mais bobalhão como na época do Maqui.

MAQUIAVELHO

Descrição: UOL - O melhor conteúdo
Maquiavel
Nicolau Maquiavel (Niccolò Machiavelli), (03 de maio de 1469 - 21 de junho de 1527). Filósofo e político italiano (Florença).
1 - 25 do total de 38 pensamentos de Maquiavel
Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.
Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que
frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente,
bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles.
Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha
Os fins justificam os meios
Homens ofendem por medo ou por ódio
Não se pode chamar de "valor" assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória
Pelo que se nota que os homens ou são aliciados ou aniquilados
Assegurar-se contra os inimigos, ganhar amigos, vencer por força ou por fraude, faz-se amar a e temer pelo povo, ser seguido e respeitado pelos soldados, destruir os que podem ou devem causar dano, inovar com propostas novas as instituições antigas, ser severo e agradável, magnânimo e liberal, destruir a milícia infiel e criar uma nova, manter as amizades de reis e príncipes, de modo que lhe devam beneficiar com cortesia ou combater com respeito, não encontrará exemplos mais atuais do que as ações do duque.
Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso"
...Pois o homem que queira professar o bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons.
Tendo o príncipe necessidade de saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos.
"Tendo o príncipe necessidade de saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos."
"Assegurar-se contra os inimigos, ganhar amigos, vencer por força ou por fraude, faz-se amar a e temer pelo povo, ser seguido e respeitado pelos soldados, destruir os que podem ou devem causar dano, inovar com propostas novas as instituições antigas, ser severo e agradável, magnânimo e liberal, destruir a milícia infiel e criar uma nova, manter as amizades de reis e príncipes, de modo que lhe devam beneficiar com cortesia ou combater com respeito, não encontrará exemplos mais atuais do que as ações do duque."
"Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso"
"Homens ofendem por medo ou por ódio"
"Não se pode chamar de "valor" assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória"
"Os fins justificam os meios"
"...Pois o homem que queira professar o bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons."
A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam.
Os homens prudentes sabem tirar proveito de todas as suas ações, mesmo daquelas a que são obrigados pela necessidade.
Creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas, como é difícil reuni-las, é mais seguro
Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, fazê-lo de uma vez só.
Há uma dúvida se é melhor sermos amados do que temidos, ou vice-versa. Deve-se responder que gostaríamos de ter ambas as coisas, sendo amados e temidos; mas, como é difícil juntar as duas coisas, se tivermos que renunciar a uma delas, é muito mais seguro sermos temidos do que amados... pois dos homens, em geral, podemos dizer o seguinte: eles são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ambiciosos; eles furtam-se aos perigos e são ávidos de lucrar. Enquanto você fizer o bem para eles, são todos teus, oferecem-te seu próprio sangue, suas posses, suas vidas, seus filhos. Isso tudo até em momentos que você não tem necessidade. Mas, quando você precisar, eles viram-lhe as costas.
Todos veem o que pareces ser, mas poucos realmente sentem o que és.
Quem num mundo cheio de perversos pretende seguir em tudo os ditames da bondade, caminha inevitavelmente para a própria perdição.
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e2/Portrait_of_Niccol%C3%B2_Machiavelli_by_Santi_di_Tito.jpg/200px-Portrait_of_Niccol%C3%B2_Machiavelli_by_Santi_di_Tito.jpg
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9UjpSAq9Qu-NSPMMXnOg6U5l8YohsTsMZXn1rOjeLrQn_0aHEyPeOmUEr9AmlUen-edvigViEGfrlp57pNirtAy0suIIs5QnVVUlYv4FWywkMOJWdJpayg2rg5mCCR8GCTJxhDA/s400/niccolo_2.jpg

O objetivo dele era pós-contemporanizar Maquiavel, abandonar a pieguice, fazer avançar a apropriação indébita a um patamar superior de usufruto das condições alheias de vida.

Ele queria ser o Maquianovo, a nova maquiagem para os novos tempos. Por exemplo, se você cometesse tal ou qual suposto desatino e não tivesse guardado dinheiro para o advogado, a quem recorrer? Quais seriam as conseqüências previsíveis? Pois havia as imprevisíveis, devendo-se ter um fundo percentualmente menor para elas. Se nada ocorresse durante toda a carreira, no final era arrancado da poupança, menos o X do administrador (que era ele).

Por exemplo, as indagações cruciais:

1.       roubar no início, no meio ou no fim, ou todo o tempo? Lincoln havia dito: “pode-se enganar alguns todo o tempo, todos por pouco tempo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo” – cada exigência dessas significava um valor exponencial;

2.       pouco ou muito?

3.      quanto ficava para o chefe, quanto para o secretário da bufunfa (fazenda), quanto para os outros?

4.      qual o risco de alguém entregar advertida ou inadvertidamente?

5.      seria conveniente realizar convenção?

6.      não daria muito na vista tentar conseguir esse conhecimento mais vasto?

7.      em que aplicar (fazendas, mansões, paraísos fiscais, nomes de terceiros)?

8.      o que valoriza mais?

9.      pulverizar ou agregar?

10.   permanecer na pré-fundura ou aprofundar mais, tentando a governadoria?

11.    qual o partido melhor para ficar?

12.    tendo como certo apoiar os que caem, quanto se deve dar para cotizar e quando se movimentar nos bastidores?

Milhares de perguntas, a coisa toda é muito especializada, 200 nações, quatro mil estados/províncias no mundo, 200 ou 300 mil cidades-municípios. Ficou multibilionário, pois os corruptos do mundo são muitos. Aliás, nem se pode mais falar em corruptos, são aplicadores alternativos dos recursos públicos.

Serra, sexta-feira, 06 de julho de 2012.

José Augusto Gava.

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