Teosofone VI – G, P. S.
Finalmente Gordon foi, Gorodon foi, que nem japonês fala.
Foi, compreendeu que tinha mesmo de pedir perdão por massacrar um povo em nome dos interesses escusos do petróleo EUA-Saudita e se reconciliou consigo mesmo.
Mudou muito, o Gorodon.
Perdeu toda aquela petulância, aquela arrogância distintiva dos que sofrem sem admitir as causas e daí querem fazer sofrer. Nem porisso se tornou santo, nem de longe, ainda era um pecador, só que melhorado, bem acima dos pastores aproveitadores das ovelhas, do tipo “venha a nós o vosso pelo e para vós, nada”.
Deus dera a Gordon um GPS que levava diretamente àquelas pessoas ofendidas, em particular àquelas que Gordon maltratara.
Gordon voltou arrasado de ver tanta miséria, tanta pobreza. Se o Iraque não fora um lugar rico, tendo sido espoliado por Sattan Hussein e os filhos demoníacos (assim como outros países árabe-muçulmanos, submetidos ao mesmo imperialismo pelas elites), melhor que agora com certeza tinha estado.
O IRAQUE DE ANTES E DE DEPOIS
ANTES DA GUERRA
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O museu de Bagdá antes da destruição.
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Vaso de Varka destruído (felizmente eu tinha fotos).
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HOJE
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Naturalmente (por quê não?) Deus falou com Gordon através do GPS, Gordon tomou outro susto. Para uma pessoa que vivia se comunicando com Deus, Gordon tomava muito susto; e nem se dava conta de que Deus não falava com a humanidade desde os papos com Jesus no Monte das Oliveiras, quando Jesus “suou sangue” e quis desistir de tudo e ir esquiar em Aspen (que, com toda certeza, ainda não teria se desenvolvido, pois a Europa continuaria selvagem e não teria descoberto as Américas e se expandido).
DEUS (de bom humor, por estar conquistando Gordon, tornado “do bem”) – oi, Gordon, como vai?
GORDON (prostrado, apesar do sucesso da missão) – vou bem, e você?
DEUS (rindo à toda, quase igual, quase tão alto quanto a Ana Maria) – muito bom, Gorodon (veja só, eu disse MUITO BOM e não muito bem, porque eu não poderia estar mal, sou permanentemente estável). Viu? Não foi tão difícil.
- Não foi procê, que não estava lá. Fiquei arrasado.
- Mas depois você vai ficar bem.
GORDON (esbravejando, alucinando) – Bem, como? Estou ARRASADO, não disse?
DEUS (paciente) – claro, Gordon, mas isso vai te curar. Não fui eu a te dar a surra, foi você mesmo. Agora só tem mais umas coisinhas...
Serra, sexta-feira, 21 de dezembro de 2012.
José Augusto Gava.
G, P. S. (Gordon, post scriptum, pós-escrito) – obrigado. Assinado, Deus (e riu).
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