Sunday, December 15, 2013

A Invenção das Roupas (da série Material Sensível, grupo MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)


A Invenção das Roupas

 

                               Já ficou estabelecido que as mulheres inventaram as roupas, não havendo sentido os homens caçadores fazê-lo.

Se as mulheres estavam perdendo os pêlos rapidamente (em termos evolutivos; no tempo, milhões de anos dos pré-hominídeos ou milhares de anos dos sapiens), o que passaram depois para os homens, que gênero de pele postiça escolheriam?

                               Não se trata de delicadeza, nem nada disso – devemos ser lógicos.

O fato é que antes dos hominídeos começarem a perder os pêlos havia uma camada espessa deles, mesmo nas fêmeas, de vários centímetros, que não serviam apenas como amortecedor de choques e regulador de temperaturas, como também de obstáculo à penetração num mundo de insetos, então e em número várias ordens de grandeza superiores aos de agora, já muitos.

Olhando as mulheres de hoje, quase sem pêlos por contraste com os macacos, podemos pensar que é uma pele DELICADÍSSIMA, muito doce, sensibilíssima; não haveriam as mulheres de levar em conta primariamente seu prazer?

É o lado de dentro da roupa que é, biologicamente falando, a maciez que interessa, de modo que a venda de roupas na atualidade deve se fixar na DOÇURA DE CONTATO entre o interior da vestimenta e o exterior DO CORPO FEMININO que é o padrão, o metro.

                               Quanto ao lado de fora, aí já interfere a psicologia, pois há o outro olhar feminino e, principalmente, o olhar masculino, que é, de suas viagens ao grande mundo exterior às cavernas, curioso e ligado a novidades; de maneira que a tendência é, PARA O OLHAR MASCULINO, o produzir da novidade, exterior da roupa sempre renovado.

                               Assim, temos que:

1) na interface é fundamental maciez (ela se dá em graus, em potências, podendo-se preparar um metro);

2) externamente é o predador masculino produtor de filhos e descendência que deve ser atraído por novidades.

Isso dá DUAS ORDENS de produção de roupas femininas, a primeira dizendo respeito ao conforto e a segundo à atraibilidade, podendo haver contraste entre ambas, ou seja, fêmeas jovens e sem filhos poderão usar roupas desconfortáveis, desde que causem impacto nos machos viáveis.

Isso deveria conduzir as indústrias de roupas a investigações da LÓGICA DAS VESTIMENTAS.

Para quê se usa roupas?

A motivação das mulheres não é a mesma dos homens.

E como a grande maioria das roupas é destinada ao corpomente delas, para elas é que as roupas serão desenhadas.

Até mesmo quando destinadas aos homens. Quando as fêmeas já tenham agarrado seus machos haverão de querer vesti-los muito mal para desestimular as concorrentes [colocando em nós roupas novas, supostamente belas, mas que desagradam às fêmeas].

                               Vitória, quinta-feira, 11 de dezembro de 2003.

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