A
Dificuldade do Não em Reconhecer o Sim
A antiguidade da
dialética no Ocidente é de dois mil e quinhentos anos, a mesma do TAO no
Oriente, sendo esta a forma de lá e em nenhum dos dois casos fizeram proveito
no sentido, por exemplo, de os homens respeitarem as mulheres e vice-versa
(embora até agora as mulheres nos temam, o que é deplorável; enquanto antes,
como mostrou o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, era o contrário
por muito mais tempo).
Então, o modelo
veio recondicionar todas as coisas, inclusive esta, no sentido de dizer que
homem e mulher constituem na realidade um ser só, embora com dois corpos e duas
cabeças: é o homulher, como o chamei, ou Par Fundamental.
São,
anticognatos, SIM = PAI # MÃE = NÃO, formas polares oposto-complementares
perfeitamente encaixadas. De um lado se opõe, até violentamente, mas juntos
fazem o universo: se por acaso se separassem e se multiplicassem até o dobro
não teríamos dupla eficiência e sim término, quer dizer, doença e morte.
A dificuldade toda está em os homens
se reconhecerem nas mães-mulheres e vice-versa, as mães-mulheres se
reconhecerem nos homens.
UM DESENHO DA DIFICULDADE
|
o
homem pedinte
Então, os homens se dirigem às mães
(a RC não fala em mulher, pois mulher é a mãe-sem-filho) como solicitantes de
sexo e até de companhia, mas não como a seres da mesma altura.
Não como iguais.
Quando ele vai não entrega uma
caixa-corpo do mesmo tamanho. Existem razões supra-históricas para isso,
relativas ao domínio feminino, mas isso é algo passado neste tempo da
racionalidade.
É isso que ainda não está completo,
embora haja um movimento feminino (feminismo é doença da superafimação
psicológica de um dos lados) bastante adiantado em certa medida: o não e o sim
não se reconhecem FALTANTES um no outro e sim meramente como
pedintes-aproveitadores.
Não se sentem como se estivesse
faltando metade da alma e daí vem todas as tragédias.
Vitória, terça-feira, 29 de março de
2005.
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