Saturday, November 30, 2013

O Apartamento que eu Vestia (da série Cometários)


O Apartamento que eu Vestia

 

Veja antes o artigo Os Cubículos em que Foram Trancados.

Vimos lá uma redução (os pesquisadores, mais que imaginar, vão determinar médias decenais conforme os bairros, as cidades, os estados) de 130 a 100, de 100 a 70 e agora de 70 a 40 m2. Se você pensa que nada menor pode existir, há os quarto-e-sala, as quitinetes, os embriões.

O QUE É UM EMBRIÃO NA BIOLOGIA

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Pois teve um cretino qualquer no governo federal que transplantou o biológico-p.2 ao psicológico-p.3, inventando o “embrião” popular, a ideia pervertida de oferecer um lote (mínimo) e nele um cubículo (mínimo-do-mínimo) a partir do qual, teoricamente, o povo iria construir outros módulos até ter uma casa super boa de tão pequena. É preciso investigar essa perversidade toda, toda essa crueldade inqualificável.

O QUE É UM EMBRIÃO NA PSICOLOGIA

Descrição: http://www.cimento.org/antigo/maosaobra_clip_image002_0005.jpg
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Ainda tem lugar para guarda o carro (a pessoa dorme em pé).

Que mente corrompida pode imaginar algo assim?

Num país com 8,5 milhões de km2 ou 850 milhões de hectares ou 8.500.000.000.000 m2 (8,5 trilhões de metros quadrados) reduzir os brasileiros a tal apartamento-vestido é quase incompreensível (mas se a minha teoria não fosse capaz de compreender isso seria uma bosta de teoria). Para dar contas com zeros 85.000/2 daria 42,5 mil m2 para cada cidadão ou 4,25 hectares, bastante terra frente a outros povos. Claro que ninguém vai pensar em fragmentar assim, mas em todo caso quero dizer que apequenar os brasileiros desse modo é violência. Seria melhor, como os de Cingapura, erigir prédios imensos, com apartamentos maiores e grandes áreas comuns, ou reduzir a população à metade até 2050 e a ¼ em 2100.

Comprimir as pessoas assim, sem lhes dar opção de expansão, não pode ser coisa boa nem pode levar a nada de bom.

Se eu for dormir e acordar em cubículos, se toda minha esperança de vida se reduzir a 40 m2, sem área de socialização, que futuro posso imaginar, que posso esperar?

Que espécie de planejamento é esse?

Que estadismo ou construção de estados é?

Culpo esse monte de idiotas.

Culpo-os MUITO.

Serra, quarta-feira, 10 de agosto de 2011.

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