No
Dia de Hoje Está Fazendo Muito Caloria
De um passado em que quase todos
passavam fome (todos passavam necessidades, porque muito do trivial hoje eles
quereriam ou poderiam querer sem ter ou poder ter), migramos a este presente no
qual se todos não comem bem é apenas por falta de compostura política, por
falta de vergonha humana.
Uma caloria de consumo humano vale
uma quilocaloria térmica (103 cal = 1 kcal). Se a média mundial
estiver em 2.000 kcal diárias o consumo real vai de mil a 7 ou 8 mil kcal para
os lutadores de sumô no Japão, que devem ser pesadões e pesar mais de 150 kg.
É muito desigual.
CONSUMO MUNDIAL
Pesquisa da World Resources Institute,
analisou a quantidade média de calorias ingeridas por pessoa por dia nos
países. No Brasil as pessoas consomem 3.146 calorias em média. Confira o ranking:
1º. Estados Unidos: 3.754 calorias ingeridas por dia
por pessoa
2º. Portugal: 3.747 3º. Áustria: 3.732 4º. Irlanda: 3.717 5º. Itália: 3.675 6º. Grécia: 3.666 7º. Bélgica: 3.634 8º. França: 3.623 9º. Canadá: 3.605 10º. Romênia: 3.582
Fonte: World Resources Institute
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Nós produzimos mais calorias do que
necessitamos, tanto assim que a proporção de obesos nos EUA e no Brasil é
enorme, embora mais lá do que aqui. Dizem que se os Estados Unidos parassem de
produzir alimentos para o gado, eles poderiam alimentar os dois bilhões de
famintos do mundo.
CARNE
DA MINHA CARNE
Comer Carne Aumenta a
Fome no Mundo
Didi Ananda Mitra 11/07/2002 Se conservássemos a produção de cereais e a distribuíssemos às pessoas pobres e subnutridas, em vez de dá-la ao gado, poderíamos facilmente alimentar quase toda a população subnutrida do mundo. Se conservássemos a produção de cereais e a distribuíssemos às pessoas pobres e subnutridas, em vez de dá-la ao gado, poderíamos facilmente alimentar quase toda a população subnutrida do mundo. |
Seria preciso alguém fazer essas
contas com atenção.
Precisamos de outra cultura mundial,
seguir outras trilhas, diminuir ou cessar o assassinato de animais e o consumo
de carne sem adoecer - tantos bilhões deles para nossa insana fome humana.
Se reduzíssemos o morticínio 6,25 %
na primeira década (por acordo mundial), 12,50 % na segunda, 25,00 % na
terceira, 50,00 % na quarta em apenas quarenta anos (lá por 2060, se
começássemos dentro de uma década) chegaríamos a quase 94 %. Digamos 100 anos.
Com o fim dos pastos as áreas seriam reflorestadas, os pássaros voltariam, os
rios reviveriam, os lagos se tornariam novamente piscosos, os oceanos seriam
limpos.
Dizem os tecnocientistas que é o
gado - e não como se pensava antes os carros e as fábricas - o grande emissor
de CO2. Em todo caso, deveríamos reflorestar, o que implica menos
gado, menos carnificina, menos assassinatos.
ASSASSINOS
QUE SOMOS, PAGAMOS O PREÇO
Gado agrava mais
aquecimento da Terra que carros, diz ONU
5/12/2006
Excremento e
abertura de pasto respondem por 18% dos gases do efeito estufa; 9% da emissão
mundial de dióxido de carbono (CO2) vem dessa atividade, que está ligada à
queima de combustíveis fósseis e à conversão do solo em pasto; 65% do ácido
nitroso emitido no mundo é resultado da alimentação dos animais; este
gás-estufa é 296 vezes mais perigoso para o ambiente do que o CO2; 37% do
metano produzido por atividades humanas vem principalmente do sistema
digestivo dos ruminantes; o gás é 23% pior do que o CO2.
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É uma questão de todos nós
decidirmos, de deliberarmos mudar nossos hábitos. Muitos de nós estamos tão
envenenados que nem sei mais se será possível recuar da comilança de carne, mas
talvez nossos filhos, netos, bisnetos possam ser salvos de serem opressores e
assassinos.
Vitória, quinta-feira, 23 de
setembro de 2010.
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