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Momento do Corte ou Dívidas e Pânico
Veja as crises, existem inúmeras.
O livro de Carmen M. Reinhart e Kennet S.
Rogoff, Oito Séculos de Delírios Financeiros (Desta vez é diferente),
7ª tiragem, Rio de Janeiro, Campus-Elsevier, 2010 (sobre original de 2009) fala
de 800 anos de demências.
OITOCENTOS ANOS de crises, uma atrás da
outra!
Depois da Depressão de 1929 as pessoas
juravam pelos 80 anos seguintes (até a Grande Recessão de 2008, precedida pela
de 2002, das pontocom) que não haveria mais crises: passa geração sobre geração
e as pessoas vão esquecendo, mergulham de novo na ambição. Para além da
produção anual de US$ 70 trilhões de dólares alavancaram até 700 trilhões, quer
dizer, 10 vezes tanto quanto, em alguns bancos 30 vezes.
É chamada de bolha não é à toa.
Bolha é coisa destinada a estourar ou a
murchar.
E lá vão as pessoas com sua ganância.
Suponhamos que vá haver mesmo essa de 2019
que venho anunciando desde antes de 1997 (para não afirmarem o contrário deixei
tudo escrito, enviei aos militares, mandei prensar os DVDs, distribuí a vários,
venho falando): por que é que no momento em que qualquer uma começa não se
sentam ajuizadamente as pessoas e começam a trocar suas dívidas? Pois em tese
elas somam zero em qualquer conjunto ou subconjunto.
É porque elas estão no espaço, mas também
estão no tempo, quer dizer, como afirmou Trotsky de outro modo no livro dele
cuja passagem não encontro: os conjuntos mudam diferencialmente. Sendo assim, A
cobra juros de $A que são diferentes em percentual dos juros de $B e as
maquininhas de calcular acumulam números assustadores em poucos períodos, vamos
dizer meses. Suponha diferença de taxas de 0,1 % entre elas: em 200 períodos a
diferença, partindo do mesmo volume, seria de y = xn = 1,001200
= + 22 %, quer dizer, com diferença tão pequena, 1/10 de porcento, o novo
montante da maior seria 22 % maior que a da menor – são armadilhas mentais de
que as pessoas não escaparão e para reaver aqueles números elas irão à guerra.
Os números são uma grande dádiva d’O
Metamatemático, assim como as palavras, mas na cabeça de idiotas viram grande
veneno, muito problemático, que contamina tudo – será porisso que dizem que os
juros eram proibidos pela Igreja? Estava certa, mais uma vez.
Segue-se que, no momento do corte chamado
crise há sempre pânico derivado de dívidas, razão pela qual não entrei nessa
arapuca ao longo de 40 anos de tentação. Teremos a desagradável oportunidade de
ver em 2019 (como afirmei, a de 2008 não era a crise verdadeira, era apenas o
prenúncio, o leve tremor que antecede o tsunami devastador).
Serra, sábado, 05 de dezembro de 2015.
GAVA.
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