Saturday, September 07, 2013

Teosofone VI (GPS) - G, P. S. (da série Ah Se Eu Te Conto)

Teosofone VI – G, P. S.

Finalmente Gordon foi, Gorodon foi, que nem japonês fala.
Foi, compreendeu que tinha mesmo de pedir perdão por massacrar um povo em nome dos interesses escusos do petróleo EUA-Saudita e se reconciliou consigo mesmo.
Mudou muito, o Gorodon.
Perdeu toda aquela petulância, aquela arrogância distintiva dos que sofrem sem admitir as causas e daí querem fazer sofrer. Nem porisso se tornou santo, nem de longe, ainda era um pecador, só que melhorado, bem acima dos pastores aproveitadores das ovelhas, do tipo “venha a nós o vosso pelo e para vós, nada”.
Deus dera a Gordon um GPS que levava diretamente àquelas pessoas ofendidas, em particular àquelas que Gordon maltratara.
Gordon voltou arrasado de ver tanta miséria, tanta pobreza. Se o Iraque não fora um lugar rico, tendo sido espoliado por Sattan Hussein e os filhos demoníacos (assim como outros países árabe-muçulmanos, submetidos ao mesmo imperialismo pelas elites), melhor que agora com certeza tinha estado.
O IRAQUE DE ANTES E DE DEPOIS
ANTES DA GUERRA
O museu de Bagdá antes da destruição.
Vaso de Varka destruído (felizmente eu tinha fotos).
HOJE

Naturalmente (por quê não?) Deus falou com Gordon através do GPS, Gordon tomou outro susto. Para uma pessoa que vivia se comunicando com Deus, Gordon tomava muito susto; e nem se dava conta de que Deus não falava com a humanidade desde os papos com Jesus no Monte das Oliveiras, quando Jesus “suou sangue” e quis desistir de tudo e ir esquiar em Aspen (que, com toda certeza, ainda não teria se desenvolvido, pois a Europa continuaria selvagem e não teria descoberto as Américas e se expandido).
DEUS (de bom humor, por estar conquistando Gordon, tornado “do bem”) – oi, Gordon, como vai?
GORDON (prostrado, apesar do sucesso da missão) – vou bem, e você?
DEUS (rindo à toda, quase igual, quase tão alto quanto a Ana Maria) – muito bom, Gorodon (veja só, eu disse MUITO BOM e não muito bem, porque eu não poderia estar mal, sou permanentemente estável). Viu? Não foi tão difícil.
- Não foi procê, que não estava lá. Fiquei arrasado.
- Mas depois você vai ficar bem.
GORDON (esbravejando, alucinando) – Bem, como? Estou ARRASADO, não disse?
DEUS (paciente) – claro, Gordon, mas isso vai te curar. Não fui eu a te dar a surra, foi você mesmo. Agora só tem mais umas coisinhas...
Serra, sexta-feira, 21 de dezembro de 2012.
José Augusto Gava.
G, P. S. (Gordon, post scriptum, pós-escrito) – obrigado. Assinado, Deus (e riu).

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