Lobo ou Hiena?
Tem-se como
certo que os cachorros descendem dos lobos.
É a
hipótese adotada no excelente livro A Águia da Nona, Rio de Janeiro,
Galera Record, 2010 (sobre original inglês de 1954; o livro, aliás, tem a minha
idade), de Rosemary Sutcliff, onde um lobo é adotado pelo legionário centurião
herói Marcus Flavius Aguila, filho do comandante da Nova Legião que desapareceu
em 117 além da Muralha de Adriano.
Entrementes,
veja o que aparece sucessivamente no livro Fortuna e Glória (Relatos dos
maiores aventureiros arqueológicos da história), São Paulo, Larousse do Brasil,
2009, sobre original de 2008 em inglês de Douglas Palmer, Nicholas James e
Giles Sparrow.
UMA LISTA DE DESCOBERTAS
PÁGINA
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CITAÇÃO
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COMENTÁRIO
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“Observara
que muitos dos ossos, como os dos elefantes, eram tão grandes que o animal
pai não poderia ter entrado na caverna enquanto ainda vivo, pois os ossos
individuais desmembrados das carcaças deviam ter sido levados para dentro
dela por algum agente – mas que agente?”
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O ser
humano, claro, o que remete ao MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos
Sapiens: é minha teoria que onde quer que tenham estado os seres humanos
procuraram as cavernas, porque surgimos assim na África, no Vale da Grande
Greta.
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“Buckland
notou também que muitos dos ossos estavam quebrados e cobertos de marcas de
mastigação, como as feitas por um cão dotado de poderosas mandíbulas. Entre
os restos havia muitos ossos de hiena e Buckland estava bem cônscio da
habilidade desse animal para quebrar ossos à cata de tutano nutritivo”.
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Vem
daqui: e se os cães nossos de cada dia vêm das hienas e não dos lobos?
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39
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“Buckland
afirmou, com base nos ossos mastigados e nos mais de 300 caninos de hiena (indicando
a presença original de, pelo menos, 75 hienas) e nas evidências experimentais
fornecidas por animais vivos, que as hienas antediluvianas viviam nas
cavernas e arrastavam os ossos individuais de animais maiores para na,
proteção de sua morada, consumi-los sem serem perturbados por outros
predadores e carniceiros”.
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Da
primeira citação temos que os humanos moravam nas cavernas e, da terceira,
que também hienas: como não podiam se guerrear, provavelmente conviviam.
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“(...) e
encontrou dentes e ossos de rinocerontes, tigres-dentes-de-sabre, ursos e
hienas”.
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Fica
parecendo que os humanos comiam a carne e jogavam os ossos (e o tutano) para
as hienas.
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“(...)
cheia de ossos e dentes de hienas, tigres, ursos, que seria exibida (...)”.
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É uma constante.
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42
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“Numerosos
ossos animais, incluindo os de hiena e rinoceronte, foram recuperados, e,
estreitamente associados a eles, havia várias ferramentas de pedra (...)”.
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Como
sabemos, animais não fazem ferramentas.
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Essas
evidências não bastam, é preciso maciça prova estatística em toda a Terra, pelo
menos desde os primórdios dos hominídeos, dos neanderthais ou dos cro-magnons,
além das comparações de mandíbulas das hienas e dos cães, da estrutura óssea e
assim por diante.
Seria de
esperar que as hienas, sendo carniceiras, se acostumassem a seguir os rastros
humanos em busca de restos, de carcaças, chegando até aos arredores, às bocas e
até aos interiores das cavernas.
Serra, quarta-feira,
08 de setembro de 2010.
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