Saturday, July 09, 2016


A Quem Atribuir os Danos

 

Há isso de haver vendaval com muitos mortos e atribuírem a Deus ou perguntarem a causa do mal, mas com a evolução do MP, Modelo Pirâmide, ficou muito fácil separar as coisas e entender perfeitamente.

DEUS-i-NATUREZA SÃO UM E O MESMO (mas fazem diferentes coisas quando um ou quando outra) – tirado de Realidade e modificado.

DEUS ESSENCIAL, SUBSISTENTE, PARA SEMPRE.
Todos os possíveis, em perfeição, expressáveis em cada universo, por exemplo, o nosso.
Lado do Amor que faz subsistir, permanecer, restar, é a realidade do metamatemático, a matemática que existe desde sempre e para sempre.
O fosso intransponível até o não-finito – o lado de baixo tem notícia somente através do senso de insatisfação, de incompletude, de erro permanente.
NATURA EXISTENCIAL, CRIADORA-EVOLUTIVA, FAZENDO NO CAOS.
Os prováveis modelados na Criação/Evolução geral são incompletos, inconsistentes, insatisfatórios, faltos, falhos, conduzem à extinção, por mais que se faça força.
Lado das lutas que conduzem ao fim, à terminação, o ato permanente de terminar: todo surgimento é sinal de decadência, mesmo o do ouro, a matemática que é redescoberta a cada instância e permite prosseguir (ou não, na ausência).

Como vimos no longo trajeto, é a Natureza que cria-evolui, não é Deus, ele apenas dá a liberdade como querer/desejo/vontade e só eventualmente interfere, pois do seu lado está o DdB, Dicionário do Bem, os absolutos inalcançáveis pelos racionais.

Quando um bebê é trucidado pelos demônios, perguntam (é a questão do mal, de sua presença evidente) por quê Deus permite: ora, como ficou dito, a liberdade é doada e se a liberdade fosse recolhida uma só vez não haveria mais pessoas, haveria robôs, nenhum cenário seria desenhado pelos agentes, os que agem em liberdade de consciência ou de inconsciência.

Em primeiro lugar estão as forças da natureza físico-química, depois as vontades inferiores da natureza biológica-p.2, a seguir as vontades superiores da natureza psicológica-p.3: são essas as ações.

Em segundo lugar os eventos, somas ou conjuntos de causas nos efeitos visíveis, não podem ser atribuídos a Deus, nem muito menos nos danos causados: se um arquiengenheiro pensa residência ótima para a família, casa imaginada potencialmente perfeita, antes de tudo ela pode ser construída errado pelos pedreiros e seus mestres de obra, pode ser maltratada ou mal-usada pela família, pode ser danificada pelos elementos degenerativos espaçotemporais – nada disso pode ser atribuído ao A/E que deu o melhor de si.

Por conseguinte, as coisas erradas não podem ser atribuídas a Deus.

Seria como se, a excelente molde entregue à fábrica, que devido aos péssimos materiais de fabricação e aos usos indevidos dos produtos apresentasse defeitos, atribuíssemos responsabilidade pelos posteriores: a fábrica é que é culpada pelos descuidos e defeitos, não o molde. A fábrica é a Natureza: se os materiais são ruins, se a construção é imprudente, não culpem os possíveis, pois eles são perfeitos.

Serra, 20 de dezembro de 2015.

GAVA.

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