Cidades Fantasmas
O mundo estava sendo assombrado pelas cidades fantasmas chineses, que desencarnadas assustarão mais adiante os capitalistas.
AS CIDADES FANTASMAS DA CHINA (estão sendo construídas para ficarem vazias, apenas no sentido de continuarem a estimular a indústria da construção civil – cidades de até 1,6 milhão de potenciais habitantes: 400 mil residências a 100 mil cada dá 4.1010 reais ou 40 bilhões de reais, US$ 20 bilhões; ou o dobro disso, até)
Cidades-fantasmas indicam bolha chinesa
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Apesar de concentrar 20% da população do planeta e da migração urbana nas últimas décadas, a China convive com enormes cidades-fantasmas.
O fenômeno de milhares de prédios novos e desabitados ocorre em várias regiões e alimenta o debate sobre o excesso de investimento imobiliário como causa de uma bolha prestes a fazer estragos na segunda economia do mundo.
A escala dos empreendimentos vazios impressiona. Só em Chenggong, no sudoeste chinês, são 100 mil apartamentos vazios e uma vasta infraestrutura de universidades, escolas, bancos e até duas estações de trem.
A cidade começou a ser erguida em 2003 para ser um satélite da vizinha Kunming, capital da província de Yunnan. Mas, até agora, nada.
A várias centenas de quilômetros de Yunnan, na desértica Mongólia Interior, está Ordos, a mais famosa das cidades fantasmas.
A expectativa inicial era de que a cidade, cercada por jazidas de carvão e gás, crescesse rápido.
Mas, passados dez anos, a promessa não se cumpriu, e hoje são 300 mil apartamentos e uma vasta infraestrutura para uma população oficialmente estimada de cerca de 30 mil pessoas.
"Os chineses pretendiam manter a migração para as cidades nos próximos 20 anos", diz João Carlos Scatena, especialista em planejamento de transporte, há 7 anos na China como consultor.
"Como a economia desacelerou, não estão conseguindo gerar empregos suficientes para retirar as pessoas do campo, apesar de estarem ainda construindo cidades para isso", afirma.
A anomalia se estende mesmo em áreas próximas a Pequim. Em Tianjin, cidade portuária a meia hora da capital via trem-bala, um novo bairro com dezenas de prédios de escritório está sendo erguido em meio a planos do governo local para criar um polo de empresas do mercado financeiro.
Conhecida como Yujiapu, a região ficará pronta em 2019 e terá réplicas de edifícios de Manhattan, incluindo o Rockfeller Center. A um custo estimado de R$ 63 bilhões, o bairro acrescentará mais 9,5 milhões de metros quadrados de escritórios.
A febre de construção também parece ter sido exagerada em Hainan, a ilha tropical no sul do país. Ali, está Phoenix Island, um arquipélago artificial em construção para abrigar um resort, incluindo uma torre de 200 metros. O projeto foi apelidado de "Dubai da China".
EXPLICAÇÕES
Uma das principais explicações para as cidades vazias é a falta de opções de investimento. "Não há outro lugar onde colocar dinheiro, a não ser em propriedade ou sob o colchão", escreveu neste mês o empresário britânico radicado na China Mark Kitto, na revista "Prospect". "O mercado de ações é manipulado, os bancos operam de uma forma não comercial, e o yuan é não conversível."
Kitto prevê que a bolha estourará ou, numa hipótese mais remota, se desinchará lentamente, gerando risco de instabilidade social.
A revista "Economist" tem uma avaliação menos pessimista. Em artigo de maio, avalia que a China não gera "superinvestimento", mas investimento ruim.
A publicação afirma que, apesar dos apartamentos vazios, há uma demanda reprimida e cita uma pesquisa de 2010 segundo a qual o país tinha um deficit de 85 milhões de residências urbanas, com três quartos dos migrantes viviam em desconfortáveis dormitórios das empresas.
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Se a bolha americana ao estourar contaminou a tantos nos EUA e na Europa a partir de 2007/8, imagine aquela muito maior da China!
A BOLHA IMOBILIÁRIA CHINESA
Desde 1997 estou dizendo que a crise viria do Oriente, depois mais precisamente da China em 2019, guerra em 2029, siga os textos; só não sabia como, agora sei.
PARTICIPAÇÃO DA CHINA NOS MERCADOS OCIDENTAIS (dizem que toca 30 % da economia, não sei, seria preciso apurar; em todo caso, contaminará a todos em efeito dominó, o Brasil menos se os militares – a quem enviei carta, veja Defesa e Guerra, em Outros Livros – conseguirem “trancar” o país ao comércio exterior até 2018; não creio que consigam ser ágeis o bastante; titubearão e isso mergulhará o país no caos, embora menor; maior por conta da desastrosa Lei Kandir)
O bom da mentira é que tem gente que acredita nela; o ruim é se foi você.
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Soja.
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A caminho do caos.
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Esses são os fantasmas que estão assombrando os capitalistas em seus sonhos de grandeza. E não há como parar, só se pode continuar, esperando para ver aonde essa “estrada do tempo vai dar”. Pode-se dilatar o tempo da chegada, com continuados investimentos estatais dando ainda mais fôlego ao cataclismo. Não há a mínima chance de deter, só de incrementar; enquanto isso os espertos, esperando que seja como antigamente, “tirarão o deles da reta”, sem saber que não é mais o navio que afunda, é o mar.
Serra, terça-feira, 18 de dezembro de 2012.
José Augusto Gava.
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