Os
Magos Malvados
Como se sabe, houve
a época de perseguição aos feiticeiros, aos magos, às bruxas e que tais: foi na
Idade Média. Mesmo terminada em 1453, a perseguição prosseguiu até bem tarde
(os pesquisadores deveriam investigar cabalmente de quando a quando, e onde),
até o fim da Idade Moderna em 1789 ou mais tarde, não sei.
Os magos e seus
pupilos de agora danaram a fazer todo tipo de porcaria. De fato, abandonaram as
outras tecnartes e concentraram-se nos livros (prosa) e no cinema (ligado à TV
e à venda de DVDs piratas aos populares). Concentraram-se nesses dois
operadores e estão tentando vazar toda a sordidez.
Esquecem-se das
crises.
E há uma para daqui
a pouco, como previ em 1997: em 2019 deve estourar na China, começando a
balançar no Ocidente, especialmente nos EUA. Nas crises, como se sabe, as
maiorias voltam-se à perseguição às minorias, que são as conhecidas: judeus,
negros, mulheres, crianças, velhos, índios, orientais nos países ocidentais (e
ocidentais nos países orientais), estrangeiros em qualquer lugar, cristãos nos
países muçulmanos e muslims nos países cristãos.
E magos, claro.
Começa com os magos
“negros”.
Principia com os
“maléficos” e depois passa indiscriminadamente aos demais, atingindo a todos,
sem distinção. Quanto mais piora a crise, pior fica, mais hostis se tornam
todos em busca dos “culpados”. Não estou estimulando os “pogroms”, pelo
contrário, estou tentando prevenir.
Estou avisando.
Esses magos de
agora, criados no vácuo de guerras gerais depois de 1945, já com 66 anos de paz
relativa, esqueceram-se da miséria. A contagem histórica não os alerta, os
cenários pavorosos d’antanho não os amedrontam. Não adianta nada falar de dor,
a pessoa só sente quando é dela.
É uma pena.
Parodiando
Churchill, “nunca tão poucos comprometeram a tantos”.
Vai ser merda pura
no túnel de vento.
Serra,
quinta-feira, 25 de agosto de 2011.
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