Thursday, September 26, 2013

Falando em Línguas (da série Conto N'Ato)

Falando em Línguas

O FÉ-NÔMENO DE ‘FALAR EM LÍNGUAS’ OU O ‘DOM DE LÍNGUAS’ (quer dizer, sem tê-las estudado, de repente começar a falar em diversas línguas) – isso nunca foi estudado, nem sequer sob o açoite da dialógica. É chamado glossolalia.
Se os anjos colocarem cursinhos de línguas vão acabar com a concorrência.
Falando em línguas de computadores.
Linguagem matemática: é nessas horas que é bom ter alguém competente por perto.

“Analisando essa história eu cada vez mais me embaraço”.
Para falar uma língua precisamos da gramática, que é o dicionário de palavras por seus significados (riqueza A, B, C, D, E), e da sintaxe, que é a percepção de contextos ou ambientes. Você não pode usar palavrão em enterro, não seria cabível.
Ao falar a segunda língua seria preciso uma segunda gramática, G2, e uma segunda sintaxe, S2 e assim por diante Gi e Si.
PARA TRADUZIR uma na outra seria deveríamos comparar as palavras de G2 com G1, achando os equivalentes, assim como seus contextos ou ambientes de equivalência, S1 e S2. Tudo isso a mente tradutora faz “naturalmente”, mas quando analisamos vemos as derivações. Aqui não são quatro disposições, como se poderia esperar, mas seis, G1, G2, S1, S2 e uns para os outros, digamos S1S2 e G1G2 em suas conversões mútuas, porque é preciso colocar as palavras do inglês em contextos ingleses ou americanos ou australianos ou canadenses ou o que for e ao converter para o português saber quais são os ambientes-P tomáveis como equivalentes aos ambientes-I. Não são apenas as palavras que são vertidas, os ambientes também.
É exponencial, faz parte do cálculo de probabilidades.
Porisso, necessariamente, a mente do tradutor e dos poliglotas é complexa; tanto é necessária memória para as palavras da gramática quanto inteligência DE CONTEXTUALIZAÇÃO, de inserção nos contextos, porisso tal mente deve ser complexa em termos de memórienteligência.
Enfim, tradutores são espertos. Poliglotas são mais, como aqueles que falam 10, 20, 30, 40, 50 línguas.
POLI-GLOTAS

Não é à toa que o “dom de línguas” é chamado de “língua dos anjos”, porque tem de estar colado em Deus para ter tais capacidades.
Que não foram nem de longe investigadas.
Essa mudança é transformação extraordinária da mente humana que, se for verdadeira, revela potências insuspeitas dos nossos cérebros e de um modo geral de nossos corpomentes (como quando as pessoas demonstram “força sobre-humana”). Tudo isso precisa ser investigado.
FORÇA SOBRE-HUMANA
A caminho da supressão do carrinho do supermercado.
Os tecnopastores treinando para os tecnomilagres.
Foi quando o cara que tava tirando a foto gritou “cuidado, vai rolar”.
O pessoal da Favela do Alemão treinando para o novo enfrentamento da polícia.

Serra, quinta-feira, 01 de novembro de 2012.
José Augusto Gava.

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