Saturday, December 14, 2013

A Decoração do Útero (da série Material Sensível, grupo MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)


A Decoração do Útero

 

No Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) ficou claro que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) ficavam com 80 a 90 % de todos na Caverna geral - que era necessariamente um espaço pequeno – mais o terreirão em frente, maior, mas nem tanto. Ficando com os queridinhos, meninas fracas treinadas para tal, velhos e velhas, guerreiros estropiados em processo de recuperação, anãos e anãs elas não podiam ousar.

A caverna era sempre pequena para tanta gente, porisso mesmo apertada. Se a caverna era grande, logo ficava cheia de gente, pois o projeto das fêmeas sempre foi o de procriar continuamente e aumentar desmedidamente a tribo.

A questão central era dupla: a expansão e proteção dos queridinhos a qualquer custo. Então, TUDO na caverna era muito bem cuidado, como as casas são até hoje, por mais pobres que sejam; elas faziam questão dos detalhes, como fazem até hoje e um coitado do apartamento aqui do lado pode atestar, porque a mulher decidiu mudar o piso e outras partes da casa e submeteu a família a dois meses de transtornos.

A caverna era como um ÚTERO TRIBAL abrigando a grande família, a tribo completa, que de dia se espalhava nas redondezas do terreirão autorizado, mas de noite refluía em bando para a proteção.

Esse útero coletivo era decorado em profusão nos vários estilos das várias famílias, cada qual como se estivesse em sua casa, com as separações de praxe. A maior “casa” ou separação de todas, era da mãe dominante e seu grupinho de aduladoras, depois vinham as das outras.

Colhiam tudo de interessante das redondezas e guardavam ciumentamente os presentes dos homens, dos guerreiros, que eles traziam de longe para ganhar os favores sexuais.

Nem de longe esse cenário parece com aqueles brutais sugeridos pelos desenhos sobre a antiguidade, com cavernas nuas, totalmente despojadas. De modo algum! Eram repletas de bugigangas ou quinquilharias, que certamente foram levadas depois para as pós-cavernas. Elas eram apegadíssimas a esses símbolos de distinção, de separação, de alteamento, de superioridade presumida.

A pior coisa que você pode fazer é tirar uma panela de mulher ou, aliás, quaisquer objetos, porque é índice de diminuição, equivale a tirar os instrumentos que permitem cozinhar o futuro para os queridinhos, seria como subtrair possibilidades de futuro.

Os cenários que vejo são cavernas com as paredes repletas de bijuterias, de coisas brilhantes, com o chão cheio de objetos colhidos, de galhos a flores e tudo mesmo que fosse transportável, como são as casas hoje, só que com os objetos muito mais aprimorados de nossa época.
Vitória, sexta-feira, 16 de dezembro de 2005.

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