A Perda dos
Pêlos
Como está dito no
Livro 45, artigo Elaine Morgan, não
concordo com a hipótese dela de formação dos seres humanos em ambiente
aquático, pois as coisas podem ter se dado do modo tradicionalmente aceito, nas
cavernas.
Há esse dito
popular a nos guiar, perguntando o que é casamento: “é a reunião de duas
pessoas, uma das quais gosta de dormir de janela aberta e outra de janela fechada”.
A mulher coletora do Modelo das Cavernas não gosta de ventilação e janelas
abertas (pelo motivo adicional de que por ali podem entrar os predadores),
enquanto para os homens caçadores acostumados com o frio da noite faz todo
sentido manter as janelas abertas. As mulheres ainda estão morando em cavernas,
dentro das casas atuais, enquanto os homens ainda estão dormindo sob estrelas.
Se as mulheres
ficaram (pré-sapiens por muito tempo e sapiens desde 80 mil anos) milhões de
anos dentro de cavernas, não vejo que sentido teria conservarem os pêlos
originais das macacas, no calor obsedante do interior delas, [com todos aqueles
corpos gerando calor].
Fora
das cavernas, nas florestas e savanas teriam os pêlos uma utilidade enorme
contra o frio, o calor, a passagem de espinhos, a mordedura de insetos (que
poderiam cavar buracos rumo ao interior do corpo – e aí os cabelos crespos
fazem mais sentido ainda, particularmente nas partes mais frágeis e mais úteis,
como cérebro, coração e genitália).
Se
você estiver no campo, em áreas abertas, cabelos por toda parte são a última
palavra em avanço. Se você está enfurnada numa toca, num buraco quente, em
sufocante caverna onde, mormente, os insetos estão largamente ausentes, que
sentido faria conservar os cabelos? Eles vão acumular poeira, sujeiras várias,
odores das fogueiras – uma série de inconvenientes.
Quando
as mulheres perderam os pêlos elas inventaram as peles artificiais, as roupas,
inicialmente tiradas das peles dos grandes animais levados pelos homens ou dos
pequenos aos quais elas preparavam espertas armadilhas em toda a volta.
Por outro lado,
os homens na caça devem conservar parcialmente os pêlos, pelas mesmas razões
que eles serviam aos macacos, aquelas já citadas parcialmente acima. Homens
peludos, por contraste com mulheres lisinhas, como até hoje as apreciamos (as
mulheres brancas com pêlos os pintam de louro, de amarelo, para que eles se
confundam com a pele; as negras deveriam pintar de preto).
Homens
peludos eram assustadores e porisso mesmo motivo de tesão, que vem junto com a
tensão.
Susto
e sexualidade.
Não é preciso
pensar em água.
A
lógica basta.
Quanto à gordura
das crianças, é apenas o caso de pensarmos que elas não são como as dos
animais, que são paridas e já saem andando; pelo contrário, são frágeis e
dependentes, caem com facilidade em razão do desequilíbrio inicial e duradouro
e devem ter seus ossos protegidos até bem tarde.
Quanto
a saberem nadar logo que nascem, na realidade estão saindo de uma piscina para
outra; se não soubessem fazer é que seria estranho.
TODAS as
crianças, meninas e meninos nascem sem pêlos PORQUE somos filhas e filhos de
mulheres, que fizeram o salto de pêlos para ausência deles – elas nos passaram
os genes progressivamente.
Os
orientais, os esquimós e os índios terem menos pêlos deve vir de as mulheres
deles terem vivido antes e por mais tempo em cavernas, ao passo que os brancos
devem vir de ramos onde os homens ficavam fora mais tempo caçando. Se isso for
verdade encontraremos rastros na Psicologia/p.3 dos vários ramos ou raças.
Vitória, domingo,
16 de novembro de 2003.
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