Saturday, November 30, 2013

Os Terrestres (Os Primeiros Povoadores de Marte?) (da série Cometários)


Os Terrestres (Os Primeiros Povoadores de Marte?)

 

Heber Casal Sáenz em seu livro Os Extraterrestres (Os Primeiros povoadores da Terra?), São Paulo, Planeta, 2005 (sobre original de 2004), na série As Grandes Perguntas da História (temas de hoje), faz esta pergunta capciosa.

Primeiro, não são grandes perguntas da História porque isso nem é história, já que esta tenta ser ciência psicológica (ainda não se estabeleceu firmemente como tal). Nem é Grande, pois não desvenda nada, não leva a nenhuma grande resposta. Terceiro, nem é pergunta cabível, é mais uma indagação alucinada qualquer.

Não que não possa haver seres extra-terrestres mais que biológicos-p.2, já psicológicos-p.3, quiçá capazes de fazer viagens espaciais muito custosas e extremamente tecnocientíficas, muito mais avançadas que as da nossa competência atual.

Pode.

Pode, sim, pode verdadeiramente, a gente não sabe.

É que ele não usa o método, o método científico.

Por quê não usa?

Porque o método é rigoroso, acabaria com a pretensão dele e de todos os postulantes semelhantes, reduziria tudo a pó (ou levaria a resultados plausíveis, palpáveis, afirmações substanciais COM PROVA).

INDAGUE ATRAVÉS DA MACROPIRÂMIDE             


MACROPIRÂMIDE
META-UNIVERSO
nem postulamos
UNIVERSO
 
 
Não saltamos para nenhum desses.
SUPERAGLOMERADO
AGLOMERADO
GALÁXIA
CONSTELAÇÃO
SISTEMA ESTELAR
PLANETA
Não completamos a globalização, não somos um povo só sem conflitos internos, não emergimos do ovo cósmico, não saímos dele.

Veja que cada salto desses necessita de ACUMULAÇÃO EXPONENCIAL, quer dizer, de um para outro patamar necessitamos de superior aporte tecnocientífico, posto em relação exponencial com o nosso atual: a colonização do sistema solar, antes de dar o salto para a constelação, demanda acúmulo geométrico em relação ao que possuímos agora – sequer atinamos com o que é necessário.

Tudo parece fácil quando é mágico.

A frase similar que criei para o título nos induz a pensar estarmos falando de passado ou de futuro em que Marte foi ou será colonizado. Entrementes, surgimos aqui, nunca fomos a Marte, nem há garantia de que algum dia iremos. As frases distorcem o pensar, fazem as mentes trabalharem especulativamente, porque nossos cérebros foram preparados para estar sempre criando hipóteses. FOI PORISSO que Ocam disse para não criarmos categorias desnecessárias, para nos mantermos simples.

O autor diz: “e se isso?” E se aquilo? E se? “Se” não constrói nada, como disseram os que falaram em “se história” – não aparece nenhuma história com base em perguntas dessa espécie, o que aparece mesmo é romance que deve ser visto nessa condição.

Aconselho vivamente os cursos de lógica-dialética, de dialógica, e os de tecnociências, quando não os de filo-ideologias a ESTUDAREM DEMORADAMENTE esse tipo de livros, não apenas para devassar (sem achincalhamento, com seriedade) a nossa propensão às digressões, como para propulsionar o Conhecimento geral a novos patamares, estes realmente úteis.

Serra, domingo, 04 de março de 2012.

José Augusto Gava.

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