A
Decoração do Útero
No Modelo da Caverna para a Expansão
dos Sapiens (MCES) ficou claro que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) ficavam
com 80 a 90 % de todos na Caverna geral - que era necessariamente um espaço
pequeno – mais o terreirão em frente, maior, mas nem tanto. Ficando com os
queridinhos, meninas fracas treinadas para tal, velhos e velhas, guerreiros
estropiados em processo de recuperação, anãos e anãs elas não podiam ousar.
A caverna era sempre pequena para
tanta gente, porisso mesmo apertada. Se a caverna era grande, logo ficava cheia
de gente, pois o projeto das fêmeas sempre foi o de procriar continuamente e
aumentar desmedidamente a tribo.
A questão central era dupla: a
expansão e proteção dos queridinhos a qualquer custo. Então, TUDO na caverna
era muito bem cuidado, como as casas são até hoje, por mais pobres que sejam;
elas faziam questão dos detalhes, como fazem até hoje e um coitado do
apartamento aqui do lado pode atestar, porque a mulher decidiu mudar o piso e
outras partes da casa e submeteu a família a dois meses de transtornos.
A caverna era como um ÚTERO TRIBAL
abrigando a grande família, a tribo completa, que de dia se espalhava nas
redondezas do terreirão autorizado, mas de noite refluía em bando para a
proteção.
Esse útero coletivo era decorado em
profusão nos vários estilos das várias famílias, cada qual como se estivesse em
sua casa, com as separações de praxe. A maior “casa” ou separação de todas, era
da mãe dominante e seu grupinho de aduladoras, depois vinham as das outras.
Colhiam tudo de interessante das
redondezas e guardavam ciumentamente os presentes dos homens, dos guerreiros,
que eles traziam de longe para ganhar os favores sexuais.
Nem de longe esse cenário parece com
aqueles brutais sugeridos pelos desenhos sobre a antiguidade, com cavernas
nuas, totalmente despojadas. De modo algum! Eram repletas de bugigangas ou
quinquilharias, que certamente foram levadas depois para as pós-cavernas. Elas
eram apegadíssimas a esses símbolos de distinção, de separação, de alteamento,
de superioridade presumida.
A pior coisa que você pode fazer é
tirar uma panela de mulher ou, aliás, quaisquer objetos, porque é índice de
diminuição, equivale a tirar os instrumentos que permitem cozinhar o futuro
para os queridinhos, seria como subtrair possibilidades de futuro.
Os cenários que vejo são cavernas
com as paredes repletas de bijuterias, de coisas brilhantes, com o chão cheio
de objetos colhidos, de galhos a flores e tudo mesmo que fosse transportável,
como são as casas hoje, só que com os objetos muito mais aprimorados de nossa
época.
Vitória, sexta-feira,
16 de dezembro de 2005.
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