Sunday, December 15, 2013

A Natureza Prepara e Usa as Inférteis (da série Material Sensível, grupo MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)


A Natureza Prepara e Usa as Inférteis

 

                               No Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens) despontou uma dificuldade até agora não resolvida: por quê a Natureza criou e manteve os e as inférteis?

Obviamente eles e elas não podem prover sozinhos sua sobrevivência para além do primeiro indivíduo: uma vez que um macho ou uma fêmea tivesse sido criado (a) como bebê, tornar-se-ia adulto (a) e morreria sem deixar descendência.

No entanto, o conjunto dos e das férteis estão sempre produzindo-os (as). Se constituíssem dois grupos não iriam adiante, não teriam em si os meios de produzir posteridade. Dependem dos e das férteis, que continuam produzindo o erro geração após geração.

                               Ora, vejamos que meninos e meninas (estas, primeiro) se tornam capazes de produzir descendência muito cedo; na antiguidade as meninas desde os oito anos, os meninos desde, digamos, 13 anos. E que fariam as meninas, se suas mães ciumentamente roubavam os depósitos de esperma dos machos adultos? Já vimos que elas eram enxotadas, escorraçadas e iam brincar com os simulacros, as bonecas. Certamente desde muito cedo arremedavam o gesto sexual dos adultos e eventualmente alguma era engravidada por um macho adulto fértil.

Os meninos, por outro lado, embora férteis desde os treze anos, caíam certamente na masturbação, porque os machos adultos com toda certeza não iriam lhes ceder fêmeas adultas, nem as mães os deixariam copular com as jovens fêmeas, além do quê elas não os aceitariam, pois a produção de espermatozóide não estava consolidada, nem em sua melhor forma: a tribo pegava os machos férteis no melhor de sua forma na Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas.

Outra solução seriam os pseudomachos. Com toda certeza os jogos dos garotos incluíam fartamente simbolismo, o que também deverá ser investigado em sua propagação até a realidade atual.

                               Então, só sobrava uma solução verdadeira: os “tios” e as “tias” ensinarem as meninas e os meninos, quer dizer, é para isso que servem as putas; pois puta, na Rede Cognata, é cognato de FILHO. Ou seja, elas eram vasos inférteis = MORTAS = MULHERES em que se podia depositar à vontade sem problemas para a tribo.

                               Assim, a Natureza aproveitou e ampliou a infertilidade na construção da Psicologia ou racionalidade ou humanidade: ela LHE DEU SERVIÇO como paga de sua existência. As putas não cumpriam então esse papel inglório que a urbanização lhes conferiu, pelo contrário – cabia a elas ensinar os garotos, centro de toda a tribo, para que as fêmeas férteis herdassem experientes emprenhadores que soubessem estimulá-las a contento, mantendo o interesse em receber o predador, o feto.

                               Vitória, quinta-feira, 30 de dezembro de 2004.

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