Sunday, December 15, 2013

A Perdas dos Pêlos (da série Material Sensível, grupo MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)


A Perda dos Pêlos

 

                               Como está dito no Livro 45, artigo Elaine Morgan, não concordo com a hipótese dela de formação dos seres humanos em ambiente aquático, pois as coisas podem ter se dado do modo tradicionalmente aceito, nas cavernas.

                               Há esse dito popular a nos guiar, perguntando o que é casamento: “é a reunião de duas pessoas, uma das quais gosta de dormir de janela aberta e outra de janela fechada”. A mulher coletora do Modelo das Cavernas não gosta de ventilação e janelas abertas (pelo motivo adicional de que por ali podem entrar os predadores), enquanto para os homens caçadores acostumados com o frio da noite faz todo sentido manter as janelas abertas. As mulheres ainda estão morando em cavernas, dentro das casas atuais, enquanto os homens ainda estão dormindo sob estrelas.

                               Se as mulheres ficaram (pré-sapiens por muito tempo e sapiens desde 80 mil anos) milhões de anos dentro de cavernas, não vejo que sentido teria conservarem os pêlos originais das macacas, no calor obsedante do interior delas, [com todos aqueles corpos gerando calor].

Fora das cavernas, nas florestas e savanas teriam os pêlos uma utilidade enorme contra o frio, o calor, a passagem de espinhos, a mordedura de insetos (que poderiam cavar buracos rumo ao interior do corpo – e aí os cabelos crespos fazem mais sentido ainda, particularmente nas partes mais frágeis e mais úteis, como cérebro, coração e genitália).

Se você estiver no campo, em áreas abertas, cabelos por toda parte são a última palavra em avanço. Se você está enfurnada numa toca, num buraco quente, em sufocante caverna onde, mormente, os insetos estão largamente ausentes, que sentido faria conservar os cabelos? Eles vão acumular poeira, sujeiras várias, odores das fogueiras – uma série de inconvenientes.

Quando as mulheres perderam os pêlos elas inventaram as peles artificiais, as roupas, inicialmente tiradas das peles dos grandes animais levados pelos homens ou dos pequenos aos quais elas preparavam espertas armadilhas em toda a volta.

                               Por outro lado, os homens na caça devem conservar parcialmente os pêlos, pelas mesmas razões que eles serviam aos macacos, aquelas já citadas parcialmente acima. Homens peludos, por contraste com mulheres lisinhas, como até hoje as apreciamos (as mulheres brancas com pêlos os pintam de louro, de amarelo, para que eles se confundam com a pele; as negras deveriam pintar de preto).

Homens peludos eram assustadores e porisso mesmo motivo de tesão, que vem junto com a tensão.

Susto e sexualidade.

                               Não é preciso pensar em água.

A lógica basta.

                               Quanto à gordura das crianças, é apenas o caso de pensarmos que elas não são como as dos animais, que são paridas e já saem andando; pelo contrário, são frágeis e dependentes, caem com facilidade em razão do desequilíbrio inicial e duradouro e devem ter seus ossos protegidos até bem tarde.

Quanto a saberem nadar logo que nascem, na realidade estão saindo de uma piscina para outra; se não soubessem fazer é que seria estranho.

                               TODAS as crianças, meninas e meninos nascem sem pêlos PORQUE somos filhas e filhos de mulheres, que fizeram o salto de pêlos para ausência deles – elas nos passaram os genes progressivamente.

Os orientais, os esquimós e os índios terem menos pêlos deve vir de as mulheres deles terem vivido antes e por mais tempo em cavernas, ao passo que os brancos devem vir de ramos onde os homens ficavam fora mais tempo caçando. Se isso for verdade encontraremos rastros na Psicologia/p.3 dos vários ramos ou raças.
                               Vitória, domingo, 16 de novembro de 2003.

No comments: